O Lar Adventista

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As esposas se submetem; os esposos amam

Não raro se faz a pergunta: “Não deve a esposa ter vontade própria?” A Bíblia claramente afirma que o marido é a cabeça da família. “Mulheres, sujeitai-vos a vosso marido.” Efésios 5:22. Se esta injunção terminasse aqui, poderiam dizer que a posição da esposa não é nada invejável; é uma posição difícil e árdua em muitos casos, e seria melhor que houvesse menos casamentos. Muitos maridos ficam nas palavras: “Mulheres, sujeitai-vos a vosso marido”, mas leiamos a conclusão da mesma injunção: “Como ao Senhor.” Efésios 5:22. LA 115.3

Deus pede que a esposa conserve o Seu temor e a Sua glória sempre diante de si. Total submissão só a nosso Senhor Jesus Cristo, que a comprou como propriedade Sua, pelo infinito preço de Sua vida. Deus lhe deu uma consciência, que ela não pode violar impunemente. Sua individualidade não pode ser submersa na do marido, pois ela é propriedade de Cristo. É um erro imaginar que com cega devoção deve ela fazer tudo exatamente como seu marido manda, quando ela sabe que em assim procedendo atrairia danos sobre o seu corpo e espírito, que foram resgatados da escravidão de Satanás. Existe Um que é mais importante aos olhos da esposa que o marido: é seu Redentor, e sua submissão ao marido deve estar na base da indicação de Deus: “Como ao Senhor.” Efésios 5:22. LA 116.1

Quando os maridos exigem completa sujeição de suas esposas, declarando que a mulher não tem voz ativa ou vontade na família, mas deve mostrar inteira submissão, estão colocando suas esposas numa posição contrária à Escritura. Interpretando desta forma a Escritura, violam o desígnio do casamento. Esta interpretação é utilizada simplesmente para que possam exercer governo arbitrário, que não é sua prerrogativa. Mas lemos em continuação: “Maridos, amai vossa mulher, como também Cristo amou a igreja e a Si mesmo se entregou por ela.” Efésios 5:25. Por que devem os maridos se irritar contra suas esposas? Se o esposo lhe descobriu erros e abundância de faltas, irritação de espírito não remedia o mal. — Carta 18, 1891. LA 116.2