Nossa Alta Vocação

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A perfeita obra da paciência, 5 de Março

Sabendo que a prova da vossa fé produz a paciência. Tenha, porém, a paciência a sua obra perfeita, para que sejais perfeitos e completos, sem faltar em coisa alguma. Tiago 1:3, 4. AV 65.1

O apóstolo diz que devemos ser bem-sucedidos na graça da temperança a fim de acrescentarmos a paciência. A paciência sob as provas nos guardará de dizer e fazer aquilo que nos prejudique a alma e aos que se acham ao nosso redor. Sejam nossas provações quais forem, coisa alguma nos pode causar sério dano, caso exerçais paciência, sejais calmos, não vos irriteis quando em condições difíceis. ... AV 65.2

Podemos ver a sabedoria de Pedro em colocar a temperança depois da ciência e antes da paciência. Esta é uma forte razão para vencer o apetite para todos os estimulantes, pois ao se tornarem os nervos estimulados sob a influência dessas substâncias irritantes, quantos e graves são os males causados! ... AV 65.3

É necessário que o cristão ajunte paciência à temperança. Será necessário ter firmeza de princípios e de propósito para não ofender em palavra ou ação nem a nossa consciência nem os sentimentos dos outros. Importa alçar-se acima dos costumes do mundo de modo a suportar censura, decepção, perdas, cruzes, sem murmuração, mas com dignidade e sem uma queixa. ... Um homem ou uma mulher irritável, de má índole, não sabe realmente o que seja ser feliz. Todo cálice que leva aos lábios parece amargo como o absinto, e seu caminho parece coberto de rudes pedras, de urzes e espinhos; mas ele precisa acrescentar à temperança a paciência, e não verá nem sentirá as desconsiderações. AV 65.4

A paciência deve ter sua obra perfeita, ou não podemos estar perfeitos e completos, sem faltar em coisa alguma. São-nos designadas tribulações e aflições, e havemos nós de suportá-las com toda a paciência, ou tornaremos tudo amargo por nossos queixumes? O ouro é metido na fornalha a fim de remover-se a escória. Não seremos nós então pacientes diante dos olhos do refinador? Precisamos recusar-nos a imergir num triste e desconsolado estado de espírito, mostrando antes calma confiança em Deus, considerando tudo alegria ao ser permitido que suportemos provas por amor de Cristo. — Manuscrito 13, 1884. AV 65.5