Mensagens aos Jovens

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Introdução

Capítulo 1 — A formação do caráter

Tenho profundo interesse nos jovens, e desejo muito vê-los lutando para aperfeiçoar o caráter cristão e procurando, pelo estudo diligente e fervorosa oração, adquirir o preparo necessário para o serviço aceitável na causa de Deus. Desejo vê-los ajudando-se uns aos outros a alcançar um plano mais elevado de experiência cristã. MJ 15.1

Cristo veio para ensinar à família humana o caminho da salvação, e Ele tornou esse caminho tão claro que uma criancinha pode andar nele. Ele ordena aos Seus discípulos que prossigam em conhecer ao Senhor; e, ao seguirem diariamente Sua orientação, aprendam que o final será glorioso. MJ 15.2

Vocês já viram o nascer do sol e os efeitos do gradual alvorecer do dia sobre terra e céu. Pouco a pouco aumenta a claridade, até aparecer o sol; então a luz se torna constantemente mais forte e mais clara, até atingir a glória plena do meio-dia. É essa uma linda ilustração do que Deus deseja fazer por Seus filhos, no aperfeiçoamento da vida cristã. Ao andarmos dia a dia na luz que nos concede, em voluntária obediência a todos os Seus reclamos, nossa experiência cresce e alarga-se até alcançarmos a estatura completa de homens e mulheres em Cristo Jesus. MJ 15.3

Os jovens precisam sempre conservar diante de si a conduta seguida por Cristo, a qual era a cada passo um procedimento vitorioso. Cristo não veio à Terra como rei para governar nações. Veio como homem humilde, para ser tentado, para vencer a tentação e para prosseguir, como nós o devemos fazer, conhecendo ao Senhor. No estudo de Sua vida aprenderemos quanto Deus, por meio dEle, fará em favor de Seus filhos. E aprenderemos que, por maiores que sejam nossas provações, não poderão exceder o que Cristo suportou para que pudéssemos conhecer o caminho, a verdade e a vida. Por uma vida de conformidade com Seu exemplo, devemos mostrar nossa apreciação de Seu sacrifício em nosso favor. MJ 16.1

Os jovens foram comprados por preço infinito, pelo próprio sangue do Filho de Deus. Considerem o sacrifício do Pai ao permitir que Seu Filho fizesse esse sacrifício. Considerem o que Cristo renunciou ao deixar as cortes do Céu e o trono real, a fim de dar a vida em sacrifício diário pelas pessoas. Ele sofreu desonra e maus-tratos. Suportou todos os insultos e zombarias que homens ímpios sobre Ele puderam lançar. E, ao ser concluído Seu ministério terrestre, sofreu a morte de cruz. Considerem Seus sofrimentos na cruz — os cravos pregados nas mãos e nos pés, a zombaria e os insultos dos que viera salvar, o ocultamento do rosto do Pai. Mas foi por meio de tudo isso que Cristo tornou possível, a todos quantos desejarem, possuir a vida que se compara com a de Deus. MJ 16.2