Nos Lugares Celestiais

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Os laços do matrimônio, 15 de Julho

Disse mais o Senhor Deus: Não é bom que o homem esteja só: far-lhe-ei uma auxiliadora que lhe seja idônea. Gênesis 2:18. NLC 207.1

Muitas vezes tenho lido estas palavras: “O casamento é uma loteria.” Alguns procedem como se acreditassem nessa declaração, e sua vida matrimonial testifica de que para eles, assim é. Mas o verdadeiro matrimônio não é loteria. O matrimônio foi instituído no Éden. Após a criação de Adão, disse o Senhor: “Não é bom que o homem esteja só: far-lhe-ei uma auxiliadora que lhe seja idônea.” Quando o Senhor apresentou Eva a Adão, anjos de Deus testemunharam a cerimônia. Existem, porém, poucos casais que se acham completamente unidos ao ser realizada a cerimônia matrimonial. A fórmula das palavras pronunciadas na presença dos dois que tomam sobre si o voto matrimonial não os torna uma unidade. Em sua vida futura é que deve realizar-se a união dos dois em matrimônio. Pode tornar-se uma união realmente feliz, se cada qual dedicar ao outro verdadeira afeição do coração. NLC 207.2

O passar do tempo, entretanto, despoja o casamento do romance de que o revestira a imaginação, e então, por sugestão de Satanás, insinua-se no espírito o pensamento: “Não nos amamos mutuamente como o supúnhamos.” Expeli-o da mente! Não vos demoreis nele! Recuse cada qual, esquecido de si mesmo, entreter as idéias que Satanás teria grande prazer em que acariciassem. Ele atuará para vos tornar suspeitosos, ciumentos quanto a qualquer coisinha que apresente a menor ocasião, a fim de separar vossas afeições mútuas. ... Desaparecido o romance, pense cada qual, não de modo sentimental, como ele ou ela poderá tornar a vida conjugal aquilo que Deus teria prazer em que fosse. NLC 207.3

A vida é preciosa dádiva de Deus, e não deve ser desperdiçada em egoístas lamentações ou aberta indiferença e desafeição. Que marido e mulher, juntos, combinem tudo de novo. Renovem as primeiras atenções mútuas, reconheçam mutuamente suas faltas, mas nesta obra sejam muito cuidadosos para que o marido não se incumba de confessar as faltas da esposa, ou esta as do marido. Resolvam ambos ser tudo que for possível um ao outro, e os laços do matrimônio serão os mais desejáveis dos laços. — Carta 76, 1894. NLC 207.4

Vosso lar pode ser um símbolo do Céu. — Carta 10, 1894. NLC 208.1