A Verdade sobre os Anjos

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A personificação de Satanás após o encerramento da graça

A ira de Satanás aumenta à medida que seu tempo encurta, e sua obra de engano e destruição alcança o clímax. Findou a longanimidade de Deus. O mundo rejeitou Sua misericórdia, desprezou Seu amor e transgrediu Sua lei. Os ímpios ultrapassaram os limites da graça e o Senhor retira deles Sua proteção, deixando-os à vontade do líder que escolheram. ... VA 273.1

Como ato culminante no grande drama do engano, o próprio Satanás personificará Cristo. A igreja tem há muito tempo professado considerar o advento do Salvador como a realização de suas esperanças. Assim, o grande enganador fará parecer que Cristo veio. Em várias partes da Terra, Satanás se manifestará entre os homens como um ser majestoso, com brilho deslumbrante, assemelhando-se à descrição do Filho de Deus dada por João no Apocalipse (cap. 1). A glória que o cerca não é excedida por coisa alguma que os olhos mortais já tenham contemplado. Ressoa nos ares a aclamação de triunfo: “Cristo veio! Cristo veio!” VA 273.2

O povo se prostra em adoração diante dele, enquanto este ergue as mãos e sobre eles pronuncia uma bênção, assim como Cristo abençoava Seus discípulos quando aqui na Terra esteve. Sua voz é meiga e branda, cheia de melodia. Em tom manso e compassivo apresenta algumas das mesmas verdades celestiais e cheias de graça que o Salvador proferia; cura as doenças do povo, e então, em seu pretenso caráter de Cristo, alega ter mudado o sábado para o domingo, ordenando a todos que santifiquem o dia que ele abençoou. Declara que aqueles que persistem em santificar o sétimo dia estão blasfemando de seu nome, pela recusa de ouvirem seus anjos a eles enviados com a luz e a verdade. É este o poderoso engano, quase invencível. — The Spirit of Prophecy 4:441, 442. VA 273.3

Satanás percebe que está prestes a perder a sua causa. Não pode iludir o mundo inteiro. Ele faz um último e desesperado esforço para vencer os fiéis pelo engano. Efetua isso personificando a Cristo. Cobre-se com as vestes da realeza que foram cuidadosamente descritas na visão de João. Tem poder para fazer isso. Aparecerá a seus seguidores iludidos, o mundo cristão que não recebeu o amor da verdade, antes teve prazer na iniqüidade... como Cristo vindo pela segunda vez. VA 274.1

Ele se proclama o Cristo, e é aceito como tal, um ser imponente e belo, revestido de majestade, com voz suave, palavras agradáveis e uma glória não superada por coisa alguma que olhos humanos já contemplaram. Então os seus enganados e iludidos seguidores soltam uma exclamação de vitória: “Cristo veio pela segunda vez! Cristo veio! Ele levantou as mãos assim como fazia quando esteve na Terra, e nos abençoou.” ... VA 274.2

Os santos observam com estupefação o que se passa. Eles também serão enganados? Adorarão a Satanás? Há anjos de Deus ao seu redor. É ouvida uma voz clara, firme, musical, dizendo: “Olhem para cima!” VA 274.3

Aqueles que oravam tinham um só objetivo: a salvação final e eterna de sua alma. Este objetivo estava constantemente diante deles — a vida imortal prometida aos que perseveram até o fim. Oh! quão sinceros e fervorosos tinham sido os seus anseios! O juízo e a eternidade estavam à vista. Pela fé, os seus olhos estavam cravados no trono resplandecente, perante o qual terão de comparecer as pessoas vestidas de branco. Isto os impedia de condescenderem com o pecado. ... VA 275.1

Mais uma tentativa, e então será usado o último ardil de Satanás. Ele ouve o incessante clamor de que Cristo venha, de que Cristo os liberte. Essa última estratégia é personificar a Cristo e fazer com que eles pensem que suas orações estão sendo atendidas. — Eventos Finais, 142, 143. VA 275.2