A Maravilhosa Graça de Deus

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Descendentes de Abraão, 17 de Fevereiro

E, se sois de Cristo, também sois descendentes de Abraão e herdeiros segundo a promessa. Gálatas 3:29. MG 50.2

De Abraão está escrito que “foi chamado o amigo de Deus” (Tiago 2:23), “pai de todos os que crêem”. Romanos 4:11. ... MG 50.3

Alta honra aquela a que Abraão foi chamado, para ser o pai do povo que durante séculos foram os guardas e preservadores da verdade de Deus para o mundo, sim, daquele povo por meio do qual todas as nações da Terra seriam benditas no advento do Messias prometido. — Patriarcas e Profetas, 140, 141. MG 50.4

Abraão era honrado pelas nações circunvizinhas como um poderoso príncipe, e chefe sábio e capaz. Ele não excluía de seus vizinhos a sua influência. Sua vida, bem como caráter, em assinalado contraste com a dos adoradores de ídolos, exercia uma influência eloqüente em favor da verdadeira fé. Sua fidelidade para com Deus era inabalável, enquanto sua afabilidade e beneficência inspiravam confiança e amizade, e sua grandeza sem afetação impunha respeito e honra. MG 50.5

Não considerava sua religião como um tesouro precioso a ser guardado cuidadosamente, e unicamente desfrutado pelo seu possuidor. A verdadeira religião não pode assim ser tida; pois tal espírito é contrário aos princípios do evangelho. Enquanto Cristo habita no coração, é impossível esconder a luz de Sua presença, ou que aquela luz se enfraqueça. Ao contrário, tornar-se-á cada vez mais resplandecente, enquanto, dia após dia, os brilhantes raios do Sol da justiça dissipam as névoas do egoísmo e do pecado que envolvem a alma. MG 50.6

O povo de Deus são os Seus representantes na Terra, e é Seu desígnio que eles sejam luzes nas trevas morais deste mundo. Espalhados por todo o país, nas cidades, vilas e aldeias, são eles as testemunhas de Deus, os condutos pelos quais Ele comunicará a um mundo incrédulo o conhecimento de Sua vontade e as maravilhas de Sua graça. É Seu plano que todos os que são participantes da grande salvação, sejam para Ele missionários. A piedade dos cristãos constitui a norma pela qual os mundanos julgam o evangelho. Provações pacientemente suportadas, bênçãos recebidas com agradecimento, mansidão, bondade, misericórdia, e amor, manifestados habitualmente, são as luzes que resplandecem no caráter perante o mundo, revelando o contraste com as trevas que vêm do egoísmo do coração natural. — Patriarcas e Profetas, 133, 134. MG 51.1