Medicina e Salvação

344/398

Guardas fiéis de suas próprias faculdades

Os que colocam toda a sua alma no trabalho médico-missionário, que incansavelmente trabalham, em perigo, em privação muitas vezes, em cansaço e dor, estão em risco de esquecer que devem ser fiéis guardadores de suas próprias faculdades físicas e mentais. Não se devem permitir excessivo desgaste. Mas, cheios de zelo e fervor, eles muitas vezes agem desavisadamente, colocando-se sob demasiada tensão. A menos que tais obreiros façam mudança, o resultado será que sobre eles virá a doença, e entrarão em colapso. MS 292.3

Conquanto os obreiros de Deus devam ser cheios de nobre entusiasmo, e de determinação de seguir o exemplo do Obreiro divino, o grande Médico-Missionário, não devem tumultuar o seu dia de trabalho com coisas demasiadas. Se o fizerem, terão logo de deixar o trabalho inteiramente aniquilados, porque procuraram conduzir carga demasiada. Meu irmão, é correto de tua parte fazer o melhor uso das vantagens que te foram dadas por Deus, em ferventes esforços para alívio de sofredores e salvação de almas. Mas não sacrifiques tua saúde. MS 292.4

Temos uma vocação tão mais alta do que interesses comuns e egoístas, quão mais altos são os céus do que a Terra. Mas este pensamento não deve levar os dispostos e sacrificados servos de Deus a levar todos os fardos que possivelmente consigam levar, sem períodos de descanso. MS 293.1

Quão estupendo seria se entre todos os que se empenham em levar avante o maravilhoso plano de Deus para a salvação de almas, não houvesse indolentes! Quanto mais não seria realizado, se todos dissessem: “Deus me tem como responsável de estar inteiramente desperto; e que meus esforços falem em favor da verdade que professo crer! Devo ser um obreiro ativo, e não um sonhador.” É porque há tantos sonhadores que fiéis obreiros têm de levar carga dupla. — Carta 291, 1904. MS 293.2