Serviço Cristão

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Capítulo 9 — Despertamento

Os convites — Que a mensagem do evangelho soe através de nossas igrejas, convidando-as para a ação universal. Que os membros da igreja tenham mais fé, adquirindo zelo de seus invisíveis aliados celestes, do conhecimento de seus inexauríveis recursos, da grandeza do empreendimento em que se acham empenhados, do poder de seu Guia. Os que se colocam sob a direção de Deus, para ser por Ele guiados, compreenderão a constante corrente dos acontecimentos que Ele ordenou. Inspirados pelo Espírito dAquele que deu a vida pela vida do mundo, não se deixarão ficar por mais tempo impotentes, apontando para as coisas que não podem fazer. Vestindo a armadura do Céu, sairão à peleja, dispostos a agir ousadamente em favor de Deus, sabendo que Sua onipotência lhes suprirá as necessidades. — Testimonies for the Church 7:14. SC 59.1

Despertemos! A batalha está sendo travada. A verdade e o erro estão se aproximando de seu conflito final. Marchemos sob a bandeira, manchada de sangue, do Príncipe Emanuel, e combatamos o bom combate da fé, e alcancemos as honras eternas; pois a verdade triunfará, e podemos ser mais que vencedores por Aquele que nos amou. As preciosas horas de graça estão a terminar. Façamos obra segura, para a vida eterna, a fim de que glorifiquemos nosso Pai celestial, e sejamos o instrumento de salvação de almas pelas quais Cristo morreu. — The Review and Herald, 13 de Março de 1888. SC 59.2

Ordem de marcha — O Duque de Wellington achava-se presente uma vez a uma reunião em que um grupo de cristãos discutiam a possibilidade de êxito do esforço missionário entre os pagãos. Apelaram para o Duque, dissesse ele se julgava que tais esforços seriam capazes de ter um sucesso correspondente ao que custavam. O velho soldado respondeu: SC 59.3

- Cavalheiros, quais são vossas ordens de marcha? O êxito não é o que deveis discutir. Se leio corretamente vossas ordens, elas dizem assim: “Ide por todo o mundo, pregai o evangelho a toda a criatura”. Marcos 16:15. Cavalheiros, obedecei a vossas ordens de marcha. — Obreiros Evangélicos, 115. SC 59.4

Não há tempo a perder — “O grande dia do Senhor está perto, está perto, e se apressa muito”. Sofonias 1:14. Tenhamos calçados os pés com os sapatos do evangelho, prontos para marchar imediatamente à primeira ordem. — Testemunhos Seletos 3:310. SC 59.5

Os membros da igreja [...] devem estar sempre prontos para entrar imediatamente em ação, em obediência às ordens do Mestre. Onde quer que vejamos trabalho por fazer, devemos lançar-nos a ele e executá-lo, olhando constantemente para Jesus. [...] Se cada membro fosse um missionário vivo, o evangelho seria rapidamente proclamado em todos os países, a todos os povos, nações e línguas. — Testemunhos Seletos 3:299. SC 60.1

Estamos nos aproximando do fim da história terrestre. Temos perante nós uma grande obra — a finalizadora obra de dar a última mensagem de advertência a um mundo pecaminoso. Homens serão tirados do arado, da vinha, de vários outros ramos de trabalho, e enviados pelo Senhor a dar ao mundo esta mensagem. — Testimonies for the Church 7:270. SC 60.2

Fazei soar um alarme pela extensão e largura da Terra. Dizei ao povo que o dia do Senhor está perto, e se apressa grandemente. Ninguém fique por advertir. Poderíamos achar-nos no lugar das pobres almas que se encontram em erro. Poderíamos haver sido colocados entre os bárbaros. Segundo a verdade que recebemos mais que os outros, somos nós devedores quanto a comunicar-lha. — Testemunhos Seletos 2:375. SC 60.3

