Testemunhos Seletos 3

64/294

Capítulo 17 — Considerações acerca dos edifícios

Como povo escolhido de Deus não podemos copiar os costumes, alvos e práticas do mundo, nem imitar a moda que nele impera. Não estamos imersos em ignorância tal que nos conformemos com imitar os modelos que o mundo nos oferece, e contemos com a aparência para alcançar bom êxito. Disse-nos o Senhor de onde provém a nossa força. “Não por força nem por violência, mas pelo Meu Espírito, diz o Senhor dos Exércitos.” Zacarias 4:6. Ao considerar oportuno, o Senhor concede, a quem guarda a Sua Palavra, a faculdade de exercer forte influência para o bem. De fato, eles dependem de Deus, e a Ele terão que prestar contas da maneira em que empregaram os talentos que lhes confiou. Devem compreender que são administradores dos bens do Senhor e que é dever seu exaltar-Lhe o nome. TS3 79.4

Os que puserem em Deus todas as suas afeições, alcançarão êxito. Em Cristo, perderão de vista a si próprios, e as atrações do mundo não exercerão poder algum para apartá-los da obediência. Compreenderão que aparência exterior não concede força. Não é a ostentação, a aparência imponente o que representa de maneira correta a obra que devemos realizar como povo escolhido de Deus. Os que trabalham em ligação com a nossa obra médica devem estar adornados da graça de Cristo. Isso lhes permitirá exercer a maior das influências para o bem. TS3 80.1

O Senhor quer realmente o que de nós espera. Suas promessas nos são feitas sob a condição de cumprirmos fielmente a Sua vontade. Por isso, quando se trata de construir sanatórios, Ele deve ter o primeiro, o último e o melhor lugar em tudo. TS3 80.2

Os que servem a Deus devem velar para que seu gosto de ostentação não arraste outros para os prazeres fáceis e a vaidade. Deus não quer que servo algum Seu realize empreendimentos custosos e inúteis, que o façam endividar-se e privar-se dos recursos com que poderia contribuir para auxiliar a obra do Senhor. Enquanto os que professam crer na verdade presente andarem nas sendas do Senhor para agir segundo as normas da justiça, poderão contar com que o Senhor os fará prosperar. Mas se preferem vagar longe do caminho estreito, atrairão ruína sobre si mesmos e sobre quem os tomar por modelo. TS3 80.3

Os que dirigem a fundação de instituições médicas devem dar o bom exemplo. Mesmo que haja dinheiro, não devem gastar mais do que o absolutamente necessário. A obra do Senhor deve ser dirigida, tendo em conta as necessidades de cada parte da Sua vinha. Somos todos membros de uma mesma família, filhos de um mesmo Pai, e as rendas do Senhor têm que ser empregadas de modo que melhor atenda aos interesses de Sua causa no mundo inteiro. O Senhor considera todas as partes do campo, e Sua vinha deve ser cultivada como um conjunto. TS3 80.4

Não devemos gastar nalguns lugares todo o dinheiro do tesouro, mas tratar de fundar a obra em muitos lugares. Novos territórios devem ser acrescidos ao reino do Senhor. Outras partes da vinha devem receber o auxílio que dará feição à obra. O Senhor nos proíbe de usar em Sua obra planos egoístas. Proíbe-nos de adotar planos que privem o nosso próximo dos recursos que lhes permitiriam desempenhar a sua parte na difusão da verdade. Devemos amar o nosso próximo como a nós mesmos. TS3 80.5

Temos também de lembrar que a nossa obra deve corresponder à nossa fé. Cremos que o Senhor logo virá, e não deve a nossa fé manifestar-se pelos edifícios que construímos? Investiremos somas consideráveis em edifícios que logo hão de ser consumidos na grande conflagração? Nosso dinheiro representa almas, e devemos empregá-lo de maneira que dê a conhecer a verdade aos que, por causa do pecado, estão debaixo da condenação divina. Renunciemos aos nossos planos ambiciosos; sejamos precavidos contra a extravagância ou a imprevisão, para que se não esvazie a tesouraria do Senhor e falte aos edificadores os recursos para fazerem o trabalho que lhes foi designado. TS3 80.6

Nossas instituições primitivas gastaram somas de dinheiro maiores do que as necessárias. Os que assim procederam julgaram que esse gasto daria feição à obra. Esse argumento, porém, não justifica a despesa inútil. TS3 81.1