Conselhos Aos Pais, Professores E Estudantes

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O Verdadeiro Êxito na Educação

O verdadeiro êxito na educação, bem como em tudo mais, obtém-se conservando os olhos na vida por vir. A família humana, mal inicia a vida, já começa a morrer; e o incessante labor do mundo finda em nada, a menos que se consiga verdadeiro conhecimento quanto à vida eterna. Aquele que sabe dar valor ao tempo de graça, como a escola preparatória da vida, empregá-lo-á em garantir-se um título às mansões celestes, o lugar de membro da escola superior. Para essa escola deve a juventude ser educada, disciplinada e preparada pela formação de caráter digno da aprovação de Deus. CP 21.1

Caso os alunos sejam levados a compreender que o objetivo de serem criados é honrar a Deus e beneficiar a seus semelhantes; se reconhecerem o terno amor que o Pai do Céu lhes tem manifestado e o alto destino para que os deve preparar a disciplina desta vida - a dignidade e a honra de se tornarem filhos de Deus - milhares se desviarão dos baixos e interesseiros objetivos e dos frívolos prazeres que até então os absorveram. Aprenderão a odiar o pecado, a fugir-lhe, não simplesmente pela esperança da recompensa ou o temor do castigo, mas pelo senso da inerente baixeza do mesmo pecado - porque ele degrada as faculdades recebidas de Deus e lança uma mancha sobre sua varonilidade. Os elementos de caráter que tornam o homem bem-sucedido e honrado entre os homens - o irreprimível desejo de um bem maior, a indômita vontade, o esforço tenaz, a incansável perseverança - não serão esmagados. Pela graça de Deus, dirigir-se-ão a objetivos tão mais elevados que os meros interesses temporais e egoístas, como os Céus estão mais altos do que a Terra. CP 21.2

“Deus”, escreveu o apóstolo Paulo, vos elegeu “desde o princípio para a salvação, em santificação do Espírito e fé da verdade” (2Ts 2:13). Nesse texto revelam-se os dois agentes na obra da salvação - a influência divina e a fé forte e viva, dos que seguem a Cristo. É mediante a santificação do Espírito e a crença da verdade que nos tornamos coobreiros de Deus. Cristo aguarda a cooperação de Sua igreja. Não é desígnio Seu acrescentar novo elemento de eficiência à Sua Palavra; Ele fez Sua grande obra em comunicar a própria inspiração à Palavra. O sangue de Jesus Cristo, o Espírito Santo e a Palavra Divina pertencem-nos. O objeto de todas essas providências celestes acha-se perante nós - a salvação das almas por quem Cristo morreu; e de nós depende apoderar-nos das promessas dadas por Deus, tornando-nos Seus colaboradores. Agentes divinos e humanos devem cooperar na obra. CP 22.1

“Todo aquele que é da verdade”, declarou Cristo, “ouve a Minha voz” (Jo 18:37). Havendo-Se achado nos concílios de Deus, tendo habitado nas sempiternas alturas do santuário, todos os elementos da verdade nEle se achavam e a Ele pertenciam. Ele era um com Deus. Significa mais do que podem compreender mentes finitas o apresentar em todo esforço missionário a Cristo, e Ele crucificado. “Ele foi ferido pelas nossas transgressões e moído pelas nossas iniqüidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre Ele, e, pelas Suas pisaduras, fomos sarados” (Is 53:5). “Aquele que não conheceu pecado, O fez pecado por nós; para que, nEle, fôssemos feitos justiça de Deus” (2Co 5:21). Cristo crucificado por nossos pecados; Cristo ressuscitado dos mortos; Cristo assunto ao alto como nosso intercessor - eis a ciência da salvação que precisamos aprender e ensinar. Essa deve ser a preocupação de nossa obra. CP 22.2

A cruz de Cristo - ensinai-a repetidamente a todo aluno. Quantos acreditam que ela seja o que é? Quantos a introduzem em seus estudos, e lhe conhecem a verdadeira significação? Poderia acaso haver em nosso mundo um cristão sem a cruz de Cristo? Mantende, pois, a cruz erguida em vossas escolas como o fundamento da verdadeira educação. A cruz de Cristo se acha exatamente tão perto de nossos professores, e devia ser tão perfeitamente compreendida por eles, como aconteceu com Paulo, que podia declarar: “Longe esteja de mim gloriar-me, a não ser na cruz de nosso Senhor Jesus Cristo, pela qual o mundo está crucificado para mim e eu, para o mundo” (Gl 6:14). CP 23.1

Que os professores, do mais elevado ao mais humilde, procurem compreender o que quer dizer gloriar-se na cruz de Cristo. Então, por preceito e por exemplo, poderão ensinar aos alunos as bênçãos que ela traz aos que a carregam varonil e bravamente. O Salvador declara: “Se alguém quiser vir após Mim, renuncie-se a si mesmo, tome sobre si a sua cruz e siga-Me” (Mt 16:24). E a todos quantos a erguem e conduzem após Cristo, a cruz é um penhor da coroa da imortalidade que hão de receber. CP 23.2

Os educadores que não trabalharem nesse sentido não merecem o nome que usam. Mestres, desviai-vos do exemplo do mundo, cessai de aplaudir os chamados grandes homens; desviai a mente de vossos alunos da glória de qualquer coisa que não seja a cruz de Cristo. O Messias crucificado é o centro de todo o Cristianismo. As lições mais importantes para os mestres e os discípulos, são as que encaminham, não para o mundo, mas do mundo para a cruz do Calvário. CP 23.3

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A santidade, ou seja, a semelhança com Deus é o alvo a ser atingido. À frente do estudante existe aberta a senda de um contínuo progresso. Ele tem um objetivo a realizar, uma norma a alcançar, os quais incluem tudo que é bom, puro e nobre. Ele progredirá tão depressa, e tanto, quanto for possível em cada ramo do verdadeiro conhecimento. Mas seus esforços se dirigirão a objetos tanto mais elevados que os meros interesses egoístas e temporais quanto os Céus se acham mais alto do que Terra. CP 24.1

Aquele que coopera com o propósito divino, transmitindo à juventude o conhecimento de Deus, e moldando-lhes o caráter em harmonia com o Seu, realiza uma elevada e nobre obra. Suscitando o desejo de atingir o ideal de Deus, apresenta uma educação que é tão alta como o Céu e tão extensa como o Universo; uma educação que não se poderá completar nesta vida, mas que se prolongará na vindoura; educação que garante ao estudante eficiente sua promoção da escola preparatória da Terra para o curso superior - a escola celestial. Educação, p. 18, 19. CP 24.2