Meus irmãos e irmãs, é demasiado tarde para dedicar vosso tempo e forças a servir a vós mesmos. Não vos encontre o último dia destituídos do tesouro celestial. Procurai promover os triunfos da cruz, procurai iluminar almas, trabalhar pela salvação de vossos semelhantes, e vossa obra resistirá à penosa prova do fogo. — Testimonies for the Church 9:56. SC 60.4

Temos que proclamar essa mensagem com rapidez, mandamento sobre mandamento, regra sobre regra. Os homens serão em breve forçados a tomar grandes decisões, e nosso dever é cuidar de que lhes seja proporcionada a oportunidade de compreenderem a verdade, a fim de que se decidam inteligentemente pelo direito. O Senhor chama Seu povo para trabalhar — trabalhar zelosa e prudentemente — enquanto dura o tempo da graça. — Testemunhos Seletos 3:345. SC 60.5

Não temos tempo a perder. O fim está próximo. Em breve a passagem de um lugar para outro a fim de transmitir a verdade será cercada de perigos à direita e à esquerda. Far-se-á tudo para obstruir o caminho dos mensageiros do Senhor, de modo que não possam realizar o que lhes é possível executar agora. Cumpre-nos olhar de frente nossa obra, e avançar o mais depressa possível em luta intensa. Segundo a luz que me foi dada por Deus, sei que as potências das trevas estão trabalhando com intensa energia que procede de baixo, e a passos furtivos vai Satanás avançando para se apoderar dos que agora se acham distraídos, qual lobo que se apodera da presa. Temos agora advertências que nos é possível dar, uma obra que nos é concedida fazer; em breve, porém, será mais difícil do que podemos imaginar. Ajude-nos Deus, a conservar-nos na vereda da luz, trabalhar com os olhos fixos em Jesus, nosso Líder, e, paciente e perseverantemente, avançar para a vitória. — Testemunhos Seletos 2:375, 376. SC 60.6

Há perigo em demorar. Aquela alma que podíeis haver encontrado, aquela alma a quem podíeis ter aberto as Escrituras, passa além de vosso alcance. Satanás armou-lhe um laço para os pés, e amanhã ela poderá estar desenvolvendo os planos do arquiinimigo de Deus. Por que demorar um dia? Por que não pôr mãos à obra imediatamente? — Testimonies for the Church 6:443. SC 60.7

Em todos os séculos se tem exigido dos seguidores de Cristo vigilância e fidelidade; agora, porém, que nos achamos mesmo nos umbrais do mundo eterno, possuindo as verdades que possuímos, tendo uma tão grande luz, uma obra tão importante, temos de redobrar nossa diligência. Cumpre a cada um fazer exatamente o máximo que lhe seja possível. Meu irmão, pões em perigo tua própria salvação, se te deténs agora. Deus te pedirá contas se deixares de fazer a obra que te designou. — Testemunhos Seletos 2:161, 162. SC 61.1

Perguntas importantes — Estende-se perante nós a eternidade. A cortina está para ser corrida. Em que estamos pensando, para que assim nos apeguemos ao nosso amor egoísta da comodidade, enquanto por toda parte ao nosso redor pessoas estão a perecer em seus pecados? SC 61.2

Ficou-nos completamente calejado o coração? Não podemos ver nem compreender que temos uma obra para fazer em favor de outros? SC 61.3

Irmãos e irmãs, estais entre os que, tendo olhos, não vêem, e tendo ouvidos, não ouvem? Foi em vão que Deus vos deu o conhecimento de Sua vontade? Foi em vão que Ele vos enviou advertência após advertência da proximidade do fim? SC 61.4

Acreditais nas declarações de Sua Palavra acerca do que está para sobrevir ao mundo? Acreditais que os juízos de Deus impendem sobre os habitantes da Terra? Como, então, podeis ficar de braços cruzados, descuidosos e indiferentes? — Testemunhos Seletos 3:295. SC 61.5

