Beneficência Social

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Capítulo 19 — A influência da mulher cristã

A maravilhosa missão da mulher — Os adventistas do sétimo dia não devem, de forma alguma, amesquinhar a obra da mulher. — Obreiros Evangélicos, 453. BS 157.1

Maravilhosa é a missão das esposas e mães e das obreiras mais jovens. Elas poderão, se quiserem, exercer influência para o bem ou para o mal, em torno de si. Pela modéstia no vestir e circunspecto comportamento, podem dar testemunho da verdade em sua simplicidade. Podem deixar que sua luz brilhe diante de todos para que vejam suas boas obras e glorifiquem ao seu Pai que está no Céu. Uma mulher verdadeiramente convertida exercerá poderosa influência transformadora para o bem. Associada ao marido, ela pode ajudá-lo em seu trabalho e tornar-se um meio de encorajamento e bênção para ele. Quando a vontade e a conduta são levadas em sujeição ao Espírito de Deus, não há limite para o bem que pode ser realizado. — Manuscrito 91, 1908. BS 157.2

Desempenhar uma parte na finalização da obra — Nossas irmãs, as jovens, as de meia-idade e as avançadas em anos, podem desempenhar uma parte na finalização da obra para este tempo; e em assim procedendo, quando surgir a oportunidade, alcançarão uma experiência do mais alto valor para si mesmas. Esquecendo de si crescerão na graça. Pela educação da mente nesta direção aprenderão como levar cargas por Jesus. — The Review and Herald, 2 de Janeiro de 1879. BS 157.3

Servir com fidelidade e discernimento — Neste tempo cada talento de cada obreiro deve ser considerado como sagrado depósito a ser usado na extensão da obra de reforma. O Senhor instruiu-me no sentido de que nossas irmãs que receberam preparo que as tornou aptas para posições de responsabilidade devem servir com fidelidade e discernimento em sua função, usando sabiamente sua influência, com seus irmãos na fé, alcançando assim uma experiência que as capacite para prestatividade ainda maior. ... BS 157.4

Nos antigos tempos o Senhor operou de maneira maravilhosa através de mulheres consagradas que se uniram em Sua obra com homens que Ele escolhera para serem Seus representantes. Ele usou mulheres para alcançarem grandes e decisivas vitórias. Mais de uma vez em tempos de emergência Ele as levou na vanguarda e operou por meio delas para a salvação de muitas vidas. — Carta 22, 1911. BS 158.1

A primeira responsabilidade da mãe — A influência da mãe nunca cessa. É sempre ativa, seja para o bem, seja para o mal; e se ela espera que sua obra resista ao teste do juízo, deve pôr em Deus sua confiança e trabalhar tendo em vista a Sua glória. Seu primeiro dever é para com os filhos, buscando moldar-lhes o caráter a fim de que sejam felizes nesta vida e tenham garantida a vida futura, imortal. Não deve deixar-se influenciar pelo que a Sra. Fulana faz, nem pelo que observa a Sra. A ou B com referência ao seu modo excêntrico de ser, diferente das demais pessoas no vestuário ou no arranjo da casa, tendo em vista o conforto antes que ostentação, ou em sua maneira de tratar com os filhos. BS 158.2

Deus deu às mães, na educação dos filhos, uma responsabilidade que supera a tudo o mais. — Good Health, Junho de 1880. BS 158.3

A sociedade tem direitos sobre a mulher — É direito da mulher atender aos interesses do marido, ter a seu cargo o cuidado do seu vestuário, e procurar torná-lo feliz. É seu direito progredir na mente e maneiras, ser social, alegre e feliz, derramando alegria em seu lar e dessa forma tornando-o um pequeno céu. E pode ter interesse por algo mais que “mim e meu”. Ela deve considerar que a sociedade tem direitos sobre ela. — The Health Reformer, Junho de 1873. BS 158.4

Uma obra que transcende os limites do lar — Homens e mulheres não estão cumprindo os desígnios de Deus quando expressam afeição apenas pelos próprios membros do seu círculo familiar, por seus ricos parentes e amigos, ao passo que excluem de seu amor aqueles que poderiam confortar e abençoar pelo aliviar-lhes as necessidades. ... BS 159.1

Quando o Senhor nos manda fazer o bem a outros fora de nosso lar, Ele não pretende com isso que nossas afeições pelo lar sejam diminuídas, e que amemos menos nossos familiares ou nosso país porque Ele deseje que ampliemos nossa simpatia. Não devemos, porém, confinar nossa afeição e simpatia dentro de quatro paredes, enclausurando assim as bênçãos que Deus nos tem dado, de maneira que outros não sejam beneficiados conosco em desfrutá-las. — The Review and Herald, 15 de Outubro de 1895. BS 159.2

