Beneficência Social
Pioneirismo na Austrália
Preconceito removido pelo ministério de assistência — Através dos anos passamos por interessantes experiências enquanto estivemos na Austrália. Ajudamos a estabelecer uma escola desde os fundamentos, penetrando na floresta de eucaliptos e fazendo acampamento enquanto as árvores eram derribadas, o solo preparado e os edifícios erguidos. BS 327.3
O preconceito na comunidade onde a escola fora estabelecida foi derribado pela obra médico-missionária que fizemos. O médico mais próximo morava cerca de trinta quilômetros de distância. Eu disse aos irmãos que permitiria a minha secretária — uma enfermeira diplomada que está comigo há vinte anos — visitar os enfermos aonde quer que fosse solicitada. Fizemos de nosso lar um hospital. Minha enfermeira tratou com sucesso de alguns casos bem difíceis que os médicos tinham declarado incuráveis. Este trabalho não ficou sem a sua recompensa. A desconfiança e o preconceito foram removidos. O coração do povo era conquistado e muitos aceitaram a verdade. Nesse tempo ali era necessário manter tudo debaixo de chave, por causa de ladrões. Apenas uma vez alguma coisa nos foi roubada, e isto pouco depois de nossa chegada. Agora a comunidade é respeitadora da lei, e ninguém teme ser roubado. — Manuscrito 126, 1902. BS 327.4
Interesse pessoal no povo — Procuramos manifestar interesse pessoal no povo. Se víamos alguém caminhando ao nos dirigirmos para a estação, cerca de sete quilômetros de distância, alegremente lhe oferecíamos lugar em nossa carruagem. Fizemos o que podíamos para desenvolver nossa terra e encorajar nossos vizinhos a cultivar o solo, a fim de que também eles obtivessem frutos e vegetais próprios. Ensinamos-lhes como preparar o solo, o que plantar e como cuidar da lavoura em crescimento. Logo compreenderam a vantagem de prover desta forma para si mesmos. Compreendíamos que Cristo mostrou interesse pessoal em homens e mulheres quando esteve na Terra. Era um Médico-missionário em todo o lugar aonde ia. Devemos sair fazendo o bem como Ele o fez. Somos ensinados que devemos alimentar os famintos, vestir os nus, curar os enfermos e confortar os tristes. — Manuscrito 126, 1902. BS 328.1
Economizar para ajudar a outros — Vivemos economicamente e procuramos descobrir como devemos gastar cada centavo. ... Reformamos repetidamente nossa roupa, remendando e alargando, a fim de usá-la um pouco mais, para podermos suprir com roupas os que estão em maior necessidade. Um de nossos irmãos em Ormondville, inteligente carpinteiro, não podia batizar-se porque não tinha outra roupa para vestir. Quando recebeu um terno novo, barato, foi o homem mais agradecido que já vi, porque podia agora participar da ordenança do batismo. — Carta 89a, 1894. BS 328.2
Novo material durável comprado para obra de beneficência — Alguns de nosso povo me dizem: “Distribua suas roupas usadas, para os pobres.” Se eu desse aos pobres as roupas que remendo e alargo, não veriam como poderiam usá-las. Para eles eu compro material novo, forte, durável. Tenho visitado fábricas de tecidos e tenho comprado sobras que podem ter defeito mas se adquirem por preço reduzido, e beneficiam os que as recebem. Posso permitir-me usar as roupas velhas até que não possam mais ser reparadas. Comprei para vosso tio excelente fazenda para calças e camisa, e ele está agora suprido com roupa respeitável. Desta forma posso prover para grandes famílias com crianças, roupas duráveis, que os pais nem sequer sonham poder comprar para eles. — Ibidem. BS 328.3