Apelo para despertar — A obra está a finalizar-se rapidamente, e por toda parte aumenta a impiedade. Temos pouco tempo, apenas, para trabalhar. Despertemos da sonolência espiritual, e consagremos ao Senhor tudo que temos e somos. Seu Espírito permanecerá com os verdadeiros missionários, proporcionando-lhes poder para o serviço. — The Southern Work, 9 de Abril de 1903. SC 61.6

Despertai, irmãos e irmãs, despertai! Não continueis a dormir. “Por que estais ociosos todo o dia?” Jesus vos chama, dizendo: “Ide hoje trabalhar na Minha vinha”. Mateus 20:6, 7. Todo aquele que recebeu o Espírito Santo, o manifestará; pois todas as suas forças serão empregadas no mais ativo serviço. Todos os que em verdade recebem a Jesus pela fé, trabalham. Experimentam um sentimento de responsabilidade pelas almas. Deus pede agora a todos os que possuem algum conhecimento da verdade, que são depositários de verdades sagradas, que se ergam e comuniquem a luz do Céu a outros. — The Review and Herald, 6 de Dezembro de 1893. SC 61.7

Despertai, irmãos; por amor de vossa própria alma, despertai. Sem a graça de Cristo nada podeis fazer. Trabalhai enquanto puderdes. — The Southern Work, 17 de Julho de 1906. SC 61.8

Caso nos fossem abertos os olhos para ver os anjos maus em operação junto dos que se sentem à vontade e se consideram seguros, não nos sentiríamos tão em segurança. Os anjos maus nos estão nos calcanhares a cada momento. — Testemunhos Seletos 1:100. SC 62.1

Deus chama a todos, tanto os pregadores como o povo, para que despertem. Todo o Céu está alerta. As cenas da história terrestre estão em rápido desfecho. Achamo-nos entre os perigos dos últimos dias. Maiores perigos se encontram diante de nós, e ainda não estamos despertos. Esta falta de atividade e fervor na causa de Deus, é terrível. Este mortal torpor vem de Satanás. — Testemunhos Seletos 1:87, 88. SC 62.2

Que direi a fim de despertar o povo remanescente de Deus? Foi-me mostrado que estão diante de nós terríveis cenas; Satanás e seus anjos estão reunindo todas as suas forças para oprimir o povo de Deus. Sabe que, se eles dormirem um pouco mais, está seguro quanto a eles, pois é certa sua destruição. — Testemunhos Seletos 1:90. SC 62.3

Nestas horas finais de graça para os filhos dos homens, quando a sorte de cada alma deve ser logo decidida para sempre, o Senhor do Céu e da Terra espera que Sua igreja desperte para a ação como nunca dantes. Os que foram feitos livres em Cristo pelo conhecimento da preciosa verdade, são considerados pelo Senhor Jesus como Seus escolhidos, favorecidos sobre todos os outros povos na face da Terra; e Ele está contando certo que eles manifestarão os louvores dAquele que os chamou das trevas para a Sua maravilhosa luz. As bênçãos tão liberalmente outorgadas devem ser comunicadas a outros. As boas novas de salvação devem ir a cada nação, tribo, língua e povo. — Profetas e Reis, 716. SC 62.4

Nem um dentre cem, em nosso meio, está fazendo qualquer coisa além de empenhar-se em empreendimentos comuns, seculares. Não estamos nem meio despertos em relação ao valor das almas pelas quais Cristo morreu. — Testimonies for the Church 8:148. SC 62.5

Se os seguidores de Cristo estivessem sempre alerta ao chamado do dever, milhares estariam proclamando o evangelho em países gentios onde hoje só existe um. E todos os que se não empenhassem pessoalmente nessa obra, haveriam de sustentá-la com os seus recursos, sua simpatia e suas orações. E muito maior quantidade de zeloso trabalho se faria nos países cristãos. — Conflict and Courage, 81. SC 62.6

