História da Redenção

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O clamor por livramento

Foi uma hora de angústia medonha, terrível, para os santos. Dia e noite clamavam a Deus, pedindo livramento. Quanto à aparência exterior, não havia possibilidade de escapar. Os ímpios já tinham começado a triunfar, clamando: “Por que vosso Deus não vos livra de nossas mãos? Por que não ascendeis ao Céu, e salvais a vossa vida? Mas os santos não lhes prestavam atenção. Como Jacó, estavam a lutar com Deus. Os anjos ansiavam libertá-los, mas deviam esperar um pouco mais; o povo de Deus devia beber o cálice e ser batizado com o batismo. Os anjos, fiéis à sua incumbência, continuavam a vigiar. Deus não consentiria que Seu nome fosse vituperado entre os gentios. Quase chegara o tempo em que Ele deveria manifestar Seu grande poder, e gloriosamente libertar Seus santos. Pela glória de Seu nome desejava Ele libertar cada um daqueles que pacientemente O haviam esperado, e cujos nomes estavam escritos no livro. HR 407.2

Foi-me indicado o fiel Noé. Quando a chuva desceu e veio o dilúvio, Noé e sua família já haviam entrado na arca, e Deus os encerrara ali. Noé tinha fielmente avisado os habitantes do mundo antediluviano, enquanto estes caçoavam e escarneciam dele. E quando as águas baixaram sobre a Terra, e um após outro se afogava, viam a arca, da qual haviam feito o objeto de tantas pilhérias, livre de perigo a flutuar sobre as águas, preservando o fiel Noé e sua família. Assim vi eu que o povo de Deus, o qual havia fielmente avisado o mundo de Sua ira vindoura, teria livramento. Deus não consentiria que os ímpios destruíssem aqueles que estavam esperando pela sua trasladação, e que se não encurvariam ao decreto da besta nem receberiam o seu sinal. Vi, que, se fosse permitido aos ímpios matar aos santos, Satanás e todo seu exército maléfico, e todos os que odeiam a Deus, ficariam satisfeitos. E, oh! que triunfo seria para sua majestade satânica ter poder, na última luta finalizadora, sobre os que por tanto tempo haviam esperado ver Aquele a quem amaram! Aqueles que haviam zombado da idéia de os santos ascenderem para o Céu, serão testemunhas do cuidado de Deus para com o Seu povo, e contemplarão seu glorioso libertamento. HR 407.3

Ao deixarem os santos as cidades e vilas, eram perseguidos pelos ímpios, que os procuravam matar. Mas as espadas que se levantavam para matar o povo de Deus, quebravam-se e caíam tão impotentes como uma palha. Anjos de Deus escudavam os santos. Clamando eles dia e noite, pedindo livramento, seu clamor subia perante o Senhor. HR 408.1