Mente, Caráter e Personalidade 1
(c) compensação e vitória (Palavras de promessa e esperança)
Necessidade de sincero arrependimento e resoluto esforço
Os que corrompem o próprio corpo não podem fruir o favor de Deus antes de se arrependerem sinceramente, realizarem uma completa reforma e aperfeiçoarem a santidade, no temor do Senhor. — An Appeal to Mothers Relative to the Great Cause of the Physical, Mental and Moral Ruin of Many of the Children of Our Time, 29 (1864). MCP1 233.2
A única esperança para os que praticam hábitos vis é deixá-los para sempre, se é que dão qualquer valor à saúde aqui, e à salvação no além. Quando esses hábitos foram praticados por período de tempo bastante longo, requer-se resoluto esforço para resistir à tentação e recusar a corrupta condescendência. — An Appeal to Mothers Relative to the Great Cause of the Physical, Mental and Moral Ruin of Many of the Children of Our Time, 27 (1864). MCP1 233.3
Controle da imaginação
A imaginação tem de ser positiva e persistentemente controlada se as paixões forem submetidas à razão, à consciência e ao caráter. — Testimonies for the Church 2:562 (1870). MCP1 233.4
Subordinados à vontade de Deus
Todos os que têm qualquer verdadeiro senso do que abrange ser cristão, sabem que os seguidores de Cristo estão na obrigação, como discípulos Seus, de trazerem todas as suas paixões, forças físicas e faculdades mentais, em perfeita subordinação à Sua vontade. Os que são controlados por suas paixões, não podem ser seguidores de Cristo. Estão demais devotados ao serviço de seu mestre, o originador de todo o mal, para abandonarem seus hábitos corruptos e escolherem o serviço de Cristo. — An Appeal to Mothers Relative to the Great Cause of the Physical, Mental and Moral Ruin of Many of the Children of Our Time, 9, 10 (1864); Orientação da Criança, 445, 446. MCP1 233.5
Pensamentos, fator importantíssimo
Pensamentos impuros levam a impuros atos. Se Cristo for assunto de contemplação, os pensamentos ficarão largamente separados de qualquer assunto que levará a atos impuros. A mente se fortalecerá ao demorar sobre assuntos enobrecedores. Se educada a fluir no conduto da pureza e santidade, tornar-se-á sadia e vigorosa. Se educada a demorar em temas espirituais, ela naturalmente tomará esse rumo. Mas essa atração dos pensamentos para coisas celestiais não pode ser alcançada sem o exercício da fé em Deus e um fervoroso e humilde apoiar-se nEle para receber a força e graça que seja suficiente para qualquer emergência. — Testimonies for the Church 2:408 (1870). MCP1 234.1
O pecado dos devaneios (fantasiar)
És responsável perante Deus pelos teus pensamentos. Se condescenderes com vãs imaginações, permitindo que a mente se demore em assuntos impuros, serás, em certo sentido, tão culpada perante Ele como se teus pensamentos fossem levados à ação. Tudo o que impede a ação é a falta de oportunidade. — Testimonies for the Church 2:561 (1870); Mensagens aos Jovens, 76. MCP1 234.2
Pôr sob controle os pensamentos
Deves controlar teus pensamentos. Não será isso tarefa fácil; não o conseguirás sem assíduo e mesmo árduo esforço. ... MCP1 234.3
Deus requer que domines não só teus pensamentos mas também as paixões e afeições. Tua salvação depende de te governares nessas coisas. A paixão e afeição são agentes poderosos. Se mal aplicadas, se postas em operação por motivos injustos, se mal colocadas, são poderosas para realizar tua ruína e deixar-te um infeliz destroço, sem Deus e sem esperança. — Testimonies for the Church 2:561 (1870); Mensagens aos Jovens, 75, 76. MCP1 234.4
Pensamentos acariciados tornam-se hábito
Pensamentos poluídos acariciados, tornam-se hábito, e a alma é ferida e manchada. Praticai uma vez uma ação má e forma-se uma mancha que coisa alguma pode remover senão o sangue de Cristo; e se o hábito não é abandonado com firme resolução, a alma se corrompe e as correntes que manam dessa fonte corruptora corrompem a outros. — Carta 26d, 1887; Nos Lugares Celestiais, 197. MCP1 235.1
Pensamentos controlados devidamente
Devemos ter em alta conta o devido controle dos nossos pensamentos, pois esse controle prepara o espírito e a alma para trabalharem de comum acordo pelo Mestre. É necessário, para nossa paz e felicidade nesta vida, que nossos pensamentos se centralizem em Cristo. Como o homem pensa, assim ele é. Nosso aperfeiçoamento na pureza moral depende do reto pensar e reto agir. ... MCP1 235.2