Comprando madeira de fazendeiros necessitados — A pobreza está tão disseminada nas colônias que muitos estão enfrentando a morte pela fome, e o aspecto mais estranho do fato é que os fazendeiros parecem absolutamente incapazes para delinear planos pelos quais aquilatar tempo e dinheiro. ... Compramos madeira de nossos irmãos fazendeiros e procuramos dar emprego a seus filhos e filhas. Mas precisamos de um grande fundo caritativo do qual tirar para livrar famílias da fome. Os que precisam de nossa ajuda não são pessoas vadias, mas são homens que têm ganho em tempos prósperos bons salários não inferiores a vinte e até quarenta dólares por semana. ... Eu dividi os suprimentos de nossa despensa com famílias desta espécie, andando algumas vezes dezessete quilômetros para aliviar-lhes as necessidades. — Carta 89a, 1894. BS 329.1
Solicitude por um estudante pobre — Queira fazer o favor de perguntar ao irmão _____ quais as roupas que ele necessita, e o que for preciso, por favor forneça-lhe, e ponha-o em minha conta. Ele não recebeu sua mala, e temo venha a sofrer, pois necessita de roupa. — Carta 100, 1893. BS 329.2
Auxílio a um pastor doente — O irmão e a irmã A. têm estado trabalhando em Ormondville, cerca de cento e sessenta quilômetros daqui, com bons resultados. ... Encontrei o irmão A. em Napier, e ele me disse que fui eu quem o enviou à escola em Healdsburg, pagando suas despesas para que ele obtivesse sua educação. Fiquei muito feliz por ver o resultado desse investimento. BS 329.3
Nós enviamos o irmão A _____ ao instituto de Sta. Helena. ... Ele é um grande sofredor. Dei trezentos dólares para este caso, embora haja muitos casos para os quais se necessita cada dólar; mas eu tenho plena consciência de que devo ajudar este caso. É este um caso com o qual os que amam e temem a Deus devem mostrar simpatia de maneira tangível e ter em mente que Cristo identificou os Seus interesses com os da humanidade sofredora. — Cartas 79, 33, 1893. BS 330.1
A Sra. White enfrenta o problema de depressão — Os membros da família do irmão M. seriam industriosos se tão-somente tivessem trabalho para fazer. Não queremos vê-los sofrer fome ou ficar destituídos de vestuário nem desanimarem-se. Foram comprados, comprados pelo sangue de Cristo, e são valiosos para Deus. Enquanto estivermos neste país continuaremos a ajudar os pobres e sofredores, tanto quanto for possível. O irmão M. está com débito sobre sua propriedade; paguei os juros do último trimestre, sete libras, pelas quais nada espero receber, mas eu não desejaria, não poderia, ver a família despejada na rua. ... Oramos com todo o fervor para que o Senhor opere em favor desta querida família. BS 330.2
Estamos nós mesmos sobremodo preocupados quanto ao nosso dever para com todos esses sofredores. Há inúmeras famílias sem emprego, e isto significa penúria, fome, aflição e angústia. Não vejo outro jeito senão ajudar essas pobres almas em sua grande necessidade, e isso farei, se o Senhor quiser. E Ele quer. Sua Palavra é veraz, e não pode falhar, nem ser mudada por nenhum dos artifícios humanos para sofismá-la. BS 330.3
Precisamos ajudar os necessitados e opressos, se não queremos que Satanás os tire de nossas mãos, de nossas fileiras, e os coloque, estando eles em tentação, em suas próprias fileiras. — Carta 42, 1894. BS 330.4
Angariando recursos para enfrentar as necessidades dos pobres — Vou hoje a Sydney, a fim de comprar nas liquidações anuais algumas mercadorias. Eles fazem essas liquidações para livrarem suas lojas de estoques velhos. Os pobres ao nosso redor sofrem por falta de alimento e roupas, e eu posso comprar com alguma vantagem nessas lojas. Economizamos tanto quanto possível e há necessitados bastantes para isto. ... Há muitos pobres que são atribulados por falta de alimento e roupas, os quais são da família da fé. Nossa bolsa mal daria para ajudar nas necessidades dos que conhecemos. Jesus diz: “Sempre que o fizestes a um destes Meus pequeninos irmãos, a Mim o fizestes.” Quão preciosas são para confortar os pobres essas palavras! — Carta 39, 1895. BS 330.5
