Conselhos sobre Educação

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A obra que requer nosso pensamento

Não é por alguns poucos de esforços débeis e intermitentes que se podem endireitar erros ou operar reformas de caráter. A santificação é obra não de um dia, ou de um ano, mas de toda uma vida. A luta pela conquista do próprio eu, da santidade e do Céu, é uma luta que dura a vida toda. Sem contínuo esforço e atividade constante, não pode haver avançamento na vida divina, nem o alcance da coroa do vencedor. CE 242.5

A mais forte prova da queda do homem de uma condição elevada é o fato de lhe custar tanto voltar. O caminho de retorno só pode ser vencido por duras lutas, polegada a polegada, a toda hora. Por um momentâneo ato da vontade pode alguém colocar-se sob o domínio do mal; mas requer mais do que um momentâneo ato de vontade partir esses grilhões e alcançar uma vida mais elevada, mais santa. Pode estar formulado o propósito, iniciada a obra; mas sua realização exigirá labor, tempo e perseverança, paciência e sacrifício. CE 243.1

Assediados de tentações sem número, temos de resistir firmemente ou seremos vencidos. Se chegarmos ao fim da vida com nossa obra ainda por fazer, será isso uma perda eterna. CE 243.2

A santificação de Paulo era resultado de um constante conflito com o próprio eu. Disse ele: “Cada dia morro.” 1 Coríntios 15:31. Sua vontade e seus desejos combatiam diariamente contra o dever e a vontade de Deus. Em vez de seguir a inclinação, ele cumpria a vontade de Deus, por mais que isso representasse a crucifixão de sua própria natureza. CE 243.3

Deus guia o Seu povo passo a passo. A vida do cristão é uma peleja e uma marcha. Nessa guerra não há revezamento; o esforço tem de ser contínuo e perseverante. É pelo esforço incessante que mantemos a vitória sobre as tentações de Satanás. A integridade cristã tem de ser buscada com energia irresistível, e mantida com resoluta fixidade de propósito. CE 243.4

Ninguém se elevará sem rijo, perseverante esforço em favor de si mesmo. Todos têm de empenhar-se por si mesmos nessa peleja. Individualmente somos responsáveis pelo resultado da luta; ainda que Noé, Jó e Daniel aqui estivessem, não poderiam por sua justiça livrar nem o filho nem a filha. CE 243.5