Ampliando nossa esfera de serviço — Não temos todos a mesma tarefa. Há atividades distintas e individuais para cada um realizar; contudo pode haver entre esses variados deveres uma bela harmonia, unindo a obra de todos em perfeita utilidade. Nosso Pai celestial não reclama de ninguém a quem haja dado apenas um talento, o mesmo aumento daquele que recebeu cinco. Mas se esse um for sabiamente usado, a sua possuidora logo terá conseguido mais, e pode continuamente ampliar sua capacidade de influência e sua esfera de serviço por fazer o melhor uso dos talentos que Deus lhe deu. Sua individualidade pode ser distintamente preservada, e contudo ela ser parte do grande todo no avançamento da obra de reforma tão grandemente necessitada. BS 159.3

A mulher, se aproveita sabiamente o seu tempo e suas faculdades, buscando de Deus sabedoria e força, pode estar em igualdade com o seu marido como conselheira, orientadora, companheira e coobreira, e nem por isto perder qualquer de suas graças ou modéstia feminis. Ela pode elevar seu próprio caráter, e ao fazê-lo está elevando e enobrecendo o caráter de sua família e exercendo sobre outros ao seu redor influência poderosa, conquanto inconsciente. — Good Health, Junho de 1880. BS 160.1

Alcançando outras mulheres com a verdade — As mulheres podem aprender o que é preciso fazer para alcançar outras mulheres. Há mulheres que são especialmente adaptadas para a tarefa de dar estudos bíblicos, e alcançam muito sucesso na apresentação a outros da Palavra de Deus em sua simplicidade. Tornam-se uma grande bênção em alcançar as mães e suas filhas. Esta é uma obra sagrada, e os que nela se empenham devem receber encorajamento. — Carta 108, 1910. BS 160.2

Responsabilidade de ajudar a todos — Sinta cada irmã que se diz filha de Deus, a responsabilidade de ajudar a todos que estiverem dentro de seu alcance. As mais nobres de todas as consecuções podem ser alcançadas através da abnegação e benevolência por outros. Irmãs, Deus vos chama para trabalhar no campo da seara, ajudando a reunir os molhos. ... Nos vários ramos do trabalho missionário doméstico, a mulher modesta, inteligente, pode usar suas faculdades com o mais alto rendimento. — The Review and Herald, 10 de Dezembro de 1914. BS 160.3

Influência em favor da reforma e da verdade — Por que não há de a mulher cultivar o intelecto? Por que não há de responder ao propósito de Deus em sua vida? Por que não compreender suas próprias faculdades, e sentir que essas faculdades são dadas por Deus, procurando fazer uso delas da mais ampla maneira, fazendo o bem aos outros, promovendo o avançamento da obra de reforma, da verdade e da verdadeira piedade no mundo? Satanás sabe que as mulheres têm um poder de influência para o bem ou para o mal; por isto procura alistá-las na sua causa. Ele inventa multiplicidade de modas, e tenta as mulheres no presente — como tentou Eva para que colhesse e comesse — a adotarem e praticarem essas modas sempre mutáveis e nunca satisfatórias. BS 161.1

Irmãs e mães, nós temos um alvo mais elevado, uma tarefa mais nobre, do que estudar a mais recente moda e confeccionar vestidos com desnecessários adornos a fim de fazer face às exigências deste moderno Moloque. Podemos tornar-nos suas escravas e sacrificar sobre seu altar nossa própria felicidade e a felicidade presente e futura de nossos filhos. Mas que ganhamos no final? Temos semeado na carne; ceifaremos corrupção. Nossas obras não podem resistir à inspeção de Deus. Veremos no final quantas almas poderiam ter sido abençoadas e redimidas das trevas e do erro por nossa influência, mas em vez disso foram encorajadas ao exibicionismo exterior e ao orgulho, negligenciando o adorno interior. — Good Health, Junho de 1880. BS 161.2

Colocando nos lares o fermento da palavra de Deus — Tanto as mulheres como os homens podem empenhar-se na obra de ocultar o fermento da verdade onde ele possa agir e tornar-se manifesto. ... Mulheres discretas e humildes podem fazer boa obra na exposição da verdade ao povo em seus lares. A Palavra de Deus assim explanada iniciará sua obra de levedação e por sua influência todas as famílias serão convertidas à verdade. — Carta 86, 1907. BS 161.3