Organizada uma sociedade de Dorcas — Domingo foi um dia cheio para nós, pois fizemos planos em favor dos que são pobres, muito pobres e pusemos em operação alguns desses planos, os quais me aliviarão a mim mesma e a família no fazer tudo que tem de ser feito. A irmã C., uma mulher digna, está prostrada no leito com ciática. Ela tem um filho de treze anos, e a mãe idosa e inválida, sem nenhum meio de sustento. A mãe tem recebido ajuda dos filhos para pagamento do aluguel, e como os tempos têm-se tornado cada vez mais duros e apertados, isto é tudo que eles podem fazer. Temos também o irmão R., e sua esposa, com quatro filhos desamparados. Ele faz o melhor que pode para sustentar os seus inocentes filhos, mas passam necessidade todo o tempo. Pouco consegue pela sua produção. Agora vamos dar um giro pelas igrejas a fim de ver se nos podem suprir com roupas usadas para essas famílias carentes de recursos. Tenho comprado boas fazendas nas liquidações, para confeccionar roupas para eles, assim como lhes tenho suprido o alimento. BS 331.1
Alguns de nossa família saíram ontem numa expedição de caridade e fizeram um pequeno início. Alguma coisa foi coletada. Há oito famílias que temos estado ajudando com tudo que consideramos aconselhável. BS 331.2
Uma sociedade de Dorcas está para funcionar esta semana, a fim de examinar e remodelar velho e novo material de auxílio aos necessitados. Os membros de minha família e eu temos feito muito donativo de dinheiro e roupa. A carga sobre nós não tem sido pequena. Não precisamos correr atrás dos casos; eles correm atrás de nós. Essas coisas exigem nossa atenção; não podemos ser cristãos e passá-las por alto dizendo: “Aquecei-vos e vesti-vos”, sem lhes dar os meios de se aquecerem e se vestirem. O Senhor Jesus diz: “Os pobres sempre os tendes convosco.” Eles são um legado de Deus a nós. — Manuscrito 4, 1895. BS 331.3
Assistindo com alimentos e roupas — Nossa família tem tido de ajudar os pobres com alimentos e roupas, e as viúvas e órfãos com dinheiro e também com roupas e alimentos. Esta é uma parte de nossa obra como cristãos, e não pode ser negligenciada. Cristo disse: “Os pobres sempre os tendes convosco”, e nesta parte da vinha do Senhor isto é literalmente verdade. Fazer o bem em todas as suas formas é imposto sobre os missionários do Senhor pelas Santas Escrituras. Lede II Coríntios 9. Vereis que nossa obra é não apenas pregar, mas ao vermos a humanidade sofredora no mundo, devemos ajudá-los em suas necessidades temporais. Assim seremos instrumentos nas mãos de Deus. ... BS 332.1
Os que se dão ao Senhor assumem o jugo de Cristo e trabalharão segundo a orientação de Cristo, sempre buscando de Jesus sabedoria e discernimento correto para agir como convém. Muitos levam o seu zelo e temperamento natural a suas atividades de benevolência; agem pelo impulso; dão àqueles a quem entendem que devem dar, enquanto outros igualmente dignos são, como fizeram o sacerdote e o levita, vistos e passados por alto; não manifestam por esses qualquer interesse especial; passam de largo, do lado da indiferença e da negligência. Fazer o bem em todas as suas formas está implícito nas Escrituras, mas é necessário toda prudência e cuidado, a fim de saber como mostrar misericórdia e ajuda aos que são realmente necessitados. O procedimento proveitoso a ambas as partes é ajudá-los a se ajudarem; abrir o caminho diante deles em vez de dar-lhes dinheiro. Encontrar para eles trabalho; manifestar discrição e estar certos de que fazemos uso dos meios de tal forma que produza o maior bem aos pobres do Senhor no presente e no futuro. — Carta 31b, 1895. BS 332.2
