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O Ideal de Deus Para o Homem

A religião de Cristo jamais degrada o que a aceita. Não o torna absolutamente vulgar nem rústico, descortês ou cheio de suficiência própria, apaixonado ou duro de coração. Ao contrário, refina o gosto, santifica o discernimento e purifica e enobrece os pensamentos, sujeitando-os a Jesus Cristo. CP 365.1

O ideal de Deus para com Seus filhos é mais alto do que pode alcançar o mais elevado pensamento humano. O Deus vivo deu em Sua santa lei um transcrito de Seu caráter. O maior Mestre que o mundo já conheceu é Jesus Cristo; e qual foi a norma dada por Ele a todos quantos nEle crêem? “Sede vós, pois, perfeitos, como é perfeito o vosso Pai, que está nos Céus” (Mt 5:48). Como Deus é perfeito em Sua elevada esfera de ação, assim o homem pode ser perfeito em sua esfera humana. CP 365.2

O ideal do caráter cristão é a semelhança com Cristo. Diante de nós abre-se uma senda de contínuo progresso. Temos um objeto a alcançar, uma norma a atingir, que incluem tudo que é puro, bom, nobre e elevado. Deve haver contínuo esforço e constante progresso para a frente e para cima, rumo à perfeição do caráter. ... CP 365.3

Sem a operação divina, o homem não pode fazer nenhuma coisa boa. Deus chama todo homem ao arrependimento, todavia o homem não pode sequer arrepender-se, a não ser que o Espírito Santo lhe toque ao coração. O Senhor não quer, todavia, que homem algum espere até que julgue haver-se arrependido para então se dirigir a Jesus. O Salvador está de contínuo atraindo os homens ao arrependimento; só o que eles precisam é submeter-se ou deixar-se atrair, e o coração se lhes derreterá em contrição. CP 365.4

Nesta grande luta pela vida eterna, cabe ao homem uma parte a fazer - corresponder à operação do Espírito Santo. É necessário um conflito para romper com os poderes das trevas, e o Espírito nele opera a fim de isso realizar. O homem, porém, não é um ser passivo, para se salvar na indolência. É chamado a distender cada músculo e exercitar cada faculdade na luta pela imortalidade; todavia é Deus quem supre a eficiência. Nenhum ser humano pode ser salvo em indolência. O Senhor nos manda: “Porfiai por entrar pela porta estreita, porque Eu vos digo que muitos procurarão entrar e não poderão” (Lc 13:24). “Porque larga é a porta, e espaçoso, o caminho que conduz à perdição, e muitos são os que entram por ela; e porque estreita é a porta, e apertado, o caminho que leva à vida, e poucos há que a encontrem” (Mt 7:13, 14). CP 366.1