Nossa Alta Vocação

152/365

Junho

O verão de Deus, 1 de Junho

Porque eis que passou o inverno, cessou a chuva e se foi; aparecem as flores na terra, chegou o tempo de cantarem as aves. Cantares 2:11, 12. AV 153.2

Nesta bela manhã toda a natureza parece fresca e linda. A Terra se revestiu de suas verdejantes vestes estivais, e sorri em quase edênica beleza. AV 153.3

Penso que nosso prazer do tempo de estio é intensificado pela lembrança dos longos e frios meses de inverno; e por outro lado, a esperança do verão nos ajuda a suportar mais corajosamente o reino do inverno. Se permitíssemos que a mente demorasse na nudez e desolação com que o rei gelo nos circunda, poderíamos sentir realmente infelizes; mas, sendo mais sábios que isso, olhamos para o futuro, antecipando a próxima primavera que nos devolverá os pássaros, despertará as flores adormecidas, revestirá a terra com as verdejantes roupagens e encherá o ar de luz, fragrância e cânticos. AV 153.4

A estada do cristão neste mundo pode-se com propriedade comparar a longo e frio inverno. Aqui experimentamos provas, aflições e decepções, mas não devemos permitir que a mente aí repouse. Olhemos antes com esperança e fé o verão vindouro, quando havemos de ser acolhidos em nosso lar edênico, onde tudo é luz e alegria, onde tudo é paz e amor. AV 154.1

Não houvessem nunca os cristãos experimentado as tempestades da aflição neste mundo, nunca seu coração se houvesse abatido ante a decepção ou oprimido ante o temor, mal saberia ele apreciar o Céu. Não fiquemos acabrunhados, se bem que muitas vezes fatigados, tristes, cheios de pesar; o inverno não há de perdurar para sempre. O estio da paz, da alegria e do prazer eterno está prestes a vir. Então Cristo habitará conosco e nos guiará às fontes de águas vivas, e enxugará toda lágrima de nossos olhos. — Carta 13, 1875. AV 154.2

Não permitais que coisa alguma vos prenda agora a atenção, impedindo de fazerdes obra cabal para a eternidade. ... A vida futura deve ser assegurada. Ricas, plenas e gloriosas são as promessas. ... Não haverá ali ventos enregelantes, nem frios hibernais, mas perpétuo estio. Há luz para o intelecto, amor sincero, permanente. Haverá saúde e imortalidade; para cada faculdade, vigor. Ali ficarão para sempre excluídos toda dor e todo pesar. — Carta 4, 1885. AV 154.3