Provido trabalho para famílias necessitadas — Havia aqui muitos pobres e necessitados. Homens que estavam procurando servir ao Senhor e guardar os Seus mandamentos não podiam sustentar suas famílias, e pediram-nos que lhes déssemos alguma coisa para fazer. Demos-lhes trabalhos e eles comeram à nossa mesa. Demos-lhes salário digno até que suas famílias fossem alimentadas e confortavelmente vestidas. Então deixamos que fossem procurar trabalho em algum outro lugar. Alguns deles tiveram de usar roupas de Willie para poderem assistir às reuniões de sábado. — Carta 33, 1897. BS 332.3
Provendo trabalho, livros e roupas — Os que neste país aceitam a verdade são na maioria pobres, e no inverno é duro para eles manter suas famílias. Depois que escrevi a anterior, recebi uma carta de... um homem que era fabricante de carruagens. Estava em grande pobreza dois anos antes, e demos-lhe trabalho. Ele foi obrigado a deixar sua família — esposa e cinco filhos — nos subúrbios de Sydney e vir para Cooranbong, distante cerca de cento e quarenta e cinco quilômetros, a fim de conseguir trabalho. Antes disto era sócio do irmão, também fabricante de carruagens. BS 333.1
Mas quando abraçou o sábado perdeu sua posição, e trabalhou por pequenos salários, não conseguindo finalmente mais trabalho algum. É um homem inteligente, refinado, bom professor na Escola Sabatina e sincero cristão. Conservamo-lo enquanto tivemos alguma coisa que ele podia fazer, e quando partiu, modestamente perguntou se havia alguns livros sobre a verdade presente que ele pudesse levar, pois não possuía nenhum. Dei-lhe livros no valor aproximado de seis dólares. Perguntou também se tínhamos alguma roupa usada que lhe pudéssemos dar, para que sua esposa reformasse para os filhos. Dei-lhe uma mala com roupas, pelo que ele ficou profundamente grato. — Carta 113, 1897. BS 333.2
Posta como exemplo pelo Senhor — Por que não buscais descobrir casos de homens como o irmão _____? Ele é um cristão cavalheiro em todo o sentido da palavra. É um homem que Deus ama. Homens como ele são preciosos à vista de Deus. Eu o conheço bem. BS 333.3
Interessei-me pessoalmente por este caso. ... Procurei antecipar-me a suas necessidades e nunca colocá-lo onde ele teria de mendigar trabalho. Enquanto em Cooranbong procurei ser um exemplo de como devem os necessitados ser ajudados. Procurei trabalhar da maneira como me foi indicado pelo Senhor. — Carta 105, 1902. BS 333.4
Uma sociedade de Dorcas no lar de E. G. White — Na noite passada tivemos uma sociedade de Dorcas em nosso lar, e minhas obreiras que me ajudam na preparação dos meus artigos para as revistas, e que cozinham e costuram, cinco delas, ficaram até meia-noite cortando roupas. Fizeram três pares de calças para as crianças de uma família. Duas máquinas de costura trabalharam até meia-noite. Penso que jamais houve grupo mais feliz de obreiros do que essas moças na noite passada. BS 334.1
Fizemos uma porção de roupa para esta família, e achamos que foi tudo que podíamos fazer. A irmã C. está agora em sua missão de misericórdia para esta pobre família, cortando vestidos do tecido conseguido. Há também outras famílias a serem supridas. E agora chega outro pedido, e precisamos atender com roupa de inverno. Assim tem sido sempre desde que chegamos a este país. Certamente enfrentaremos o pedido de que enviemos um pacote de roupa para essas pessoas necessitadas. Só vos conto estas coisas para que saibais que estamos rodeados pela pobreza. A esposa deste pescador está para ser batizada no próximo sábado. Aos pobres é pregado o evangelho. O povo desta localidade tem muito pouco dos bens deste mundo. — Carta 113, 1897. BS 334.2