Nunca se cansar do trabalho missionário — Minhas irmãs, não vos canseis de distribuir a nossa literatura. Esta é uma tarefa na qual todas podeis empenhar-vos com êxito se tão-somente estiverdes associadas com Deus. Antes de vos aproximardes de vossos amigos e vizinhos ou de escrever cartas missionárias, levantai o coração a Deus em oração. Todo o que com humilde coração toma parte nesta obra está-se educando a si mesmo como obreiro aceitável na vinha do Senhor. — The Review and Herald, 10 de Dezembro de 1914. BS 162.1

Mulheres podem alcançar corações — A esses nossos amigos que esperam logo partir de nós para outras terras eu desejo dizer: “Lembrai-vos de que podeis derribar a mais acérrima oposição, tomando interesse pessoal nas pessoas que ireis encontrar. Cristo manifestou interesse pessoal em homens e mulheres enquanto viveu na Terra. Aonde quer que fosse Ele era um médico-missionário. Devemos sair fazendo o bem, tal como Ele fez. Somos instruídos a alimentar os famintos, vestir os nus e confortar os tristes.” BS 162.2

As irmãs podem fazer muito para alcançar o coração e torná-lo brando. Onde quer que estiverdes, minhas irmãs, trabalhai em simplicidade. Se estais num lar onde há crianças, manifestai interesse nelas. Deixai-as ver que as amais. Se uma delas está doente, oferecei-vos para dar-lhe tratamento; ajudai a mãe sobrecarregada de cuidados, ansiosa, a aliviar sua criança sofredora. — Idem, 11 de Novembro de 1902. BS 162.3

Unidas com outras mulheres na obra de temperança — A União Feminina de Temperança Cristã é uma organização com cujos esforços para a disseminação dos princípios de temperança podemos unir-nos de coração. Recebi luz sobre o fato de que não nos devemos alongar deles, mas, enquanto isso não representar sacrifício de qualquer de nossos princípios, devemos tanto quanto possível unir-nos com eles no esforço pela reforma da temperança. ... Devemos trabalhar com eles quando isso for possível, e podemos seguramente fazê-lo no que respeita à questão do total fechamento dos botequins. BS 162.4

Submetendo o instrumento humano sua vontade à vontade de Deus, o Espírito Santo impressionará o coração daqueles a quem o instrumento humano ministra. Foi-me mostrado que não devemos evitar o contato com os membros da União Feminina de Temperança Cristã. Unindo-nos com elas no esforço pela abstinência total não estamos mudando a nossa posição sobre a observância do sétimo dia, e podemos mostrar nossa apreciação pela posição delas na questão da temperança. Abrindo-lhes a porta e convidando-as a se unirem conosco no que respeita à temperança, garantimo-nos o seu auxílio nesse setor; e elas, unindo-se conosco, ouvirão novas verdades que o Espírito aguarda para impressionar-lhes o coração. — Idem, 18 de Junho de 1908. BS 163.1

Surpresa com nossa indiferença — Tenho tido alguma oportunidade de ver grande vantagem na associação com as obreiras da U.F.T.C., mas tenho tido a surpresa de notar a indiferença de muitos de nossos líderes para com esta organização. Convido meus irmãos a despertarem. — Carta 274, 1907. BS 163.2

Apreciação do bom trabalho da U.F.T.C — Foi-me concedida luz segundo a qual há na U.F.T.C. pessoas com os mais preciosos talentos e capacidade. Muito tempo e dinheiro tem sido absorvido entre nós de maneira não lucrativa. Em vez disto alguns de nossos melhores talentos devem ser postos em operação no interesse da U.F.T.C., não como evangelistas, mas como pessoas que apreciam amplamente o bem que tem sido feito por esta corporação. Devemos procurar ganhar a confiança das obreiras da U.F.T.C., harmonizando-nos com elas quanto possível. ... Este povo tem sido rico em boas obras. — Manuscrito 91, 1907. BS 163.3

Uma sensível influência — conselho a uma irmã — Eu espero, minha irmã, que tenhais alguma influência na U.F.T.C. ... Assegurai-vos da presença do óleo da graça na influência consciente e inconsciente de palavras pronunciadas, revelando o fato de que tendes a luz da vida para iluminar a outros num testemunho direto, positivo, sobre assuntos em que podeis estar de acordo, e isto deixará uma sensível influência. Meu coração está convosco nesta obra de temperança. Eu falo sobre este assunto com a maior decisão, e ele tem uma assinalada influência sobre outras mentes. — Manuscrito 74, 1898. BS 164.1

