Testemunhos Seletos 3

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Capítulo 31 — O perigo das leituras impróprias

Vendo o perigo que ameaça a juventude por causa das leituras impróprias, não posso abster-me de apresentar outra vez as advertências que me foram dadas acerca deste grande mal. TS3 131.1

O mal que para os obreiros resulta de manusear literatura de índole reprovável é muito pouco reconhecido. O assunto com que estão tratando lhes prende a atenção e desperta o interesse. Sentenças imprimem-se-lhes na memória. São-lhes sugeridos pensamentos. Quase inconscientemente o leitor é influenciado pelo espírito do escritor, e espírito e caráter recebem impressão para o mal. Alguns há que têm pouca fé e pouco domínio próprio, e é-lhes difícil banir os pensamentos sugeridos por essa leitura. TS3 131.2

Antes de aceitarem a verdade presente, alguns haviam formado o hábito de ler romances. Ao unirem-se à igreja, esforçavam-se para vencer esse hábito. Colocar perante essas pessoas leituras semelhantes às que abandonaram, equivaleria a oferecer bebidas intoxicantes ao embriagado. Cedendo à tentação que sempre os acomete, logo perdem o gosto na leitura sadia. Não têm interesse no estudo da Bíblia. Debilita-se-lhes a força moral. Cada vez menos repulsivo se lhes afigura o pecado. Manifesta-se crescente infidelidade, desprazer cada vez maior pelos deveres práticos da vida. Pervertendo-se o espírito, está ele pronto para prender-se a qualquer leitura de caráter estimulante. Assim se acha aberto o caminho para Satanás levar a alma sob seu domínio completo. TS3 131.3

As obras que não desviam nem corrompem tão decididamente, devem ainda ser evitadas, se comunicarem desprazer pelo estudo da Bíblia. Esta palavra é o maná verdadeiro. Reprimam todos o desejo de leituras que não sejam alimento para o espírito. Não podeis fazer a obra de Deus com percepção clara, enquanto o espírito se acha ocupado com esta espécie de leitura. Os que estão ao serviço de Deus não devem gastar tempo nem dinheiro com leituras levianas. Que tem a palha com o trigo? TS3 131.4