Olhando Para O Alto

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A luz do mundo, 3 de Julho

Ora, a mensagem que, da parte dEle, temos ouvido e vos anunciamos é esta: que Deus é luz, e não há nEle treva nenhuma. 1 João 1:5. OA 213.4

Antes da queda de Adão nenhuma nuvem pairava sobre a mente de nossos primeiros pais para obscurecer-lhes a clara percepção do divino caráter de Deus. Eles estavam perfeitamente em harmonia com a vontade de Deus. Uma bela luz, a luz de Deus, os rodeava. A natureza era seu livro de estudo. O Senhor os instruiu com respeito ao mundo natural e então deixou com eles este livro aberto para que pudessem contemplar beleza em todo objeto sobre o qual seus olhos se fixavam. O Senhor visitou o santo par, e os instruiu mediante as obras de Suas mãos. OA 213.5

As belezas da natureza são uma expressão do amor de Deus pelas inteligências humanas, e no Jardim do Éden a existência de Deus era manifestada nos objetos da natureza que rodeavam nossos primeiros pais. Toda árvore plantada no Jardim lhes falava, declarando que as coisas invisíveis de Deus eram claramente visíveis, sendo entendidas pelas coisas que foram feitas, como Seu eterno poder e Divindade. OA 213.6

Mas embora Deus pudesse ser percebido na natureza, isso não provê nenhum argumento sólido em favor de um perfeito conhecimento de Deus sendo revelado na natureza a Adão e sua posteridade após a queda. A natureza podia transmitir suas lições ao homem em sua inocência, mas o pecado e a transgressão trouxeram uma mácula sobre a natureza, e intervieram entre a natureza e o Deus da natureza. Caso o homem jamais houvesse desobedecido ao seu Criador, caso tivesse permanecido em seu estado de perfeita retidão, poderia ter compreendido e conhecido a Deus. Mas quando o homem desobedeceu a Deus, deu evidência de que cria nas palavras de um apóstata em vez de crer nas palavras de Deus. ... OA 214.1

Adão e Eva ouviram a voz do tentador e pecaram contra Deus. ... A clara e perfeita luz da inocência, que até então os tinha rodeado, havia iluminado tudo de quanto se aproximassem; mas privados dessa luz celestial, a posteridade de Adão não mais podia distinguir o caráter de Deus em Suas obras criadas. OA 214.2

Portanto, após a queda, a natureza não foi o único mestre do homem. A fim de que o mundo não permanecesse em trevas, em eterna noite espiritual, o Deus da natureza deve encontrar o homem em Jesus Cristo. O Filho de Deus veio ao mundo como uma revelação do Pai. Ele era “a verdadeira luz, que, ... ilumina a todo homem”. João 1:9. OA 214.3

A mais difícil e humilhante lição que o homem tem a aprender, se for guardado pelo poder de Deus, é sua própria ineficiência ao depender da sabedoria humana, e o fracasso certo de seus próprios esforços para ler corretamente a natureza. — Manuscrito 86, 1898. OA 214.4