História da Redenção

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A ordenação de Paulo e Barnabé

Deus Se comunicava com os devotos profetas e mestres da igreja de Antioquia. “E, servindo eles ao Senhor, e jejuando, disse o Espírito Santo: Separai-me agora a Barnabé e a Saulo para a obra a que os tenho chamado.” Atos dos Apóstolos 13:2. Estes apóstolos foram solenemente dedicados a Deus com jejum e oração e imposição das mãos, e então foram enviados para seu campo de trabalho entre os gentios. HR 303.1

Tanto Paulo como Barnabé tinham sido laboriosos ministros de Cristo, e Deus recompensara abundantemente seus esforços, mas nenhum deles havia sido formalmente ordenado para o ministério evangélico pela oração e pela imposição das mãos. Agora, eles estavam autorizados pela igreja não somente a pregar a verdade, mas também a batizar e organizar novas igrejas, sendo investidos de plena autoridade eclesiástica. Esta foi uma época importante para a igreja. Embora o muro de separação entre judeus e gentios tivesse sido derribado pela morte de Cristo, levando aos gentios os privilégios totais do evangelho, o véu ainda não havia sido tirado dos olhos de muitos crentes judeus, e eles não podiam discernir claramente o fim daquilo que foi abolido pelo Filho de Deus. O trabalho agora devia prosseguir vigorosamente entre os gentios, e disso devia resultar o fortalecimento da igreja mediante uma farta colheita de almas. HR 303.2

Os apóstolos, neste seu trabalho especial, estariam expostos a suspeitas, preconceitos e ciúmes. Como conseqüência natural de sua saída do exclusivismo judaico, suas doutrinas e idéias estariam sujeitas à acusação de heresia, e suas credenciais de ministros do evangelho seriam postas em dúvida por muitos judeus zelosos e crentes. Deus previu as dificuldades que Seus servos deviam enfrentar, e, em Sua sábia providência, fez com que fossem investidos com a inquestionável autoridade da estabelecida igreja de Deus, para que sua obra estivesse acima de acusação. HR 304.1

Em época posterior, o rito da ordenação mediante a imposição das mãos sofreu muito abuso; ligava-se a esse ato uma insustentável importância, como se sobreviesse de vez um poder aos que recebiam essa ordenação, poder que os habilitasse imediatamente para toda e qualquer obra ministerial, em virtude da imposição das mãos. Temos, na história desses dois apóstolos, unicamente um singelo relatório da imposição das mãos e da sua influência sobre o seu trabalho. Tanto Paulo como Barnabé já haviam recebido sua comissão do próprio Deus, e a cerimônia da imposição das mãos não ajuntou à mesma nenhuma graça ou virtual qualificação. Por ela, era simplesmente colocado o selo da igreja sobre a obra de Deus — uma forma reconhecida de designação para um cargo específico. HR 304.2