Testemunhos para a Igreja 7

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Capítulo 36 — A santidade dos instrumentos divinos

Muitos há que não reconhecem a diferença existente entre um negócio comum, tais como uma loja, fábrica ou plantação de milho, e uma instituição estabelecida especialmente para fomentar os interesses da causa de Deus. Existe, porém, a mesma diferença que, outrora, Deus estabeleceu entre o sagrado e o comum, o santo e o profano. Essa distinção quer Ele que cada obreiro de nossas instituições discirna e aprecie. Os que ocupam cargos em nossas casas publicadoras são grandemente honrados. Sobre eles recai sagrada responsabilidade. São chamados para serem coobreiros de Deus. Devem ter em devida conta a oportunidade dessa ligação íntima com os agentes celestiais, e sentir que são altamente favorecidos com a oportunidade de dedicar à instituição do Senhor a sua capacidade, serviço e vigilância infatigável. Devem ter propósito firme, aspiração elevada, zelo para fazer da casa publicadora justamente aquilo que Deus quer que seja — uma luz no mundo, uma Sua testemunha fiel, um memorial do sábado do quarto mandamento. T7 191.1

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“E fez a minha boca como uma espada aguda, com a sombra da Sua mão me cobriu; e me pôs como uma flecha limpa, e me escondeu na Sua aljava. E me disse: Tu és Meu servo; e Israel aquele por quem hei de ser glorificado. ... Pouco é que sejas o Meu servo, para restaurares as tribos de Jacó, e tornares a trazer os guardados de Israel; e também te dei para luz dos gentios, para seres a Minha salvação até à extremidade da Terra.” Isaías 49:2-6. Essa é a palavra do Senhor para todos quantos, de alguma forma, estão ligados às Suas instituições. São favorecidos de Deus, porquanto são postos onde a luz resplandece. Desempenham um serviço especial para Deus e não devem considerar isso de pouca importância. Proporcional à sua função de sagrada confiança deve ser para eles o senso de responsabilidade e devotamento. A conversação vulgar e o comportamento leviano não devem ser tolerados. O senso da santidade do lugar tem de ser estimulado e cultivado. T7 191.2

Sobre esse instrumento escolhido, exerce o Senhor constante e vigilante cuidado. O mecanismo pode ser posto em funcionamento por homens peritos no seu manejo; mas como seria fácil deixar fora de lugar um pequeno parafuso ou uma peça da maquinaria, e que desastroso poderia ser o resultado! Quem evitou os desastres? — Os anjos de Deus supervisionaram o trabalho. Se fosse possível para os que manejam as máquinas ter os olhos abertos, eles discerniriam os guardas celestiais. Em cada sala da casa publicadora onde é feito o trabalho, há uma testemunha anotando o espírito como ele é feito, bem como a fidelidade e abnegação reveladas. T7 192.1

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Se falhei em apresentar a luz a respeito das instituições de Deus, como centros pelos quais Ele opera de maneira especial, Ele pode retratar essas coisas em sua mente por meio do Espírito Santo, para que possa ser compreendida a diferença entre o serviço comum e o sagrado. T7 192.2

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Ambos, membros da igreja e funcionários da casa publicadora, devem sentir que, como obreiros de Deus, são responsáveis por proteger Sua instituição. Devem ser guardiães fiéis dos seus interesses em diversos setores, procurando protegê-los, não somente de perdas e desastres, mas de tudo que possa profanar ou contaminar. Jamais devem, através de seus atos, deslustrar sua reputação, ainda que seja por um leve criticismo descuidado ou censura. As instituições de Deus devem ser resguardadas por eles como depósitos santos, protegidos como foi zelosamente protegida a antiga arca de Israel. T7 192.3

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Quando os obreiros da casa publicadora são educados a pensar que ela é um grande centro relacionado com Deus, sob Sua supervisão, quando reconhecem que ela é um canal através do qual a luz do Céu deve ser comunicada ao mundo, consideram-na com grande respeito e reverência. Vão dedicar a ela os melhores pensamentos e nobres sentimentos, e em seus trabalhos terão a cooperação de inteligências celestiais. À medida que os obreiros reconhecem que estão na presença de anjos, cujos olhos são tão puros para ver a iniqüidade, uma forte restrição se colocará nos seus pensamentos, palavras e ações. Terão força moral, porque o Senhor disse: “aos que Me honram honrarei.” 1 Samuel 2:30. Cada obreiro terá uma experiência preciosa, e possuirá fé e poder que se levanta superior às circunstâncias. Todos poderão dizer: “O Senhor está neste lugar.” T7 193.1