Exaltai-o

291/366

Reconhecendo que Deus é o proprietário, 17 de Outubro

Para mim vale mais a lei que procede de Tua boca do que milhares de ouro ou de prata. Salmos 119:72. EXA 351.1

As palavras do salmista: “Para mim vale mais a lei que procede de Tua boca do que milhares de ouro ou de prata”, declaram aquilo que é verdadeiro além de outro ponto de vista que não o religioso. Declaram uma verdade absoluta, e que é reconhecida no mundo comercial. Mesmo nesta época de paixão pela aquisição do dinheiro, em que a concorrência é grande e os métodos tão pouco escrupulosos, ainda se reconhece amplamente que, para um jovem que se inicia na vida, a integridade, a diligência, a temperança, a pureza e a economia constituem um melhor capital do que qualquer quantidade de simples dinheiro. ... EXA 351.2

Aquilo que se acha na base da integridade comercial e do verdadeiro êxito, é o reconhecimento da propriedade de Deus. O Criador de todas as coisas, delas é o proprietário original. Somos Seus mordomos. Tudo que temos foi confiado por Ele, para ser usado de acordo com Sua direção. EXA 351.3

Esta é uma obrigação que repousa sobre todo ser humano. Afeta toda esfera da atividade humana. Quer o reconheçamos quer não, somos mordomos, supridos por Deus com talentos e facilidades, e colocados no mundo para realizar uma obra indicada por Ele. EXA 351.4

A cada homem é dada “a sua obra” (Marcos 13:34) — a obra para a qual o adaptam suas capacidades e que resultará no maior benefício a si próprio e a seus semelhantes, e na maior honra a Deus. EXA 351.5

Assim é que nossas ocupações ou vocação são uma parte do grande plano de Deus e, tanto quanto são realizadas de acordo com sua vontade, Ele próprio Se responsabiliza pelos resultados. Como “cooperadores de Deus” (1 Coríntios 3:9) nossa parte consiste em uma conformidade fiel com Suas direções. De maneira que não há lugar para ansiosos cuidados. Requer-se diligência, fidelidade, responsabilidade, economia e discrição. Toda faculdade deve ser exercitada na sua mais alta possibilidade. A confiança deverá ser, porém, não no desfecho feliz de nossos esforços, mas na promessa de Deus. A palavra que alimentou Israel no deserto e sustentou Elias durante o tempo da fome, tem o mesmo poder hoje. “Não andeis, pois, inquietos, dizendo: Que comeremos ou que beberemos ou com que nos vestiremos?” Mateus 6:31. EXA 351.6

Aquele que dá ao homem a capacidade de adquirir riqueza, deu, juntamente com este dom uma obrigação. De tudo que adquirimos Ele exige determinada porção. O dízimo é do Senhor. ... “Trazei todos os dízimos à casa do tesouro” (Malaquias 3:10), é a ordem de Deus. Não se apela para a gratidão ou generosidade. É uma questão de simples honestidade. O dízimo é do Senhor; e Ele nos ordena que Lhe devolvamos aquilo que é Seu. EXA 351.7

“Requer-se nos despenseiros que cada um se ache fiel.” 1 Coríntios 4:2. Se a honestidade é um princípio essencial nos negócios da vida, não deveríamos reconhecer nossa obrigação para com Deus, obrigação esta que se acha na base de todas as outras? — Educação, 137-139. EXA 352.1