Beneficência Social
Capítulo 16 — Preparando-se para as crises e calamidades dos últimos dias
As condições dos últimos dias impelem-nos ao preparo — Vivemos no tempo do fim. Os sinais dos tempos, a cumprirem-se rapidamente, declaram que a vinda de Cristo está próxima, às portas. Os dias em que vivemos são solenes e importantes. O Espírito de Deus está, gradual mas seguramente, sendo retirado da Terra. Pragas e juízos estão já caindo sobre os desprezadores da graça de Deus. As calamidades em terra e mar, as condições sociais agitadas, os rumores de guerra, são portentosos. Prenunciam a proximidade de acontecimentos da maior importância. BS 134.1
As forças do mal estão-se arregimentando e consolidando-se. Elas se estão robustecendo para a última grande crise. Grandes mudanças estão prestes a operar-se no mundo, e os acontecimentos finais serão rápidos. BS 134.2
As condições do mundo mostram que estão iminentes tempos angustiosos. Os jornais diários estão repletos de indícios de um terrível conflito em futuro próximo. Roubos ousados são ocorrência freqüente. As greves são comuns. Cometem-se por toda parte furtos e assassínios. Homens possuídos de demônios tiram a vida a homens, mulheres e crianças. Os homens têm-se enchido de vícios, e campeia por toda parte toda espécie de mal. — Testemunhos Selectos 3:280. BS 134.3
Algo decisivo está para ocorrer — A atualidade é uma época de absorvente interesse para todos os que vivem. Governadores e estadistas, homens que ocupam posições de confiança e autoridade, homens e mulheres pensantes de todas as classes, têm fixa a sua atenção nos fatos que se desenrolam em redor de nós. Acham-se a observar as relações tensas e inquietas que existem entre as nações. Observam a intensidade que está tomando posse de todo o elemento terrestre, e reconhecem que algo de grande e decisivo está para ocorrer, ou seja, que o mundo se encontra à beira de uma crise estupenda. BS 134.4
Anjos acham-se hoje a refrear os ventos das contendas, para que não soprem antes que o mundo haja sido avisado de sua condenação vindoura; mas está-se formando uma tempestade, prestes a irromper sobre a Terra; e, quando Deus ordenar a Seus anjos que soltem os ventos, haverá uma cena de lutas que nenhuma pena poderá descrever. — Educação, 179. BS 135.1
É chegado o tempo em que haverá no mundo tristeza que nenhum bálsamo humano pode curar. O Espírito de Deus está sendo retirado. Catástrofes por mar e por terra seguem-se umas às outras em rápida sucessão. Quão freqüentemente ouvimos de terremotos e furacões, de destruição pelo fogo e inundações, com grandes perdas de vidas e propriedades! Aparentemente essas calamidades são caprichosos desencadeamentos de forças da Natureza, desorganizadas e desgovernadas, inteiramente fora do controle do homem; mas em todas elas pode ler-se o propósito de Deus. Elas estão entre os instrumentos pelos quais Ele busca despertar a homens e mulheres para que sintam o perigo. — Profetas e Reis, 277. BS 135.2
Grandes cidades serão varridas — A obra que há muito devia estar em ativa operação para ganhar almas para Cristo não tem sido feita. Os habitantes de cidades ímpias a serem muito breve visitadas por calamidades têm sido cruelmente negligenciados. Aproxima-se o tempo em que grandes cidades serão varridas, e todos devem ser advertidos desses juízos por vir. Mas quem está dando para a consecução desta obra o integral serviço que Deus requer?... BS 135.3
Atualmente nem uma milésima parte do trabalho a ser feito nas cidades o está sendo, e isso seria feito se homens e mulheres cumprissem o seu inteiro dever. — Manuscrito 53, 1910. BS 136.1
Oh! quem dera tivesse o povo de Deus o senso da iminente destruição de milhares de cidades, agora quase entregues à idolatria! — The Review and Herald, 10 de Setembro de 1903. BS 136.2
Calamidades iminentes — Não faz muito tempo uma cena muito impressionante passou perante mim. Vi uma enorme bola de fogo caindo entre algumas belas mansões, ocasionando sua imediata destruição. Ouvi alguém dizer: “Sabíamos que os juízos de Deus estavam para sobrevir à Terra, mas não sabíamos que viriam tão cedo.” Outros diziam: “Vós sabíeis? Por que então não nos dissestes? Nós não sabíamos.” De todos os lados ouvi pronunciarem-se tais palavras. ... BS 136.3
Logo sérios conflitos surgirão entre as nações — conflitos que não cessarão até que Jesus venha. Como nunca dantes, precisamos unir-nos, servindo Aquele que preparou o Seu trono no Céu e cujo reino domina sobre todos. Deus não abandonou o Seu povo, e nossa força consiste em não abandoná-Lo. BS 136.4
Os juízos de Deus estão na Terra. As guerras e rumores de guerra, as destruições pelo fogo e inundações, dizem claramente que o tempo de angústia, que aumentará até o fim, está às portas. Não temos tempo a perder. O mundo está insuflado pelo espírito de guerra. As profecias do capítulo onze de Daniel já alcançaram quase o seu final cumprimento. — Idem, 24 de Novembro de 1904. BS 136.5
