Testemunhos para a Igreja 6

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Capítulo 21 — Escolas com internato

Para cursarem nossos colégios, muitos jovens são separados das influências do círculo doméstico, próprias para abrandar e enternecer. Exatamente ao tempo em que necessitam de vigilante fiscalização, são retirados das restrições da influência paternal e de sua autoridade, sendo lançados no convívio de grande número de outros da mesma idade, de hábitos e caráter diversos. Alguns desses receberam em criança bem pouca disciplina, e são superficiais e frívolos; outros foram demasiado refreados e sentiram, quando longe das mãos que lhes seguravam as rédeas do controle, que eram livres para fazer como lhes aprouvesse. Desprezam até o pensar em restrição. Por essas associações, são aumentados os perigos para os jovens. T6 168.1

Nossos internatos foram estabelecidos a fim de nossos jovens não serem levados a flutuar daqui para ali, e serem expostos às más influências que se multiplicam em toda parte; mas para que, o quanto possível, se proveja uma atmosfera doméstica em que sejam preservados de tentações à imoralidade, e sejam encaminhados a Jesus. A família do Céu representa aquilo que a terrena devia ser; e nossos internatos, onde se reúnem jovens em busca de preparo para o serviço de Deus, devem-se aproximar o quanto possível do modelo divino. T6 168.2

Os professores colocados à frente desses lares assumem sérias responsabilidades; pois devem desempenhar o papel de pais e mães, demonstrando interesse pelos alunos, individualmente, da mesma maneira que os pais pelos filhos. Os variáveis elementos que compõem o caráter da mocidade com quem são chamados a lidar, trazem sobre eles cuidado e pesadas responsabilidades, e requer-se grande tato bem como muita paciência para equilibrar na devida direção mentes influenciadas por uma orientação errônea. Os professores precisam de grande capacidade administrativa; cumpre-lhes ser leais aos princípios, e todavia sábios e brandos, aliando o amor e a simpatia cristã com a disciplina. Devem ser homens e mulheres de fé, de sabedoria e oração. Não devem manifestar uma dignidade severa, inflexível, mas associarem-se com os jovens, identificando-se com eles em suas alegrias e dores, bem como em sua diária rotina de trabalho. A obediência prestada com alegria e amor será em geral o fruto de tal esforço. T6 168.3