Os pensamentos maus destroem a alma. O poder de Deus para converter transforma o coração, enobrecendo e purificando os pensamentos. A menos que se faça resoluto esforço por manter os pensamentos centralizados em Cristo, não pode a graça revelar-se na vida. A mente tem de empenhar-se na milícia espiritual. Cada pensamento deve ser levado em cativeiro à obediência de Cristo. Todos os hábitos têm de ser postos sob o controle de Deus. MCP1 235.3
Precisamos de uma constante intuição do enobrecedor poder dos pensamentos puros, e da influência daninha dos pensamentos maus. Ponhamos nossos pensamentos em coisas santas. Sejam eles puros e verdadeiros; pois a única segurança, para qualquer alma, está no pensar correto. Devemos servir-nos de todos os recursos que Deus nos pôs ao alcance para o governo e cultivo de nossos pensamentos. Devemos pôr nossa mente em harmonia com a mente divina. A verdade de Deus nos santificará, corpo, alma e espírito, e seremos habilitados a erguer-nos acima das tentações. — Carta 123, 1904; Nos Lugares Celestiais, 164. MCP1 235.4
Regime alimentar, fator importante
Nunca pode ser repetido demais que o que é levado ao estômago, não somente afeta o corpo, mas em última análise também a mente. Alimento grosseiro e estimulante agita o sangue, excita o sistema nervoso e com muita frequência embota a percepção moral de tal modo, que a razão e a consciência são subjugadas pelos impulsos sensuais. É difícil, e muitas vezes quase impossível, alguém que é intemperante no regime alimentar, ser paciente e exercer o domínio próprio. — Christian Temperance and Bible Hygiene, 134 (1890); Orientação da Criança, 461. MCP1 235.5
A carne excita e fortalece as paixões inferiores
Não devemos pôr carne diante de nossos filhos. Sua influência é excitar e fortalecer as mais baixas paixões, tendo a tendência de amortecer as faculdades morais. Cereais e frutas preparados sem gordura, e no estado mais natural possível, devem ser o alimento para as mesas de todos os que professam estar-se preparando para a trasladação ao Céu. Quanto menos febricitante o regime, tanto mais facilmente podem as paixões ser dominadas. A satisfação do paladar não deve ser considerada sem levar em conta a saúde física, intelectual ou moral. — Testimonies for the Church 2:352 (1869); Testemunhos Selectos 1:262. MCP1 236.1
Dar morte à tentação
As mais baixas paixões têm sua sede no corpo, e por seu intermédio operam. As palavras “carne” ou “carnal” ou ainda “concupiscência da carne” envolvem a natureza inferior, corrupta; a carne por si mesma não pode agir contrariamente à vontade de Deus. É-nos ordenado crucificar a carne com suas afeições e concupiscências. Como o faremos? Devemos infligir sofrimento ao corpo? Não; mas dar morte à tentação do pecado. MCP1 236.2
Os pensamentos corruptos devem ser expulsos. Todo o pensamento deve ser levado cativo a Jesus Cristo. Toda propensão animal deve ser sujeita às faculdades mais altas da alma. O amor de Deus deve reinar supremo; Cristo deve ocupar um trono não dividido. Nosso corpo deve ser considerado como havendo sido comprado. Os membros do corpo devem tornar-se instrumentos de justiça. — Manuscrito 1, 1888; O Lar Adventista, 127, 128. MCP1 236.3
Substituir sugestões impuras, por pensamentos puros, enobrecedores
A mente tem de ser conservada a meditar em assuntos puros e santos. Uma sugestão impura tem de ser despedida imediatamente, entretendo-se pensamentos puros, elevados, santa contemplação, obtendo assim mais e mais conhecimento de Deus, pela educação da mente na contemplação de coisas celestiais. Deus tem meios simples à disposição de todo caso individual, suficientes para assegurar o grande objetivo — a salvação da alma. MCP1 236.4
Resolvei alcançar uma norma alta e santa; colocai alto o vosso alvo; agi com propósito sincero, como fez Daniel, firmemente, perseverantemente, e coisa alguma que o inimigo possa fazer impedirá vosso aperfeiçoamento. A despeito de inconvenientes, mudanças, perplexidades, podeis progredir constantemente em vigor mental e poder moral. — Carta 26d, 1887; Nos Lugares Celestiais, 237. MCP1 237.1