Assistindo os enfermos e desamparados — Os enfermos nos suplicam auxílio, e nós vamos em seu socorro. A irmã McEnterfer, minha auxiliar e enfermeira, é chamada a quilômetros de distância para fazer tratamentos e prescrevê-los. Ela tem tido maravilhosos sucessos. Não há médico em Cooranbong, mas nós vamos construir um hospital e sanatório logo, onde os enfermos possam receber cuidados. No passado levamo-los para o nosso próprio lar e cuidamos deles, pois não podemos deixar seres humanos sofrer sem procurar aliviá-los. ... BS 334.3
Nada cobramos pelo que fazemos, mas precisamos ter um hospital, que custe o menos possível, onde possamos ter algumas melhorias e recursos no cuidado dos doentes. BS 334.4
Esta é a obra de Cristo e tem de ser a nossa obra. Queremos seguir bem de perto os passos do Mestre. Encontramos neste lugar pessoas inteligentes, que outrora estiveram em posição confortável, mas sobreveio-lhes a pobreza. Provemos trabalho para esses, e pagamos-lhes por ele, e assim aliviamos suas necessidades. Esta é precisamente a obra a ser feita, para que sejam curadas as enfermidades tanto da alma como do corpo. Cristo é o poderoso Médico da alma e do corpo. BS 334.5
Cristo declarou: “Os pobres sempre os tendes convosco.” Oh! quanto eu gostaria de fazer mais do que estou fazendo agora! Que o Senhor me fortaleça, é a minha oração, para que me seja possível fazer o que Ele me determinou. Ontem foi enviado um pacote de roupas a uma pobre, porém inteligente e industriosa família. O pai é um distinto operário, que trabalha em construção de carruagens. Trabalha quando pode conseguir trabalho. Este é agora o terceiro pacote de roupas que lhe enviamos. Almas estão vindo para a verdade pela influência desta família, e o irmão Starr está a caminho de Sydney a fim de batizar várias pessoas que se converteram à verdade. BS 335.1
Desejo ver a obra progredir. Trabalharemos com paciência, e o Senhor dará a convicção e a conversão. Não podemos negligenciar os pobres. Cristo era pobre. Ele conheceu privações e necessidade. Utilizo cada dólar de minha renda para o avançamento da obra. ... Importa-nos trabalhar enquanto é dia, pois vem a noite, quando ninguém pode trabalhar. — Carta 111, 1898. BS 335.2
Obra médico-missionária ao redor de Cooranbong — A irmã Sara McEnterfer, em companhia do irmão Tiago, meu caseiro, acabam de sair para visitar o irmão C., que mora a nove quilômetros daqui, no sertão. Este irmão aceitou a verdade logo que chegamos a Cooranbong. ... BS 335.3
Agora chega-nos a notícia de que nosso amado irmão caiu com febre tifóide. O Sr. Springle é o único homem na vila que sabe alguma coisa sobre o tratamento sem drogas; mas há seis semanas ele foi chamado para atender o Sr. B., que também está com febre tifóide. Ficou com ele noite e dia, e agora voltou ao lar esgotado. Assim não se pode depender dele para tratar o irmão C. BS 335.4
Sara e o irmão J. subiram para ver qual é a situação. Se o irmão C. puder movimentar-se, terá de ser trazido ao nosso alcance, mesmo que tenha de ser transportado numa padiola. Não podemos permitir que fique ali e morra, deixando sua mulher e filhos à mercê de quem queira ter misericórdia deles. ... BS 335.5
21 de março — Sara voltou com as boas novas de que o irmão C. está bem melhor. Ele foi atingido, mas o Sr. Springle que pôde visitá-lo, encontrou nele um caso muito diferente do Sr. B. O irmão C. é um amigo da reforma de saúde, e ao ser dado ao seu caso vigoroso tratamento a febre cedeu. Ele está fraco, mas está de pé e vestido, sentindo-se alegre e feliz no Senhor. Sara diz que o milho que ele está cultivando ajudará grandemente no sustento de sua família. Eles possuem um moinho manual, e moem o milho até se tornar bem fino. Disto fazem o seu pão, pois não possuem dinheiro para comprar farinha de trigo. Vamos enviar-lhes alguma farinha. Este é o trabalho que tem sido feito em vários casos. O que temos feito é ajudar as pessoas a se ajudarem. BS 336.1