Milhares de pessoas fruem grande luz e preciosas oportunidades, mas coisa alguma fazem com sua influência ou seu dinheiro a fim de iluminar a outros. Nem ao menos assumem a responsabilidade de manter sua própria alma no amor de Deus, para que não se tornem um peso para a igreja. Esses seriam um peso e um empecilho no Céu. Por amor de Cristo, por amor da verdade, por amor deles mesmos, devem eles despertar e fazer trabalho diligente com vistas à eternidade. — The Review and Herald, 1 de Março de 1887. SC 62.7

A igreja de Cristo bem pode ser comparada a um exército. A vida de todo soldado é de labuta, dificuldade e perigo. Por todos os lados há inimigos vigilantes, dirigidos pelo príncipe das potestades das trevas, o qual jamais tosqueneja nem abandona seu posto. Sempre que um cristão esteja desapercebido, este poderoso adversário faz um súbito e violento ataque. A menos que os membros da igreja estejam ativos e vigilantes, serão vencidos pelos seus ardis. SC 62.8

Que seria se metade dos soldados de um exército estivessem ociosos ou adormecidos quando tivessem ordem de estar a postos? O resultado seria derrota, cativeiro ou morte. Se algum deles escapasse das mãos do inimigo, seria ele considerado digno de recompensa? Não; bem depressa receberia a sentença de morte. E se a igreja de Cristo é descuidosa e infiel, acham-se envolvidas conseqüências muito mais importantes. Um exército de soldados cristãos adormecidos — que poderia ser mais terrível? Que avanço poderia ser feito contra o mundo, que está sob domínio do príncipe das trevas? Os que, no dia da batalha, se põem indiferentemente na retaguarda, como se não tivessem interesse nem sentissem responsabilidade quanto ao resultado da luta, melhor seria que mudassem de atitude, ou deixassem imediatamente as fileiras. — Testimonies for the Church 5:394. SC 63.1

Ação necessária — Foi-me mostrado o povo de Deus esperando que ocorresse alguma mudança — que um compulsivo poder deles se apoderasse. Mas ficarão decepcionados, pois estão em erro. Precisam agir; precisam lançar por si mesmos mãos ao trabalho, e clamar fervorosamente a Deus por um genuíno conhecimento de si próprios. As cenas que estão passando diante de nós, são de magnitude suficiente a fazer-nos despertar, levando insistentemente a verdade ao coração de todos os que quiserem escutar. A seara da Terra está quase madura. — Testemunhos Seletos 1:88. SC 63.2

Tudo que há no universo concita aos que conhecem a verdade a consagrar-se sem reservas à proclamação da mesma, tal como lhes foi revelada na mensagem do terceiro anjo. Aquilo que vemos e ouvimos nos conclama ao dever. A operação de instrumentalidades satânicas convoca todo cristão a permanecer em seu posto. — Testemunhos Seletos 3:294. SC 63.3

A mensagem da próxima vinda de Cristo deve ser dada a todas as nações da Terra. Um esforço vigilante, infatigável, é exigido para vencer as forças do inimigo. Nossa parte não é sentar-nos silenciosos e chorar, e torcer as mãos, mas erguer-nos e trabalhar para este tempo e para a eternidade. — The Southern Work, 29 de Maio de 1902. SC 63.4

“Faze alguma coisa, faze-a logo, com todas as forças; mesmo a asa de um anjo desfaleceria, com um repouso muito longo; e o próprio Deus, se inativo, não seria mais bendito”. — Testimonies for the Church 5:308. SC 63.5

Ninguém pense que tem o direito de cruzar os braços e não fazer nada. Que alguém possa ser salvo estando na indolência e inatividade, é uma completa impossibilidade. Pensai no que Cristo fez durante Seu ministério terrestre. Quão fervorosos, quão incansáveis foram Seus esforços! Não permitia que coisa alguma O desviasse do trabalho que Lhe fora dado. Estamos nós seguindo Suas pisadas? — O Colportor Evangelista, 76. SC 63.6

Agentes divinos e humanos acham-se combinados na obra de salvar almas. Deus tem feito Sua parte, e agora é necessária a atividade cristã. Deus o requer. Ele espera que Seu povo faça uma parte na apresentação da luz da verdade a todas as nações. Quem se associará com o Senhor Jesus Cristo? — The Review and Herald, 1 de Março de 1887. SC 64.1