Não crieis uma emergência
Toda paixão profana tem de ser mantida sob o controle de uma santificada razão, mediante a graça concedida abundantemente por Deus, em cada emergência. Não se procure, porém, tomar providências para criar uma emergência, não haja um ato voluntário para colocar alguém numa situação em que ele seja assaltado por tentações ou dê a menor ocasião para outros o julgarem culpado de indiscrição. — Carta 18, 1891. MCP1 237.2
Mantende-vos afastados da fronteira
Não procureis saber quão perto podeis andar à beira do precipício e todavia estar seguros. Evitai a primeira aproximação ao perigo. Não se pode brincar com os interesses da alma. Vosso capital é vosso caráter. Acariciai-o, como faríeis a um áureo tesouro. A pureza moral, o respeito próprio, o forte poder de resistência, têm de ser acariciados firme e constantemente. ... MCP1 237.3
Não julgue ninguém que ele possa vencer sem o auxílio de Deus. Precisais ter a energia, a força, o poder, de uma vida interior produzida em vosso íntimo. Produzireis então frutos para a santificação e abominareis intensamente o vício. Deveis lutar constantemente para manter afastada a mundanidade, as conversas fúteis, tudo que é sensual, e vos propordes como alvo a nobreza da alma e um caráter imaculado. Vosso nome pode manter-se tão puro que não pode com justiça, ligar-se a qualquer coisa desonesta ou injusta; ao contrário, será respeitado por todos os bons e puros, e pode ser inscrito no livro da vida, do Cordeiro. — Manuscrito 4a, 1885; Medicina e Salvação, 143, 144. MCP1 237.4
Ou Satanás ou Cristo no controle
Quando a mente não está sob a direta influência do Espírito de Deus, Satanás pode moldá-la segundo lhe apraz. Todas as faculdades racionais que ele controla, torná-las-á carnais. Opõe-se diretamente a Deus em seus sentimentos, pontos de vista, preferências, gostos, desgostos, escolhas e conduta; não tem prazer naquilo que Deus ama ou aprova, mas deleita-se nas coisas que Ele despreza. ... MCP1 238.1
Se Cristo habita no coração, Ele estará em todos os nossos pensamentos. Nossos pensamentos mais profundos serão a Seu respeito, Seu amor, Sua pureza. Ele preencherá todas as câmaras do espírito. Nossas afeições centrar-se-ão em Jesus. Todas as nossas esperanças e expectativas serão relacionadas com Ele. Viver a vida presente pela fé no Filho de Deus, aguardando e amando Sua vinda, será a maior alegria da alma. Ele será a nossa coroa de glória. Nosso coração repousará em Seu amor. — Carta 8, 1891; Nos Lugares Celestiais, 163. MCP1 238.2
Vigilância vitalícia
Enquanto durar a vida haverá necessidade de resguardar as afeições e as paixões, com firme propósito. Há uma corrupção interna, há tentações externas, e onde quer que se deva promover a causa de Deus, Satanás planeja dispor as circunstâncias de modo que a tentação sobrevirá à alma com força avassalante. Nenhum momento podemos estar seguros, a não ser que estejamos confiantes em Deus, tendo a vida escondida com Cristo em Deus. — Carta 8b, 1891; The S.D.A. Bible Commentary 2:1032. MCP1 238.3
Deus está preparando um povo
O povo de Deus deve não só saber Sua vontade, mas também praticá-la. Muitos serão removidos do número dos que conhecem a verdade, porque não são santificados por ela. A verdade tem de introduzir-se-lhes no coração, santificando-os e purificando-os de toda mundanidade e sensualidade da vida mais íntima. O templo de sua alma tem de ser purificado. Todo mau ato secreto que se pratique, é como se o fosse na presença de Deus e dos santos anjos, pois todas as coisas aparecem abertas perante Deus, e dEle coisa alguma pode ser escondida. ... MCP1 238.4
Deus está purificando um povo, de modo a terem mãos limpas e puro coração, para se apresentarem diante dEle no juízo. A norma tem de ser exalçada, purificada a imaginação; a paixão, acumulada em volta de práticas aviltantes tem de ser renunciada, e a alma erguer-se a pensamentos puros, práticas santas. Todos os que subsistirem ante as provas e tribulações iminentes, serão participantes da natureza divina, tendo escapado — não participado — da corrupção das paixões que há no mundo. 2 Pedro 1:4. — The Review and Herald, 24 de Maio de 1887. MCP1 239.1