Orientação da Criança

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Experiências pessoais quanto à disciplina

Nunca permiti que meus filhos pensassem, na meninice, que me podiam atormentar. Também criei em minha família outros de outras famílias, mas nunca deixei que essas crianças pensassem que podiam atormentar sua mãe. Nunca me permiti dizer uma palavra áspera ou ficar impaciente ou irritada com as crianças. Nunca tiraram vantagem de mim nenhuma vez — nenhuma vez, para me provocar a ira. Quando o meu espírito estava abalado, ou quando me parecia que estava sendo provocada, dizia: “Crianças, deixemos isso descansar agora. Nada mais diremos a este respeito agora. Antes de nos deitarmos, falaremos de novo.” Tendo todo esse tempo para refletir, pela noite já haviam moderado, e eu podia manobrá-los com muita facilidade. ... OC 161.3

Há um modo certo e um modo errado. Nunca levantei a mão para meus filhos, antes de falar com eles; e se cediam, e se viam o seu erro (sempre o fizeram, quando eu lhes apresentava isso e com eles orava), e se eram submissos (e sempre eram quando eu assim fazia), então eu os tinha sob o meu controle. Nunca os encontrei de outra forma. Quando eu orava com eles, acalmavam-se todos e lançavam os braços ao redor do meu pescoço e choravam. ... OC 161.4

Ao corrigir meus filhos, nunca deixei que nem mesmo minha voz se mudasse de qualquer forma. Quando via alguma coisa errada, esperava até que o “calor” passasse, e então os pegava, depois de terem tido uma oportunidade para reflexão e estarem envergonhados. Ficavam envergonhados se eu lhes dava uma hora ou duas para pensarem sobre essas coisas. Eu sempre saía e orava. Não lhes falava então. OC 161.5

Depois de terem sido deixadas consigo mesmas por um pouco, vinham a mim por causa disso. “Bem”, dizia eu, “esperaremos até à noite.” Nessa ocasião tínhamos um período de oração e então eu lhes dizia que eles prejudicaram sua própria alma, e entristeceram o Espírito de Deus com a sua má atitude. — Manuscrito 82, 1901. OC 161.6