Cristo Triunfante

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Condenamos a Cristo com nosso silêncio, 20 de Setembro

Não sabes que tenho autoridade para Te soltar e autoridade para Te crucificar? Respondeu Jesus: Nenhuma autoridade terias sobre Mim, se de cima não te fosse dada. João 19:10, 11. CT 296.1

Na sala do julgamento acha-Se Cristo, ligado como preso. O magistrado olha para Ele com suspeita e severidade. O povo se reúne rapidamente, e os espectadores estão por todos os lados enquanto se lêem as acusações contra Ele: “Afirma ser o rei dos judeus.” “Recusa-Se a pagar tributo a César.” “Faz-Se igual a Deus.”... CT 296.2

Pilatos estava convencido de que nenhuma evidência de culpa poderia ser comprovada, a despeito de terem os sacerdotes e príncipes declarado que Ele falava blasfêmia. Mas os judeus estavam sob a inspiração de Satanás como estiveram Caim e outros assassinos, decididos a destruir a vida em lugar de salvá-la. “Insistiam, porém, cada vez mais, dizendo: Ele alvoroça o povo, ensinando por toda a Judéia, desde a Galiléia, onde começou, até aqui.” Lucas 23:5. CT 296.3

Agora pensou Pilatos ver uma oportunidade de livrar-se da questão do julgamento de Cristo. Percebeu claramente que os judeus haviam entregado a Cristo por inveja. ... “Ao saber que era [Cristo] da jurisdição de Herodes, estando este, naqueles dias, em Jerusalém, lho remeteu.” Lucas 23:7. CT 296.4

Era esse o Herodes cujas mãos estavam manchadas com o sangue de João. “Herodes, vendo a Jesus, sobremaneira se alegrou, pois havia muito queria vê-Lo, por ter ouvido falar a Seu respeito; esperava também vê-Lo fazer algum sinal.” Lucas 23:8. CT 296.5

A obra e missão de Cristo no mundo não era satisfazer a frívola curiosidade de príncipes, governantes, sacerdotes ou camponeses. Veio para curar os quebrantados de coração. ... Pudesse Cristo ter proferido qualquer palavra para sarar as feridas das pessoas enfermas de pecado, e não guardaria silêncio. Mas as preciosas gemas da verdade, instruíra Ele os discípulos, não deviam ser lançadas aos porcos. E a atitude de Cristo perante Herodes tornou Seu silêncio eloqüente. CT 296.6

O povo judeu levara seu tão aguardado Messias à condenação pelo poder sob o qual eles mesmos se encontravam em servidão. Procuraram obter a condenação do Príncipe da vida — o Único que os podia libertar da escravidão. — Manuscrito 112, 1897. CT 296.7