Cristo Triunfante

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Jesus, o verdadeiro cordeiro pascal, 11 de Setembro

Chegou o dia dos pães asmos, em que importava comemorar a Páscoa. Jesus, pois, enviou Pedro e João, dizendo: Ide preparar-nos a Páscoa para que a comamos. Lucas 22:7, 8. CT 286.1

Cristo escolhera Pedro e João, que no futuro deviam estar intimamente ligados no trabalho, para fazerem os preparativos para a ceia. ... “Então, lhes explicou Jesus: Ao entrardes na cidade, encontrareis um homem com um cântaro de água; segui-o até à casa em que ele entrar e dizei ao dono da casa: O Mestre manda perguntar-te: Onde é o aposento no qual hei de comer a Páscoa com os Meus discípulos?” Lucas 22:10, 11. ... CT 286.2

Cristo desejava guardar-Se contra qualquer movimento prematuro que pudessem fazer traidores indo à ceia e praticando a ação planejada por Judas. Era costume dos moradores da metrópole acomodar forasteiros desejosos de celebrar a festa da Páscoa. A mensagem tomou a forma de uma ordem. Poderia parecer-nos inconveniente que esses dois galileus falassem dessa maneira com um estranho. Mas as circunstâncias ocorreram como Cristo havia predito. Os discípulos encontraram um homem que carregava um cântaro. Seguiram-no e entraram na casa onde ele entrou e repetiram sua mensagem, que recebeu pronta acolhida por parte do dono da casa. ... CT 286.3

Era a última Páscoa que Jesus comemoraria com Seus discípulos. Ele sabia que Sua hora chegara; Ele mesmo era o verdadeiro Cordeiro Pascal, e no dia em que se comia a páscoa, devia Ele ser sacrificado. Sabia que as circunstâncias ligadas àquela ocasião jamais seriam esquecidas por Seus discípulos. CT 286.4

As primeiras palavras de Cristo após se haverem reunido ao redor da mesa foram: “Tenho desejado ansiosamente comer convosco esta Páscoa, antes do Meu sofrimento. Pois vos digo que nunca mais a comerei, até que ela se cumpra no reino de Deus.” Lucas 22:15, 16. ... CT 286.5

Naquela última noite com os discípulos, Jesus tinha muito a dizer-lhes. Estivessem eles preparados para receber o que lhes almejava comunicar, e teriam sido poupados de desoladora angústia, decepção e incredulidade. Mas Jesus viu que não podiam suportar o que lhes tinha a dizer. Ao contemplar-lhes o rosto, as palavras de advertência e conforto estancaram-se-Lhe nos lábios. Passaram-se momentos em silêncio. Parecia que Jesus esperava. Os discípulos não se sentiam à vontade. Os olhares que trocavam entre si, traduziam ciúmes e rivalidade. ... Apegavam-se os discípulos à sua idéia favorita de que Cristo firmaria Seu poder e tomaria Seu posto no trono de Davi. E no íntimo cada um continuava a anelar a posição mais elevada no reino. — Manuscrito 106, 1903. CT 286.6