Parábolas de Jesus

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Afeto e cordialidade

O afeto, os impulsos generosos, e a pronta apreensão das coisas espirituais são talentos preciosos, e colocam o seu possuidor sob pesada responsabilidade. Todos devem ser empregados no serviço de Deus; porém, nisso muitos erram. Satisfeitos com essas qualidades, deixam de introduzi-las no serviço ativo por outros. Lisonjeiam-se de que se tivessem oportunidade, se as circunstâncias fossem favoráveis, fariam grande e boa obra. Aguardam, porém, a oportunidade. Desprezam a mesquinhez do pobre avarento que nega uma esmola até ao necessitado. Vêem que ele está vivendo para si e é responsável pelos talentos mal empregados. Com muita complacência fazem contraste entre eles e esses homens mesquinhos, sentindo que sua condição é mais favorável que a do vizinho desumano. Entretanto, enganam a si mesmos. As aptidões não usadas somente lhes aumenta a responsabilidade. Os que possuem grandes afeições estão sob a obrigação para com Deus de empregá-las não unicamente para com os amigos, mas para com todos os que necessitam de seu auxílio. Vantagens sociais são talentos e devem ser usados para benefício de todos os que estão ao alcance de nossa influência. O amor que mostra bondade somente com poucos, não é amor, mas egoísmo. De modo algum atuará para o bem nem para a glória de Deus. Os que assim não usam os talentos do Mestre, são ainda mais culpados que aqueles pelos quais sentem aversão. A eles será dito: Vocês souberam a vontade do Mestre mas não a cumpriram. PJ 189.3