Testemunhos para a Igreja 6

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Auxílio ministerial

Nas reuniões campais ou conferências em tendas, junto ou próximo às grandes cidades, deve existir abundante auxílio ministerial. Em todas as nossas reuniões campais a força ministerial deve ser a máxima possível. Não é sábio lançar contínua carga sobre um ou dois homens. Sobrecarregados, eles se tornam física e mentalmente exaustos, e assim se incapacitam para a obra a eles designada. Para que possam dispor de forças necessárias para as reuniões, os ministros devem fazer arranjos antecipados para que seu campo de trabalho fique sob o cuidado de pessoas responsáveis que, embora não sendo talvez aptas a pregar, possam levar avante a obra de casa em casa. Em Deus muitos poderão agir valorosamente, e seus esforços redundarão em resultados cuja riqueza os surpreenderá. T6 46.1

Em nossos grandes encontros se fazem necessários muitos dons. Novos talentos devem ser trazidos à obra. O Espírito Santo deve ter a oportunidade de operar na mente. Então a verdade será apresentada com solidez e poder. T6 46.2

Ao dirigir os importantes interesses das reuniões próximo de uma grande cidade, é essencial a cooperação de todos os obreiros. Devem eles manter-se na própria atmosfera das reuniões, travando conhecimento com as pessoas ao entrarem e saírem, mostrando-lhes a máxima cortesia, bondade e terna consideração. Devem estar dispostos a falar-lhes em tempo e fora de tempo, espreitando a ocasião de ganhar seu coração. Que os obreiros de Cristo mostrem a metade da vigilância que manifesta Satanás, que está sempre nas pegadas dos seres humanos, sempre bem alerta, pronto para armar alguma armadilha ou laço para a sua destruição. T6 46.3

Que cada dia seja considerado o mais importante para o trabalho. Esse dia ou noite pode representar a única oportunidade que alguém terá para ouvir a mensagem de advertência. Mantenha isso sempre em mente. T6 46.4

Quando os ministros permitem ser afastados de seu trabalho para visitar as igrejas, não apenas esgotam suas forças físicas, como ainda roubam a si próprios do tempo necessário ao estudo, oração e meditação diante de Deus. Assim se inabilitam para realizar a obra quando e onde ela deveria ser feita. T6 47.1

Coisa alguma é mais necessária na obra do que os resultados práticos da comunhão com Deus. Devemos mostrar por nossa vida diária que temos paz e descanso em Deus. Sua paz no coração irá refletir-se no semblante. Dará à voz um poder persuasivo. A comunhão com Deus comunicará elevação moral ao caráter e a todo procedimento. Os homens observarão, como no caso dos primeiros discípulos, que estivemos com Jesus. Isso comunicará aos trabalhos do pastor um poder ainda maior do que o que provém da influência de sua pregação. Desse poder não deve ele permitir que seja privado. A comunhão com Deus mediante a oração e o estudo de Sua Palavra não deve ser negligenciada, pois aí é que está a fonte de seu poder. Nenhuma atividade em prol da igreja deve ter precedência em relação a isso. T6 47.2

Temos uma concepção demasiado pequena de Deus e das realidades eternas. Se os homens andarem com Deus, Ele os esconderá na fenda da Rocha. Assim ocultos, poderão eles ver a Deus, tal como ocorreu com Moisés. Com o poder e a luz que Deus outorga, eles compreenderão melhor e realizarão mais do que alguma vez haviam imaginado ser possível. T6 47.3

Maior habilidade, tato e sabedoria são necessários na apresentação da Palavra e na alimentação do rebanho de Deus do que muitos supõem. Uma apresentação árida e sem vida da verdade deprecia a mais sagrada mensagem conferida por Deus aos homens. T6 47.4

Aqueles que ensinam a Palavra precisam viver cada hora em consciente e viva comunhão com Deus. Os princípios da verdade, da justiça e da misericórdia necessitam estar dentro deles. Devem abeberar-se da Fonte de toda sabedoria moral e poder intelectual. Seu coração necessita estar vivo sob as profundas impressões do Espírito de Deus. T6 48.1

A fonte de todo poder é ilimitada; se os irmãos, em sua grande necessidade, procurarem que o Espírito Santo trabalhe em sua própria alma, se entrarem em reclusão com Deus, assegurem-se de que não comparecerão diante do povo com a alma árida e sem ânimo. Ao orarem mais e contemplarem a Jesus, vocês deixarão de exaltar o eu. Se, pacientemente, exercitarem a fé, confiando implicitamente em Deus, reconhecerão a voz de Jesus dizendo: “Subi para aqui.” Apocalipse 11:12. T6 48.2