Testemunhos para a Igreja 6

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Capítulo 6 — Menos pregação e mais ensino

Não se deve exigir, em nossas reuniões campais, que um ou dois obreiros dirijam todas as pregações e ensinos dos temas bíblicos. Haverá, geralmente, mais benefício, dividindo a grande congregação em grupos. Assim pode o educador em matéria bíblica chegar em mais estreito contato com o povo, do que numa grande assembléia. T6 87.1

Há muito mais pregação do que deveria haver em nossas reuniões campais. Isso impõe aos pastores um pesado encargo e conseqüentemente fica negligenciado muito do que merece atenção. Muitas pequeninas coisas que abrem a porta a males sérios, passam despercebidas. O pastor é prejudicado em sua resistência física, e privado do tempo de que necessita para meditação e oração, a fim de manter sua própria alma no amor de Deus. E quando se amontoam tantos discursos, um após outro, o povo não tem tempo de assimilar o que ouve. A mente fica confusa, e os cultos se tornam, para eles, enfadonhos e cansativos. T6 87.2

Deve haver menos pregação e mais ensino. Há pessoas que desejam uma luz mais definida do que a que recebe ouvindo os sermões. Alguns requerem mais tempo do que outros para compreender os pontos apresentados. Se se pudesse esclarecer um pouco mais a verdade apresentada, vê-la-iam e dela se haveriam de apoderar; ela seria como um prego colocado em lugar firme. T6 87.3

Foi-me mostrado que nossas reuniões campais hão de crescer em interesse e êxito. Ao aproximarmo-nos do fim, tenho visto que deve haver, nessas reuniões menos pregação, e mais estudos bíblicos. Haverá por todo o acampamento pequenos grupos, de Bíblia na mão, e várias pessoas dirigindo um estudo escriturístico de maneira franca, em forma de conversação. T6 87.4

Era esse o método como Cristo ensinava Seus discípulos. Quando as grandes multidões se apinhavam em torno do Salvador, Ele costumava dar instruções aos discípulos e ao povo. Então, depois do discurso, os discípulos misturavam-se com o povo, repetindo-lhes o que Cristo dissera. Muitas vezes os ouvintes haviam aplicado mal as palavras de Cristo, e os discípulos lhes diziam o que declaravam as Escrituras, e o que Cristo havia ensinado que elas diziam. T6 88.1

Se o homem que sente haver sido chamado por Deus para ser ministro humilhar-se e aprender de Cristo, tornar-se-á um verdadeiro professor. O que necessitamos em nossas reuniões campais é de um ministério vivificado pelo Espírito Santo. Deve haver menos sermões e mais tato em educar as pessoas na religião prática. Devem elas ser impressionadas com o fato de que Cristo é a salvação para todo o que crê. “Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o Seu Filho unigênito, para que todo aquele que nEle crê não pereça, mas tenha a vida eterna.” João 3:16. Existem grandes temas dos quais deve o pastor se ocupar. Cristo disse: “Aquele que crê em Mim tem a vida eterna.” João 6:47. T6 88.2

Se os lábios do ministro forem tocados pela brasa do altar, destacará ele a Jesus como a única esperança do pecador. Quando o coração do pecador é santificado pela verdade, suas palavras se tornam vivas realidades para si mesmo e para os outros. Aqueles que o ouvirem, perceberão que ele esteve com Deus, e dEle se aproximou com fervorosa e verdadeira prece. O Espírito Santo desceu sobre ele, seu espírito sentiu o vital fogo do Céu, e ele será capaz de comparar coisas espirituais com coisas espirituais. Poder lhe será outorgado para derrubar as fortalezas de Satanás. Corações serão quebrantados por sua apresentação do amor de Deus, e muitos inquirirão: “Que é necessário que eu faça para me salvar?” Atos dos Apóstolos 16:30. T6 88.3