Para Conhecê-lo

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O divino espelho moral, 16 de Outubro

Mas Aquele que considera, atentamente, na lei perfeita, lei da liberdade, e nela persevera, não sendo ouvinte negligente, mas operoso praticante, esse será bem-aventurado no que realizar. Tiago 1:25. PC 292.1

Em Düsseldorf fizemos baldeação(4), e tivemos que esperar duas horas na estação. Tivemos aí oportunidade de estudar a natureza humana. Entravam senhoras, tiravam o casaco e então se miravam de todos os lados, para ver se o vestido estava impecável. Então retocavam a maquiagem. Por muito tempo se demoravam em frente ao espelho, para dispor o vestido de modo que ficassem satisfeitas, a fim de terem o melhor aspecto aos olhos humanos. Pensei na lei de Deus, o grande espelho moral no qual se deve mirar o pecador para descobrir os defeitos de seu caráter. Se todos estudassem a lei de Deus — o padrão moral de caráter — tão diligente e criticamente como muitos fazem, com auxílio do espelho, em relação a sua aparência exterior, com o propósito de corrigir e reformar todo defeito do caráter, que transformações não se verificariam neles, “porque, se alguém é ouvinte da Palavra e não cumpridor, é semelhante ao varão que contempla ao espelho o seu rosto natural; porque se contempla a si mesmo, e foi-se, e logo se esqueceu de como era”. Tiago 1:23, 24. PC 292.2

Muitos há que, ao olharem para o espelho moral de Deus, reconhecem ter defeitos de caráter; tanto, porém, ouviram dizer que “tudo que é preciso fazer é crer, ...” que, depois de terem ousado olhar ao espelho, a passos rápidos dele se afastam, continuando com todos os seus defeitos, e tendo nos lábios as palavras: “Jesus tudo fez.” Esses são representados pela figura traçada por Tiago — o homem que se contempla ao espelho e se retira esquecido da espécie de pessoa que era. ... A fé e as obras são os dois remos que devem ser usados para impelir o, barco contra a corrente do mundanismo, orgulho e vaidade; e se não forem usados, o barco flutuará a esmo, corrente abaixo, para a perdição. Deus nos ajude a cuidar do adorno interior; a pormos em ordem o coração com o mesmo cuidado com que arranjamos as vestes exteriores. — The Review and Herald, 11 de Outubro de 1887. PC 292.3