Cristo Triunfante

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Luz em meio às trevas, 3 de Outubro

E eis que houve um grande terremoto; porque um anjo do Senhor desceu do Céu, chegou-se, removeu a pedra e assentou-se sobre ela. Mateus 28:2. CT 311.1

Se, após Sua crucifixão e sepultamento, em vez de dar lugar à tristeza, tivessem os discípulos recapitulado cuidadosamente o que Cristo lhes dissera para prepará-los para aquele momento, teriam visto luz em meio às trevas. Não precisavam ter passado por um desalento aparentemente tão desesperançado. CT 311.2

Antes que alguém chegasse ao sepulcro, houve um grande terremoto. O mais poderoso anjo do Céu, aquele que ocupa a posição da qual caiu Satanás, recebeu seu encargo do Pai e, vestido com a armadura do Céu, repeliu as trevas por onde passava. Seu rosto era como o relâmpago, e suas vestes brancas como neve. Tão logo seus pés tocaram o chão, este tremeu sob seus passos. Os guardas romanos cumpriam sua cansativa vigília quando ocorreu esse maravilhoso evento, e foram habilitados a suportar a cena pois tinham uma mensagem a levar, como testemunhas da ressurreição de Cristo. CT 311.3

O anjo aproximou-se do sepulcro, rolou a pedra como se fosse um seixo, e sentou-se sobre ela. A luz do Céu circundou a tumba, e todo o firmamento foi iluminado pela glória dos anjos. Então se ouviu a sua voz: “Teu Pai Te chama! Sai!” E Jesus saiu do túmulo com o passo de um poderoso Vencedor. Houve uma aclamação de triunfo, pois a família celestial estava esperando para recebê-Lo, e o poderoso anjo, seguido pelas hostes do Céu, curvou-se em adoração diante dEle, enquanto o Monarca do Céu proclamava sobre o sepulcro aberto de José: “Eu sou a ressurreição e a vida.” CT 311.4

Quando Cristo, suspenso na cruz, bradou: “Está consumado!” houve um poderoso terremoto que abriu as sepulturas de muitos que haviam sido fiéis e leais, apresentando seu testemunho contra toda obra má, e exaltando o Senhor Deus dos exércitos. Agora, ao sair o Doador da vida do sepulcro, proclamando “Eu sou a ressurreição e a vida”, convocou esses santos para fora da tumba. Enquanto viveram, à custa da própria vida, haviam dado inabalável testemunho da verdade. Agora deviam ser testemunhas dAquele que os ressuscitara dos mortos. Estes, disse Cristo, não mais são cativos de Satanás. Eu os redimi; trouxe-os da sepultura como as primícias de Meu poder, para estarem comigo onde Eu estiver, para nunca mais verem a morte nem experimentarem a dor. — Manuscrito 115, 1897. CT 311.5