Indescritível — Na última sexta-feira de manhã, antes de acordar, apresentou-se-me uma cena muito impressionante. Pareceu-me despertar do sono, mas eu não estava em meu lar. Das janelas eu podia contemplar uma terrível conflagração. Grandes bolas de fogo estavam caindo sobre as casas, e dessas bolas setas flamejantes voavam em todas as direções. Era impossível dominar os fogos que se acendiam, e muitos lugares estavam sendo destruídos. O terror do povo era indescritível. Depois de algum tempo despertei e encontrei-me em meu lar. — Carta 278, 1906. BS 136.6
Preparar-se enquanto há uma oportunidade — Ao subverter a agressão religiosa as liberdades de nossa nação, os que ficarem ao lado da liberdade de consciência serão postos numa posição desfavorável. No seu próprio interesse devem eles, enquanto têm oportunidade, tornar-se entendidos sobre enfermidades, suas causas, prevenção e cura. E os que assim procederem encontrarão um campo de trabalho em qualquer parte. Haverá sofredores, quantidades deles, que necessitarão ajuda, não apenas entre os de nossa própria fé, mas em grande proporção entre os que não conhecem a verdade. — The Medical Missionary, Novembro-Dezembro de 1892. BS 137.1
Prontos para oferecer imediata assistência — Pobreza e sofrimento nas famílias virão ao nosso conhecimento, e os aflitos e sofredores terão de ser aliviados. Pouco sabemos do sofrimento humano existente por toda parte ao nosso redor, mas ao termos oportunidade devemos estar prontos para oferecer imediata assistência aos que estão sob dura opressão. — Manuscrito 25, 1894. BS 137.2
Mão ajudadora de Deus na amenização do sofrimento — A obra da reforma de saúde é o meio empregado pelo Senhor para diminuir o sofrimento de nosso mundo, e para purificar Sua igreja. Ensinai ao povo que eles podem desempenhar o papel da mão ajudadora de Deus, mediante sua cooperação com o Obreiro-Mestre na restauração da saúde física e espiritual. — Obreiros Evangélicos, 348. BS 137.3
Cada membro deve assumir a obra médico-missionária — Atingimos um tempo em que todo membro da igreja deveria lançar mão da obra missionário-médica. O mundo é um hospital repleto de enfermidades, tanto físicas como espirituais. Por toda parte morrem pessoas à míngua de conhecimentos das verdades que nos foram confiadas. Os membros da igreja carecem de um despertamento, para que possam reconhecer sua responsabilidade de comunicar a outros estas verdades. — Testemunhos Selectos 3:102. BS 138.1
Porta de entrada para as grandes cidades — Doravante a obra médico-missionária deve ser conduzida com um fervor como jamais o foi. Esta obra é a porta pela qual a verdade deve penetrar nas grandes cidades. — Testimonies for the Church 9:167. BS 138.2
Cada cidade deve ser penetrada por obreiros preparados para fazer obra médico-missionária. — Idem, 7:59. BS 138.3
Em cada grande cidade deve haver corpos de obreiros bem organizados e bem disciplinados; não meramente um ou dois, mas quantidades deles devem ser postas a trabalhar. — Carta 34, 1892. BS 138.4
Uma parte do trabalho de cada igreja — A obra médico-missionária devia ter o seu representante em cada lugar em conexão com o estabelecimento de nossas igrejas. — Manuscrito 88, 1902. BS 138.5
Em cada cidade onde temos uma igreja há necessidade de um lugar onde se possam fazer tratamentos. Apenas em poucos dos lares de nossos membros há lugar com as condições para o cuidado apropriado dos enfermos. Deve prover-se um lugar onde se possa tratar enfermidades comuns. O edifício pode ser deselegante e até rústico, mas deve ser provido com as condições que permitam tratamentos simples. — Testimonies for the Church 6:113. BS 138.6
A obra médico-missionária deve fazer parte do trabalho de toda igreja em nossa Terra. Desligada da igreja, ela se tornaria em breve uma estranha miscelânea de desorganizados átomos. Consumiria, mas não produziria. Em vez de servir de mão auxiliadora de Deus para promover-Lhe a verdade, sugaria a vida e a força da igreja, e enfraqueceria a mensagem. Conduzida independentemente, não somente consumiria talento e meios necessários em outros ramos, como no próprio trabalho de ajudar os desamparados independentemente do ministério da Palavra, colocaria os homens em situação de zombarem de uma verdade bíblica. — Testemunhos Selectos 2:527. BS 139.1
O ministério médico-missionário na crise final — Meu coração se entristece quando olho para nossas igrejas, as quais deviam estar unidas de alma e coração na prática do trabalho médico-missionário. ... Desejo dizer-vos que logo não haverá outra obra no setor ministerial senão a obra médico-missionária. A obra de um ministro é ministrar. Nossos ministros devem trabalhar no plano evangélico da ministração. BS 139.2
Jamais sereis ministros segundo a ordem evangélica enquanto não mostrardes decidido interesse no trabalho médico-missionário, o evangelho de cura, de bênção e fortalecimento. Levantai-vos em socorro do Senhor, em socorro do Senhor contra as potestades das trevas, para que se não diga de vós: “Amaldiçoai a Meroz,... duramente amaldiçoai aos seus moradores; porquanto não vieram em socorro do Senhor.” Juízes 5:23. — The General Conference Bulletin, 12 de Abril de 1901. BS 139.3