Conselhos Aos Pais, Professores E Estudantes

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O Perigo de Professores Sábios Segundo o Mundo

Todos os tesouros do Céu foram confiados a Jesus Cristo a fim de que Ele passasse essas preciosas dádivas ao diligente e perseverante em as buscar. Ele “para nós foi feito por Deus sabedoria, e justiça, e santificação, e redenção” (1Co 1:30). Mas até as orações de muitas pessoas são tão formais que não exercem influência para o bem. Não são um cheiro de vida. CP 371.2

Se os professores humilhassem o coração diante de Deus e compreendessem as responsabilidades que aceitaram ao tomar o encargo dos jovens a fim de os educarem para a vida futura e imortal, ver-se-ia em breve assinalada mudança em sua atitude. Suas orações não seriam áridas e destituídas de vida, mas orariam com o fervor das almas que sentem o próprio perigo. Aprenderiam dia a dia de Jesus, tomando a Palavra de Deus como seu guia, tendo o vivo senso de ser ela a voz divina, e a atmosfera que lhes rodeia a alma sofreria positiva mudança. A tentação de ser o primeiro extinguir-se-ia com as lições diariamente aprendidas na escola de Cristo. Não se apoiariam tão confiantemente no próprio entendimento. ... CP 371.3

Os professores em nossas escolas acham-se hoje em risco de seguir o mesmo caminho dos judeus dos dias de Jesus. Seja qual for sua posição, embora se orgulhem de suas aptidões para ensinar, a menos que descerrem as câmaras do templo da alma aos brilhantes raios do Sol da Justiça, acham-se inscritos nos livros do Céu como incrédulos. Por preceito e por exemplo, eles interceptam os raios de luz que deviam chegar aos alunos. Seu perigo consiste em se concentrarem em si mesmos, em se considerarem demasiado sábios para serem instruídos. CP 372.1

Vivemos em um mundo cheio de corrupção, e se não recebermos no coração o Cristo vivo, crendo e observando Suas palavras, ficaremos tão cegos como os judeus. Todos os professores precisam captar todo raio de luz celeste que incida em seu caminho; pois, como instrutores, necessitam de luz. Alguns dizem: “Sim, penso que estou ansioso por isto”; enganam-se, no entanto. Onde buscais vossa luz? De que fonte tendes bebido? Tenho a palavra do Senhor de que não poucos professores têm deixado as nevadas águas do Líbano pelas turvas correntes do vale. Unicamente Deus nos pode guiar com segurança por caminhos que conduzem à pátria melhor. Mas os mestres que não estão diligente e inteligentemente buscando essa terra melhor induzem os que estão sob sua influência a ser descuidosos, e a negligenciar a grande salvação para eles comprada a infinito preço. CP 372.2

Íntima ligação com Deus deve ser mantida por todos os nossos professores. Se Deus enviasse Seu Santo Espírito a nossas escolas para moldar corações, elevar o intelecto, e dar aos estudantes sabedoria divina, pessoas há que, em seu estado atual, se interporiam entre Deus e os que necessitam de luz. Não compreenderiam a obra do Espírito Santo; jamais a compreenderam; ela lhes foi, no passado, um tão grande mistério como eram as lições de Cristo para os judeus. A operação do Santo Espírito de Deus não é criar curiosidade. Não compete aos homens decidir se porão as mãos nas manifestações do Espírito de Deus. Devemos deixar o Senhor operar. CP 373.1

Quando os mestres estiverem dispostos a sentar-se na escola de Cristo, e aprender do grande Mestre, saberão muito menos, aos seus próprios olhos, do que agora sabem. Quando Deus Se tornar o mestre, será reconhecido e Seu nome magnificado. Os alunos serão como os jovens das escolas dos profetas, sobre quem vinha o Espírito de Deus, e eles profetizavam. CP 373.2

O grande adversário das almas está buscando introduzir em todas as nossas instituições uma atmosfera morta, destituída de vida espiritual. Trabalha a fim de torcer e desviar toda circunstância para proveito próprio, com exclusão de Jesus Cristo. Hoje, como nos dias de Jesus, Deus não pode realizar poderosas obras em virtude da incredulidade dos que se acham nas posições de responsabilidade. É necessário o poder de Deus para converter, antes de eles virem a compreender a Sua Palavra, e disporem-se a humilhar-se perante Ele como discípulos. CP 373.3