Parábolas de Jesus

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Força

Não só devemos amar a Deus de todo o coração, mente e alma, como também com todas as forças. Inclui isto o uso pleno e inteligente das forças físicas. PJ 186.4

Cristo era obreiro fiel tanto nas coisas temporais quanto nas espirituais, e em toda a Sua obra tinha a resolução de fazer a vontade do Pai. As coisas do Céu e da Terra têm conexão mais íntima, e estão mais diretamente sob a superintendência de Cristo, do que muitos reconhecem. Foi Cristo que planejou a disposição do primeiro tabernáculo terreno. Deu toda especificação a respeito do levantamento do templo de Salomão. Ele, que em Sua vida terrena trabalhava como carpinteiro na vila de Nazaré, foi o arquiteto celeste que ideou o plano do edifício sagrado onde Seu nome deveria ser honrado. PJ 186.5

Foi Cristo que deu sabedoria aos edificadores do tabernáculo para executarem o mais primoroso trabalho artístico. Disse: “Eis que Eu tenho chamado por nome a Bezalel, filho de Uri, filho de Hur, da tribo de Judá, e o enchi do Espírito de Deus, de sabedoria, e de entendimento, e de ciência em todo artifício. E eis que Eu tenho posto com ele a Aoliabe, filho de Aisamaque, da tribo de Dã, e tenho dado sabedoria ao coração de todo aquele que é sábio de coração, para que façam tudo o que te tenho ordenado.” Êxodo 31:2, 3, 6. PJ 187.1

Deus deseja que Seus servos em todo ramo O contemplem como o Doador de tudo quanto possuem. Todas as boas invenções e melhoramentos têm origem nAquele que é maravilhoso em conselho e excelente em obra. O contato hábil da mão do médico, seu poder sobre nervo e músculo, seu conhecimento da delicada estrutura do corpo, são a sabedoria do poder divino que deve ser usada para auxiliar os sofredores. A perícia com que o carpinteiro usa o martelo, a força com que o ferreiro faz tinir a bigorna, vêm de Deus. Confiou aos homens talentos, e espera que Lhe peçam conselho. O que quer que façamos, qualquer que seja o ramo da obra em que nos empenhemos, deseja Ele dirigir-nos a mente para que façamos obra perfeita. PJ 187.2

Religião e ocupação não são duas coisas separadas; são uma. A religião da Bíblia deve estar entrelaçada com tudo quanto fazemos ou falamos. Os agentes divinos e humanos devem combinar tanto em empreendimentos espirituais quanto em temporais. Devem unir-se em todos os projetos humanos, nos trabalhos mecânicos e agrícolas, nas empresas mercantis e científicas. Deve haver cooperação em todos os ramos da atividade cristã. PJ 187.3

Deus proclamou os princípios pelos quais, somente, é possível esta cooperação. Sua glória deve ser o motivo de todos os Seus colaboradores. Tudo que fizermos deve originar-se no amor de Deus, e ser consoante Sua vontade. PJ 187.4

É tão importante fazer a vontade de Deus em estabelecer um edifício, como o é em tomar parte num culto religioso. E se os obreiros seguirem os justos princípios na formação do caráter, então na construção de cada edifício crescerão em graça e sabedoria. PJ 187.5

Mas Deus não aceitará os maiores talentos nem os mais esplêndidos cultos, se o eu não for apresentado como sacrifício vivo a consumir-se sobre o altar. A raiz precisa ser santa, senão não haverá frutos aceitáveis a Deus. PJ 187.6

O Senhor fez de Daniel e José administradores capazes. Podia por meio deles atuar porque não viviam para satisfazer às inclinações próprias, mas para agradar a Deus. PJ 187.7

O caso de Daniel tem uma lição para nós. Revela o fato de que o homem de negócios não é necessariamente homem astuto, esperto. Pode ser instruído por Deus a cada passo. Daniel, ao mesmo tempo em que era primeiro-ministro do reino de Babilônia, era profeta de Deus e recebia a luz da inspiração divina. Estadistas mundanos e ambiciosos são representados na Palavra de Deus como a relva que cresce, e como a flor da erva que fenece. Contudo o Senhor deseja ter a Seu serviço homens inteligentes, qualificados para os vários ramos da obra. Há necessidade de homens de negócios que entreteçam em todas as transações os grandes princípios da verdade. E seus talentos devem ser aperfeiçoados pelo mais completo estudo e prática. Se os homens em qualquer ramo de trabalho precisam aproveitar as oportunidades para se tornarem sábios e eficientes, tanto mais aqueles que empregam sua perícia em edificar o reino de Deus no mundo. De Daniel sabemos que em todas as suas transações comerciais, quando submetidas ao exame mais severo, não se podia encontrar uma falta ou erro. Era um modelo de como devem ser todos os homens de negócios. Sua história mostra o que pode ser conseguido por alguém que consagra ao serviço de Deus toda a energia do cérebro, ossos e músculos, do coração e da vida. PJ 187.8