A Verdade sobre os Anjos

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A primeira tentação

Satanás raciocinou com Cristo da seguinte maneira: Se as palavras proferidas após Seu batismo eram verdadeiramente as palavras de Deus, se Ele era o Filho de Deus, não precisava Ele suportar a sensação de fome; poderia dar provas de Sua divindade demonstrando Seu poder em transformar as pedras do desnudo deserto em pães. — Redemption or the First Advent of Christ With His Life and Ministry, 48. VA 172.3

Satanás disse a Cristo que Ele apenas precisava colocar os pés na trilha manchada de sangue, mas não necessitava transitar por ela. Assim como ocorrera com Abraão, Ele fora provado para demonstrar Sua fiel obediência. Declarou também que um anjo detivera a mão de Abraão quando já prestes a desferir o cutelo e matar Isaque, e que agora ele fora enviado para salvar a vida [de Cristo]; que não Lhe era necessário suportar a dolorosa fome e mesmo a morte por inanição; ele havia vindo para ajudar Cristo, desempenhando uma parte no plano da salvação. — The Review and Herald, 4 de Agosto de 1874. VA 172.4

[Satanás] chamou a atenção de Cristo para a sua própria aparência atraente, vestido de luz e forte em poder. Pretendeu ser um mensageiro vindo diretamente do trono do Céu, e afirmou que tinha o direito de exigir de Cristo evidências de ser Ele o Filho de Deus. — The Review and Herald, 4 de Agosto de 1874. VA 173.1

Foi pelas palavras... [de Satanás], e não por sua aparência, que Cristo reconheceu ser ele o inimigo. — The Review and Herald, 22 de Julho de 1909. VA 173.2

Ao assumir a natureza do homem, Cristo não manteve aparência semelhante à dos anjos do Céu, mas esta era uma das humilhações pelas quais necessitava passar quando voluntariamente aceitou tornar-Se o Redentor do homem. Satanás insistiu em que Ele, se realmente era o Filho de Deus, deveria prover alguma evidência de Seu exaltado caráter. Sugeriu que Deus não permitiria a Seu Filho cair em tão deplorável situação. Declarou que um dos anjos fora expulso do Céu e enviado à Terra, e que a aparência de Cristo indicava que Ele era o tal anjo caído, e não o Rei dos Céus. Chamou a atenção para a sua própria fulgurante aparência, vestido de luz e poder, e insultuosamente contrastou o deplorável estado de Cristo com a sua própria glória. — The Spirit of Prophecy 2:91. VA 173.3