A Verdade sobre os Anjos

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Presença angélica enquanto Ellen White estava desperta

Quando despertei e olhei pela janela, percebi duas nuvens brancas. Dormi novamente; e em sonhos, ouvi estas palavras dirigidas a mim: “Olhe estas nuvens. Foram nuvens como estas que envolveram a multidão angélica que proclamou aos pastores o nascimento do Redentor do mundo.” Quando acordei e olhei outra vez pela janela da carruagem, ali estavam duas grandes nuvens, brancas como neve. Eram nuvens separadas, distintas, que se aproximaram uma da outra e por um momento se uniram, para novamente se separarem. Elas não desapareceram, antes permaneceram à minha vista durante a manhã. Ao meio-dia mudamos de carruagem e não mais vi as nuvens. VA 258.3

Durante o dia estive profundamente impressionada com o pensamento de que os anjos de Deus, envoltos por estas nuvens, iam à nossa frente; de que podíamos regozijar-nos com o seu cuidado e também desfrutar da segurança de que veríamos a salvação de Deus nas reuniões que iriam ser realizadas em Brisbane. E agora que as reuniões se encerraram e pudemos ver o maravilhoso interesse revelado pelas pessoas, estou mais segura do que nunca de que os anjos celestes estavam envolvidos por aquelas nuvens — anjos que foram enviados das cortes do alto para tocar no coração das pessoas, para restringir influências causadoras de distração, que por vezes atingem nossas campais, por intermédio das quais as mentes são desviadas da consideração das verdades vitais que são diariamente apresentadas. VA 259.1

Nessas reuniões, milhares ouviram o convite do evangelho e ouviram as verdades que nunca antes haviam escutado. Durante todas as reuniões não ocorreu cerrada oposição ou expressões em voz alta por parte dos que se opõem à lei de Deus. Tampouco ouvimos oposição pública através da cidade. Esta é uma experiência incomum, e cremos que os anjos de Deus estiveram presentes para manter na retaguarda os poderes das trevas. — The Review and Herald, 21 de Março de 1899. VA 259.2

Eu estava sofrendo de reumatismo no lado esquerdo, e não podia repousar de dor. Dava voltas na cama, em busca de alívio para o sofrimento. Sentia no coração uma dor que nada de bom me predizia. Por fim, adormeci. VA 260.1

Por volta das nove e meia da noite procurei virar-me e, ao fazê-lo, percebi que não sofria mais dor alguma. Ao dar voltas de um para outro lado, e mexer as mãos, sentia liberdade e ligeireza extraordinárias que não posso descrever. O quarto estava inundado de luz, uma luz maravilhosa, suave e azulada, e me parecia estar nos braços de seres celestes. VA 260.2

Eu tinha desfrutado, anteriormente, essa luz singular, em momentos de bênção especial, mas dessa vez ela era mais distinta, mais impressionante, e senti tanta paz, uma paz tão plena e abundante que não há palavras para descrevê-la. Sentei-me e vi que estava circundada de uma nuvem brilhante, branca como neve, e de bordas cor rosa escura. Enchia o ar uma música maviosa e suave, em que reconheci o cântico dos anjos. Falou-me, então, uma voz, dizendo: “Não temas; Eu sou o teu Salvador. Santos anjos te rodeiam.” — Testemunhos Selectos 3:315, 316. VA 260.3