Testemunhos para a Igreja 1

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Capítulo 45 — Um mordomo infiel

Mostrou-se-me que o Espírito de Deus tem tido cada vez menos influência sobre F, a ponto de ele não ter mais forças para vencer. O eu e os interesses próprios são proeminentes em sua vida. Orgulho, vontade inflexível, insubmissa e a indisposição de confessar e corrigir seus erros, produziram a incômoda posição em que se encontra. A causa vê-se prejudicada por sua conduta imprudente. T1 227.1

Ele tem sido tão exigente que estimula na igreja um espírito descobridor de faltas. É severo onde não precisa ser e procura dominar aqueles sobre quem tem autoridade. Suas orações e exortações fizeram com que os irmãos pensassem que ele era um cristão zeloso, o que os preparou para serem afetados por sua conduta irresponsável. É caprichoso e suas excentricidades têm exercido influência negativa sobre muitos. Alguns se enfraqueceram enquanto tentando imitar seu exemplo. Vi que ele havia causado à obra de Deus mais dano do que benefício. T1 227.2

Houvesse atendido as instruções de Deus e se corrigido, teria alcançado a vitória sobre seus fortes hábitos e fraquezas. Vi, porém, que ele tinha permitido que tais hábitos o dominassem por longo tempo que o poderoso inimigo o aprisionara. Suas ações não foram corretas. Sua desonestidade chegou a tal ponto que retirou da tesouraria meios a que não tinha direito, usando-os em proveito pessoal. Ele achou que tinha melhor discernimento de dispor dos meios do que seus irmãos. Quando os recursos chegavam às suas mãos para serem direcionados às pessoas apontadas pelo doador, ele agia por impulso tomando a liberdade de aplicá-los como bem lhe parecesse, não respeitando a vontade do doador e ainda usando parte em benefício próprio. Deus reprova tais coisas. A conduta desonesta tem ganhado terreno em sua vida. Ele se tem considerado como mordomo do Senhor e aplicado os meios, mesmo de outros, como melhor entende. Cada homem deve ser seu mordomo próprio. T1 227.3

Ele recusou o conselho e as recomendações de seus irmãos, seguiu a própria vontade e rejeitou todos os meios que pudessem corrigi-lo. Quando reprovado, as pessoas ou suas maneiras não conseguiram persuadi-lo, e assim o caminho para a reforma ficou obstruído. O Senhor não tem aceitado seus serviços há algum tempo. Ele tem trabalhado muito mais pelos próprios interesses do que pelos da causa. T1 228.1

Quando chega pela primeira vez a um lugar, suas orações e exortações produzem efeito, e os irmãos acham que ele é um perfeito cristão. Por ser considerado um pastor, recebe muitos favores. Mas, quando os irmãos se tornam mais familiarizados com ele, quão desapontados ficam ao testemunhar-lhe o egoísmo, a irritabilidade, a aspereza e excentricidades. Quase todos os dias são descobertas novas coisas a seu respeito. Sua mente está quase que constantemente preocupada em maquinar algo que lhe traga benefício. Então ele dispõe as coisas de tal modo que lhe produzam vantagens, e de novo o consegue. Sua determinação e planejamento tiveram uma influência debilitante e nociva sobre a causa de Deus. Seu procedimento é calculado para fragmentar e tem causado problemas em quase todos os lugares. Que exemplo para o rebanho! Ele tem sido muito egoísta em seu trato, e tirado vantagem daqueles com quem tem negociado. Deus não Se agradou do que ele fez. Uma árvore boa é conhecida por seus frutos! T1 228.2