Fazer trabalho missionário sem negligenciar os deveres do lar — Mulheres cristãs inteligentes podem usar os seus talentos com o maior proveito. Podem mostrar por sua vida de abnegação e por sua disposição de trabalhar ao máximo de sua capacidade, que crêem na verdade e que estão sendo santificadas por seu intermédio. Muitos necessitam um trabalho desta espécie para desenvolver as faculdades que possuem. Esposas e mães não devem em caso algum negligenciar o marido e os filhos, mas podem fazer muito sem negligenciar os deveres do lar; e nem todas têm essas responsabilidades. BS 164.2

Quem pode ter tão profundo amor pelas almas de homens e mulheres por quem Cristo morreu como essas que são participantes de Sua graça? Quem pode melhor representar a religião de Cristo do que mulheres cristãs, mulheres que estão fervorosamente trabalhando para levar almas à luz da verdade? Quem está igualmente tão bem adaptado à obra da Escola Sabatina? A verdadeira mãe é verdadeira mestra de crianças. Se com o coração imbuído do amor de Cristo ela ensina as crianças de sua classe, orando com elas e por elas, ela pode ver almas convertidas e reunidas no redil de Cristo. Eu não recomendo que a mulher procure tornar-se eleitora ou funcionária pública; mas como missionária, ensinando a verdade por correspondência epistolar, distribuindo material impresso, conversando com as famílias e orando com as mães e os filhos, ela pode fazer muito e ser uma bênção. — The Signs of the Times, 16 de Setembro de 1886. BS 164.3

Deveres domésticos não desculpam as mulheres — Algumas podem fazer mais que outras, mas todas podem fazer alguma coisa. As mulheres não devem sentir que estão dispensadas em virtude de seus deveres domésticos. Devem mostrar-se inteligentes no sentido de provar que podem fazer muito de maneira metódica e com sucesso em levar almas a Cristo. Se todos sentissem a importância de produzir até o máximo de sua capacidade na obra de Deus, tendo profundo amor por almas, sentindo sobre si o fardo da obra, centenas que até aqui têm estado insensíveis e desinteressados, nada realizando ou quando muito pouco fazendo, estariam empenhados como obreiros ativos. BS 165.1

Em muitos casos o lixo do mundo tem obstruído os canais da alma. O egoísmo controla a mente e perverte o caráter. Estivesse a vida escondida com Cristo em Deus, seu serviço não seria enfadonho. Se o inteiro coração fosse consagrado a Deus, todos encontrariam algo que fazer e almejariam ter parte na obra. Semeariam junto a todas as águas, orando e crendo que o fruto haveria de aparecer. Obreiros tementes a Deus, operosos, estarão em crescimento, orando em fé por graça e sabedoria celestial para que possam fazer a obra que lhes toca com alegria e disposição de mente. Buscarão os divinos raios de luz, a fim de poderem iluminar os passos de outros. — Ibidem. BS 165.2

Uma resolução modelar — Pergunte-se a si mesmo cada membro da igreja: “Que parte posso eu desempenhar para ganhar almas para Jesus Cristo?” “Eu”, diz uma classe, “procurarei que minhas necessidades sejam tão restritas que nenhum adorno desnecessário roube os cruzeiros ou centavos na satisfação do orgulho ou da ostentação. Consagrar-me-ei a Deus, e os meus desejos de satisfação egoísta serão mortos antes que germinem e floresçam e produzam frutos.” Esta é uma boa resolução. Ela agrada ao Salvador que vos comprou. ... BS 166.1

Alguém poderá dizer: “Não tenho oportunidade de ganhar dinheiro, mas dedicar-me-ei a mim mesmo. Educar-me-ei e preparar-me-ei para que nenhuma oportunidade passe inaproveitada. Tenho estado sempre ocupado, mas a verdade é que não tenho sentido satisfação na maneira em que meu tempo tem sido utilizado. Vejo agora como nunca dantes que muito do meu tempo tem sido empregado em fazer nada mais que aquilo que me agrada a mim mesmo. Agora desejo agradar a Deus, e darei parte do meu tempo ao verdadeiro serviço do Mestre. Visitarei os enfermos, preparar-me-ei de modo a ter interesse e simpatia pelos sofredores, e acrescentarei, se possível, algum auxílio para torná-los mais confortáveis. Por estes meios posso alcançar-lhes o coração e falar-lhes uma palavra como servo que sou de Jesus Cristo. Assim posso cultivar a arte de ministrar e ganhar almas para Jesus.” Podeis admitir que Jesus não dirá: “Bem está”, a este ramo do ministério? — Carta 12, 1892. BS 166.2