O irmão C. tem isto nele, de não se permitir depender de outros desde que possa trabalhar. Mas o homem que comprou o seu barco nada lhe pagou ainda, pois não o pôde. G. C. White viu as necessidades do irmão C., e emprestou-lhe oito libras tomadas emprestadas ao nosso ferreiro, para que ele tivesse um pequeno início. E todos estão alegres e mais do que admirados por ver o começo que ele conseguiu. Cerca de doze acres foram preparados e plantados com milho doce e milho do campo. O milho doce eles irão usar para seu alimento, e o outro venderão. Os vegetais que plantaram ajudam em grande parte no sustento da família. Os garotos estão trabalhando com o pai como pequenos agricultores. Estão de tal forma animados e cheios de zelo que é até divertido olhar para eles e ver quão felizes se encontram em seu trabalho. Eles não têm muitas relações além dos de sua própria família, mas estão na melhor escola que poderiam desejar. — Carta 48, 1899. BS 336.2
Primeiro aos domésticos da fé — Há famílias que perderam a situação que desfrutavam por vinte anos. Um casal teve grande número de filhos dos quais estamos cuidando. Estou pagando as despesas escolares de quatro crianças desta família. Vemos muitos casos e precisamos ajudar. São excelentes esses homens que temos ajudado. Possuem grandes famílias, mas são os pobres do Senhor. Um destes homens era marceneiro e fabricante de carruagens, e de rodas e um cavalheiro de ordem superior à vista de Deus, que lê o coração de todos. Durante três anos propiciamos a esta família roupas de nossa própria família. Mudamos a família para Cooranbong. Esperávamos poder ajudá-los a conseguir uma casa neste inverno. Deixei-os ficar em minha tenda, e puseram nela um teto de ferro, e assim têm vivido um ano. Todos amam este homem, sua esposa e filhos. Precisamos ajudá-los. Eles têm um pai e uma mãe que precisam de sua ajuda. Três famílias desta mesma espécie estão no terreno da escola, e oh! se tão-somente tivéssemos dinheiro para ajudá-los a construir uma casa barata de madeira, quão alegres não ficariam! Uso cada centavo que tenho para ajudar esta obra. Mas faz diferença para mim a quem ajudo, se é um pobre sofredor de Deus, que guarda os Seus mandamentos e perde por isto sua posição, ou um blasfemador que calca a pés os mandamentos de Deus. E Deus leva em conta a diferença. Devemos tornar todos esses homens e mulheres coobreiros de Deus. — Carta 45, 1900. BS 336.3
Ajudamos a todos que pudemos — Na Austrália procuramos fazer tudo que podíamos neste sentido. Estabelecemo-nos em Cooranbong, e ali, onde o povo tem que caminhar quarenta quilômetros de distância em busca de um médico, pagando-lhe ainda vinte e cinco dólares pela visita, ajudamos os enfermos e sofredores como foi possível. Vendo que sabíamos alguma coisa sobre doenças, o povo nos trouxe os seus enfermos, e deles cuidamos. Assim derribamos inteiramente o preconceito neste lugar. ... BS 337.1
O trabalho médico-missionário é a obra pioneira. Deve estar correlacionado com o ministério evangélico. É o evangelho na prática, o evangelho praticamente posto em ação. Sinto-me triste ao ver que o nosso povo não tem apoiado esta obra como devia. ... BS 337.2
Todo o Céu está interessado na obra de aliviar os sofrimentos da humanidade. Satanás está exercitando todos os seus poderes para obter o controle sobre a alma e o corpo dos homens. Ele está procurando amarrá-los às rodas do seu carro. Meu coração sente-se entristecido ao olhar as igrejas, pois deviam estar associadas de corpo e alma e na prática com o trabalho médico-missionário. — The General Conference Bulletin, 12 de Abril de 1901. BS 337.3