Testemunhos para a Igreja 6

42/177

Capítulo 12 — Lições práticas da reforma de saúde

As grandes reuniões de nosso povo constituem uma excelente oportunidade para serem apresentados os princípios da reforma de saúde. Falava-se muito, alguns anos atrás, nessas reuniões a respeito da reforma de saúde e dos benefícios do regime vegetariano; ao mesmo tempo, porém, ofereciam-se alimentos cárneos no refeitório, e diversos artigos prejudiciais de alimentação eram vendidos no posto de abastecimento. A fé sem as obras é morta; e a instrução sobre a reforma de saúde, contestada pela prática, não causa impressão mais profunda. Em reuniões campais posteriores, os encarregados têm ensinado pela prática e por preceito. Nenhum alimento cárneo tem sido oferecido no refeitório, mas se têm oferecido frutas, cereais e verduras em abundância. Quando os visitantes fazem perguntas com respeito à ausência de carne, a razão claramente apresentada é que a carne não é a alimentação mais saudável. T6 112.1

Ao aproximar-nos do fim do tempo, precisamos erguer-nos mais e mais alto na questão da reforma de saúde e temperança cristã, apresentando-a de maneira mais positiva e decidida. Precisamos esforçar-nos continuamente para educar o povo, não apenas por palavras, mas por nossa maneira de viver. O preceito e a prática aliados possuem uma influência poderosa. T6 112.2

Deve-se dar ao povo instrução sobre assuntos de saúde na reunião campal. Em nossas reuniões na Austrália faziam-se diariamente preleções sobre assuntos de saúde, e foi despertado profundo interesse. Havia no terreno uma tenda para uso dos médicos e enfermeiras, e instruções médicas eram dadas livremente, e requisitadas por muitos. Milhares de pessoas assistiam às preleções, e no encerramento da reunião campal as pessoas não ficavam satisfeitas a ponto de permitirem que o assunto se encerrasse com o que já haviam aprendido. Em várias cidades onde se realizavam reuniões campais, alguns dos principais cidadãos faziam apelos para que se estabelecesse uma clínica, prometendo sua cooperação. O trabalho tem sido iniciado em diversas cidades com excelente sucesso. Dirigida de maneira adequada, uma instituição de saúde pode representar a nossa obra em novos campos. E não é apenas um benefício para as pessoas, mas os obreiros com ela relacionados podem ser um auxílio para os que trabalham em setores evangelísticos. T6 112.3

Em toda cidade onde temos uma igreja, há necessidade de um lugar no qual se possa aplicar tratamentos. Poucos há, entre os nossos membros de igreja, que podem fornecer salas e espaço para o cuidado adequado dos doentes. Deve-se prover um lugar no qual se possam tratar as doenças comuns. A construção pode ser pouco atrativa e mesmo rude, mas deve proporcionar as condições necessárias para a aplicação de tratamentos simples. Sabiamente empregados, demonstrar-se-ão ser uma bênção não só para o nosso próprio povo, mas para seus vizinhos, e podem tornar-se um meio de chamar a atenção de muitos para os princípios de saúde. T6 113.1

É plano do Senhor que em toda parte de nosso mundo se estabeleçam instituições de saúde como um ramo do evangelismo. Essas instituições devem ser Suas agências para ensinar uma classe à qual nenhuma outra coisa alcançará. Não precisam ser grandes construções, mas devem ser bem arranjadas para que possam realizar trabalho eficaz. T6 113.2

Podem-se realizar começos em todo lugar de importância no qual forem feitas reuniões campais. A obra pode começar pequena, e ser ampliada conforme exigirem as circunstâncias. É necessário calcular o custo de cada empreendimento, para ter certeza de que ele tem condições de ir até o fim, retirando-se o mínimo possível da tesouraria. Necessitam-se de homens de fé e habilidade financeira para planejarem economicamente. Nossas clínicas devem ser construídas com uma despesa limitada de fundos. Os edifícios nos quais começar a obra, podem, muitas vezes, ser conseguidos por baixo preço. T6 113.3