Conselhos Aos Pais, Professores E Estudantes

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51 — O Auxílio do Espírito Santo é Necessário aos Professores

O Espírito Santo nos foi dado como auxílio no estudo da Bíblia. Jesus prometeu: “Aquele Consolador, o Espírito Santo, que o Pai enviará em Meu nome, vos ensinará todas as coisas e vos fará lembrar de tudo quanto vos tenho dito” (Jo 14:26). Quando se faz da Bíblia o livro de estudo, com fervorosa súplica quanto à guia do Espírito e com uma entrega do coração para ser santificado pela verdade, tudo quanto Cristo prometeu se cumprirá. O resultado do estudo da Bíblia assim feito será uma mente bem equilibrada. Avivar-se-á a compressão; serão despertadas as sensibilidades. A consciência tornar-se-á sensível; as simpatias e sentimentos se purificarão; criar-se-á melhor atmosfera moral; e novo poder será comunicado para resistir à tentação. Mestres e professores se tornarão ativos e diligentes na obra de Deus. CP 357.1

Muitos professores manifestam certa disposição de não serem tão profundos ao transmitir as instruções religiosas. Contentam-se com um serviço feito com coração dividido, servindo ao Senhor apenas para escapar ao castigo do pecado. Essa negligência afeta-lhes o ensino. A experiência que não desejam para si mesmos, não têm ansiedade de ver os discípulos adquirirem. O que lhes foi comunicado em bênção, têm posto de lado como elemento perigoso. As oferecidas visitas do Espírito Santo são recebidas com as palavras de Félix a Paulo: “Por agora, vai-te, em tendo oportunidade, te chamarei” (At 24:25). Desejam outras bênçãos; mas não aquilo que Deus está mais desejoso de dar do que um pai deseja oferecer boas dádivas a seus filhos; aquilo que é abundantemente oferecido, segundo as ilimitadas riquezas de Deus, e que, se recebido, traria consigo todas as outras bênçãos - que palavras empregarei eu que sejam suficientes para exprimir o que tem sido feito com referência a isso? O celeste Mensageiro tem sido repelido por vontade resoluta. Os professores virtualmente têm dito: “Até aqui irás com os meus alunos, mas não mais adiante. Não necessitamos de entusiasmo em nossa escola, nem de animação. Estamos mais satisfeitos de trabalhar nós mesmos com os estudantes.” Assim se tem desprezado o bom Mensageiro de Deus. CP 357.2

Não estão os professores de nossas escolas em risco de blasfêmia, de acusar o Espírito Santo de ser um poder enganador, conducente ao fanatismo? Onde estão os educadores que preferem a neve do Líbano, que vem da rocha do campo, ou as frescas e fluentes águas vindas de outro lugar, às águas turvas do vale? CP 358.1

Uma sucessão de chuvas de águas vivas vos têm sobrevindo, a vós, em Battle Creek. Cada chuveiro era uma sagrada comunicação de influência divina; no entanto, não o reconhecestes como mundanas. Em vez de sorver copiosamente das correntes da salvação tão abundantemente a vós oferecidas mediante a influência do Espírito Santo, volveste-vos a satisfazer a sede da alma nas poluídas fontes da ciência humana. O resultado tem sido corações endurecidos na escola e na Igreja. Os que se satisfazem com uma pequenina espiritualidade têm ido ao ponto de quase se incapacitar para apreciar as profundas operações do Espírito de Deus. ... CP 358.2

Há necessidade de conversão do coração entre os professores. Requer-se genuína mudança de idéias e métodos de ensino a fim de os colocar onde mantenham relações pessoais com um Salvador vivo. Uma coisa é concordar com a obra do Espírito na conversão, e outra o aceitar a atuação desse Espírito como reprovador, a chamar ao arrependimento. É necessário que tanto os professores como os alunos não somente concordem com a verdade mas que tenham profundo conhecimento prático das operações do Espírito. Suas advertências são dadas por causa da incredulidade dos que professam ser cristãos. ... CP 359.1

Vós, que há muito perdestes o espírito de oração, orai, orai fervorosamente: “Tem piedade de Tua sofredora causa, piedade da Igreja, tem piedade dos crentes individualmente, ó Tu, Pai das misericórdias! Tira de nós tudo quanto contamina. Nega-nos o que quiseres, mas não retires de nós o Teu Santo Espírito.” CP 359.2

Existem e sempre existirão pessoas que não agem com sabedoria; pessoas que, sendo proferidas palavras de dúvidas ou incredulidade, renunciam à convicção, preferindo seguir a própria vontade; e por causa das deficiências de tais pessoas, Cristo tem sido vituperado. Pobres e finitos mortais têm julgado o rico e precioso derramamento do Espírito, exprimindo seu juízo a esse respeito, como os judeus condenaram a obra de Cristo. Compreenda-se, em toda as instituições dos Estados Unidos, que não vos é comissionado o dirigir a obra do Espírito Santo, e dizer de que maneira ela se apresentará. Sois culpados de havê-lo feito. Que o Senhor vos perdoe, é a minha oração. Em vez de ser reprimido e afugentado, como tem sido, o Espírito Santo deve ser bem acolhido, e Sua presença animada. CP 359.3

Quando vos santificardes mediante a obediência da Palavra, o Santo Espírito vos dará vislumbres das coisas celestiais. Quando buscardes a Deus com humilhação e fervor, as palavras que tendes proferido em tons congelantes arderão em vosso coração; a verdade não enfraquecerá então em vossa língua. ... CP 360.1

Professores, confiai em Deus e avançai. “Minha graça te basta” (2Co 12:9), é a afirmação do grande Mestre. Apoderai-vos da inspiração dessas palavras, e nunca, nunca faleis de dúvida e incredulidade. Sede enérgicos. Não há serviço pela metade na pura e incontaminada religião. “Amarás, pois, ao Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todo o teu entendimento, e de todas as tuas forças” (Mc 12:30). A mais altamente santificada ambição se exige da parte dos que acreditam na Palavra de Deus. CP 360.2

Dizei aos vossos discípulos que o Senhor Jesus tomou todas as providências para que eles marchem avante vitoriosos, e para vencer. Levai-os a confiar na divina promessa: “Se algum de vós tem falta de sabedoria, peça-a a Deus, que a todos dá liberalmente e não o lança em rosto; e ser-lhe-á dada” (Tg 1:5). ... CP 360.3

De Deus, a fonte da sabedoria, procede todo conhecimento valioso para o homem, tudo quanto a inteligência pode aprender e conservar. O fruto da árvore que representa o bem e o mal não deve ser ansiosamente apanhado pela recomendação de alguém que foi outrora um anjo de luz e glória. Ele disse que, se o homem comer desse fruto, saberá o bem e o mal; todavia deixai-o de lado. O verdadeiro conhecimento não provém de homens infiéis ou ímpios. A Palavra de Deus é luz e verdade. A verdadeira luz irradia de Jesus Cristo, que “alumia a todo homem que vem ao mundo”. João 1:9. Do Espírito Santo procede conhecimento divino. Ele sabe de que a humanidade necessita para promover paz, felicidade e sossego aqui no mundo, e para assegurar o descanso eterno no reino de Deus. Special Testimonies on Education, p. 26-31. CP 360.4