O Lar Adventista

370/693

Pais em desavença, filhos confundidos

A família estável precisa ser bem organizada. Juntos pai e mãe devem considerar suas responsabilidades, e com clara compreensão assumir sua tarefa. Não deve haver divergência. Pai e mãe não devem jamais criticar planos e propósitos um do outro na presença dos filhos. Se a mãe é inexperiente no conhecimento de Deus, deve raciocinar da causa para o efeito, procurando verificar se sua disciplina é de molde a incrementar as dificuldades do pai ao esforçar-se ele pela salvação dos filhos. Estou seguindo o caminho do Senhor? Esta deve ser a principal pergunta. — Manuscrito 79, 1901. LA 314.2

Se os pais não estão de acordo em alguma coisa, afastem-se da presença dos filhos até que uma solução seja encontrada. — The Review and Herald, 30 de Março de 1897. LA 314.3

Muitas vezes acontece não estarem os pais unidos no governo da família. O pai, que está com os filhos apenas pouco tempo, e ignora suas peculiaridades de disposição e temperamento, é ríspido e severo. Não controla o temperamento, mas corrige com ira. A criança sabe disto, e em vez de submeter-se, o castigo enche-a de ira. A mãe permite que a falta passe uma vez sem repreensão quando de outra vez puniu duramente. As crianças nunca sabem o que esperar, e são tentadas a ver até onde podem transgredir impunemente. Assim semeiam-se sementes do mal que germinarão e darão fruto. — The Signs of the Times, 11 de Março de 1886. LA 314.4

Se os pais estão unidos nesta obra de disciplina, os filhos compreenderão o que deles se requer. Mas se o pai, pela palavra ou por um olhar, não aprova a disciplina que a mãe impõe; se acha que ela é demasiado estrita e que ele deve compensar a dureza por mimos e condescendência, a criança ficará arruinada. Logo ela compreenderá que pode fazer o que apraz. Os pais que cometem este pecado contra os filhos são responsáveis pela ruína de suas almas. — The Review and Herald, 27 de Junho de 1899. LA 315.1

Os anjos olham com intenso interesse cada família, a fim de ver como as crianças são tratadas pelos pais, tutores ou amigos. Que estranho desgoverno eles testemunham numa família onde pai e mãe estão em desacordo! O tom de voz do pai ou da mãe, suas palavras, e olhares — tudo faz manifesto que não estão unidos na condução dos filhos. O pai lança censuras sobre a mãe e leva as crianças a desrespeitar a terna afeição da mãe pelos pequenos. A mãe pensa que é obrigada a conceder grande afeição aos filhos, adulando-os e mostrando-se condescendente, porque acha que o pai é duro e impaciente e ela deve trabalhar por anular a influência de sua severidade. — The Review and Herald, 13 de Março de 1894. LA 315.2