A Maravilhosa Graça de Deus

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Em dívida, 16 de Novembro

Perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós temos perdoado aos nossos devedores. Mateus 6:12. MG 331.1

Uma grande bênção é aqui solicitada sob condição. Nós mesmos afirmamos essas condições. Pedimos que a misericórdia de Deus para conosco seja medida pela misericórdia que mostramos a outros. Cristo declara que esta é a regra pela qual o Senhor tratará conosco: “Porque, se perdoardes aos homens as suas ofensas, também vosso Pai celeste vos perdoará; se, porém, não perdoardes aos homens [as suas ofensas], tampouco vosso Pai vos perdoará as vossas ofensas.” Mateus 6:14, 15. Maravilhosos termos! Mas quão pouco são compreendidos ou acatados. Um dos pecados mais comuns, e que é seguido dos resultados mais perniciosos, é a tolerância de um espírito não disposto a perdoar. Quantos não abrigam animosidade ou espírito de vingança, e então curvam a cabeça diante de Deus e pedem para serem perdoados assim como perdoam. Certamente não podem possuir o verdadeiro senso do que esta oração importa, ou não a tomariam nos lábios. Dependemos da misericórdia de Deus cada dia e cada hora; como podemos então agasalhar amargura e malícia para com o nosso próximo pecador! MG 331.2

O fato de que estamos em grande obrigação para com Cristo coloca-nos sob o mais sagrado dever para com aqueles por cuja redenção Ele morreu. Devemos manifestar para com eles a mesma simpatia, a mesma terna compaixão e amor altruísta que Cristo mostrou para conosco. — Testimonies for the Church 5:170. MG 331.3

Aquele que não perdoa, obstrui o próprio conduto pelo qual, unicamente, pode receber misericórdia de Deus. Não deve pensar que, a menos que os que nos prejudicaram, confessem o mal, estamos justificados ao privá-los de nosso perdão. É dever deles, sem dúvida, humilhar o coração pelo arrependimento e confissão; cumpre-nos, porém, ter espírito de compaixão para com os que pecaram contra nós, quer confessem quer não suas faltas. Não importa quão cruelmente nos tenham ferido, não devemos acariciar nossos ressentimentos, simpatizando com nós mesmos pelos males que nos são causados; mas, como esperamos nos sejam perdoadas nossas ofensas contra Deus, cumpre-nos perdoar a todos os que nos têm feito mal. ... MG 331.4

Ao aproximar-nos de Deus, eis a condição que temos de satisfazer ao pisar o limiar — que, recebendo misericórdia de Sua parte, nos entreguemos a nós mesmos para revelar a outros Sua graça. — O Maior Discurso de Cristo, 113-115. MG 332.1