A igreja deve ser ativa, se quiser ser uma igreja viva. Não se deve contentar meramente em manter seu próprio terreno contra as forças adversárias do pecado e do erro, nem se contentar com avançar a passos lentos, mas levar o jugo de Cristo, e conservar-se passo a passo com o Guia, fazendo novos recrutas pelo caminho. — The Review and Herald, 4 de Agosto de 1891. SC 64.2

Temos apenas um pouco de tempo para intensificar a luta; então Cristo virá, e terminará esta cena de rebelião. Então terão sido feitos nossos últimos esforços para trabalhar com Cristo e promover o Seu reino. Alguns que têm estado na frente de batalha, resistindo zelosamente à incursão do mal, caem no posto do dever; outros contemplam tristemente os heróis que tombaram, mas não têm tempo de cessar o trabalho. Têm de cerrar fileiras, apanhar o estandarte da mão paralisada pela morte, e com renovada energia defender a verdade e a honra de Cristo. Como nunca dantes, tem de ser feita resistência contra o pecado — contra os poderes das trevas. O tempo requer enérgica e resoluta atividade da parte dos que crêem na verdade presente. Devem ensinar a verdade tanto pelo preceito como pelo exemplo. — The Review and Herald, 25 de Outubro de 1881. SC 64.3

O Senhor convida hoje os adventistas do sétimo dia de todas as partes para a Ele se consagrarem, e fazerem, segundo sua capacidade, o máximo que lhes for possível para auxiliar Sua obra. — Testemunhos Seletos 3:350, 351. SC 64.4

A ociosidade e a religião não andam de mãos dadas; e a causa de nossa grande deficiência na vida e experiência cristãs é a inatividade na causa de Deus. Os músculos de vosso corpo se tornarão fracos e inúteis se não se conservarem em exercício, e o mesmo se dá com a natureza espiritual. Se quereis ser fortes, tereis de exercer vossas faculdades. — The Review and Herald, 13 de Março de 1888. SC 64.5

Devemos ser obreiros diligentes; o homem ocioso é uma criatura infeliz. Mas que desculpa pode ser apresentada para a ociosidade na grande obra para cuja realização Cristo deu a vida? As faculdades espirituais deixam de existir se não são exercitadas, e é propósito de Satanás que elas pereçam. Todo o Céu está ativamente empenhado na obra de preparar um povo para a segunda vinda de Cristo ao nosso mundo, e “nós somos cooperadores de Deus”. 1 Coríntios 3:9. O fim de todas as coisas está às portas. Agora é nossa oportunidade de trabalhar. — The Review and Herald, 24 de Janeiro de 1893. SC 64.6

É de missionários de coração que se precisa. Esforços esporádicos pouco bem farão. Temos de atrair a atenção. Temos de ser profundamente fervorosos. — Testimonies for the Church 9:45. SC 64.7

Há entre nós pessoas que, se tomassem tempo para observar, considerariam sua posição indolente como um descuido pecaminoso dos talentos que Deus lhes conferiu. — Testemunhos Seletos 3:59. SC 65.1

Qual é nossa posição no mundo? Estamos no tempo de espera. Mas este período não deve ser despendido em abstrata devoção. Esperar, vigiar e o atento trabalho, devem ser combinados. Nossa vida não deve ser toda afobação e esforço e planejamento acerca das coisas do mundo, com negligência da piedade pessoal e do serviço que Deus requer. Conquanto não devamos ser vagarosos no cuidado, devemos ser fervorosos no espírito, servindo ao Senhor. A candeia da alma tem de estar espevitada, e temos de ter o óleo da graça em nossas vasilhas, com as lâmpadas. Toda precaução tem de ser tomada para evitar o declínio espiritual, a fim de que o dia do Senhor não nos sobrevenha como um ladrão. — Testimonies for the Church 5:276. SC 65.2

