Vidas que Falam

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Na posse do espírito do mal, 8 de Junho

Nenhum dentre vós há que se doa por mim. 1 Samuel 22:8. VF 163.1

O espírito do mal estava sobre Saul. Ele sentiu que sua condenação tinha sido selada pela solene mensagem de sua rejeição no trono de Israel. Seu afastamento das claras reivindicações de Deus estava produzindo os seus resultados infalíveis. Ele não se havia arrependido e humilhado o coração perante Deus, mas abrira-o para receber sugestões do inimigo. Ele dava ouvidos às falsas testemunhas, atentando avidamente a tudo que fosse deprimente para o caráter de Davi, esperando assim encontrar uma desculpa para o crescente ódio e inveja manifestados para com aquele que havia sido ungido para ocupar o trono de Israel. Todo boato era aceito, não importando quão inconsistente e inconciliável fosse com o caráter anterior e os costumes de Davi. VF 163.2

Cada evidência de que o cuidado protetor de Deus estava sobre Davi parecia torná-lo mais amargo e mais determinado em seu firme propósito. A falta de alcançar seus desígnios aparecia em marcado contraste com o sucesso do fugitivo em iludir sua procura, mas isto tornava simplesmente a determinação do rei mais incansável e firme. Não tinha o cuidado de esconder os seus propósitos para com Davi, nem tinha escrúpulos quanto aos meios que empregaria para alcançar seu intento. VF 163.3

Não era com o homem Davi, que nenhum mal lhe fizera, que ele estava contendendo. Ele estava em controvérsia com o Rei do Céu; pois quando a Satanás é permitido controlar a mente não regida por Jeová, ele a conduzirá de acordo com sua vontade, até que a pessoa que está assim em seu poder torna-se um eficiente instrumento para executar os seus desígnios. Tão amarga é a inimizade do originador do pecado contra os propósitos de Deus, tão terrível o seu poder para o mal, que quando os homens se desligam de Deus, Satanás os influencia, e suas mentes são levadas cada vez em maior sujeição, até que lançam fora o temor de Deus, e o respeito dos homens, e tornam-se ousados e confessos inimigos de Deus e de Seu povo. Deus aborrece todo pecado, e quando o homem persistentemente recusa todo o conselho do Céu, é deixado à mercê dos enganos do inimigo. — The S.D.A. Bible Commentary 2:1019. VF 163.4