Vivemos numa época em que não deve existir absolutamente preguiça espiritual. Toda alma deve ser carregada com a celeste corrente da vida. — Testimonies for the Church 8:169. SC 65.3

Amontoai nesta vida todas as boas obras que puderdes. — Testemunhos Seletos 2:190. SC 65.4

Jesus deseja que todos os que professam Seu nome se tornem obreiros fervorosos. É necessário que todo membro individual construa sobre a rocha que é Jesus Cristo. Arma-se uma tempestade que forçará e provará ao máximo o fundamento espiritual de cada um. Por isso, evitai o chão de areia; buscai a rocha. Cavai fundo; ponde alicerce seguro. Construí, oh, construí para a eternidade! Construí com lágrimas, com orações provindas do coração. Que cada qual de vós, daqui por diante, embeleze a vida mediante boas obras. Calebes são os homens mais necessários nestes últimos dias. — Testimonies for the Church 5:129, 130. SC 65.5

A medição divina — Está em contínuo processo uma medição de caráter. Os anjos de Deus avaliam vosso valor moral, e verificam vossas necessidades, e apresentam a Deus vosso caso. — The Review and Herald, 2 de Abril de 1889. SC 65.6

Seremos considerados individualmente responsáveis por fazer um jota menos do que somos capazes. O Senhor mede com exatidão toda possibilidade para o serviço. As capacidades não utilizadas serão levadas em conta, tanto quanto as que empregamos. Deus nos tem como responsáveis por tudo que nos poderíamos tornar pelo bom uso de nossos talentos. Seremos julgados de acordo com o que nos cumpria fazer, mas que não executamos por não usar nossas faculdades para glorificar a Deus. Mesmo que não percamos a salvação, reconheceremos na eternidade a conseqüência de não empregarmos nossos talentos. Haverá eterna perda por todo conhecimento e capacidade não alcançados, que poderíamos ter ganho. — Parábolas de Jesus, 362, 363. SC 65.7

O que poderia ter ocorrido — Se todo soldado de Cristo houvesse cumprido seu dever, se todo vigia nos muros de Sião houvesse dado à trombeta um sonido certo, o mundo poderia ter ouvido a mensagem de advertência. Mas a obra está com anos de atraso. Enquanto os homens têm dormido, Satanás se nos tem adiantado furtivamente. — Testemunhos Seletos 3:297. SC 66.1

Assumamos agora o trabalho que nos é designado, e proclamemos a mensagem que há de despertar homens e mulheres, levando-os a reconhecer seu perigo. Se cada adventista do sétimo dia houvesse feito o trabalho que lhe foi confiado, o número de crentes seria hoje muito maior do que é. Em todas as cidades da América [do Norte], haveria os que tivessem sido levados a tomar a sério a mensagem de obedecer à lei de Deus. — Testemunhos Seletos 3:293. SC 66.2

Caso houvesse sido executado o propósito divino de transmitir ao mundo a mensagem da misericórdia, Cristo já teria vindo à Terra e os santos teriam recebido as boas-vindas na cidade de Deus. — Testemunhos Seletos 3:72. SC 66.3

O registro celestial — O mundo carece de missionários, consagrados missionários no país natal, e não será nos livros do Céu registrado como cristão ninguém que não tenha espírito missionário. — The Review and Herald, 23 de Agosto de 1892. SC 66.4

Se os membros da igreja não lançarem individualmente mão desta obra, mostrarão assim não estar em viva conexão com Deus. Seu nome está registrado como servos negligentes. — Testemunhos Seletos 2:164. SC 66.5

Em cada movimento religioso há alguns que, conquanto não possam negar que a causa é de Deus, mantêm-se arredios, recusando fazer qualquer esforço para ajudar. Faria bem a tais pessoas lembrar o registro que é mantido no alto — o livro no qual não há omissões, nem erro, e pelo qual serão julgados. Ali cada oportunidade negligenciada para o serviço de Deus é registrada; e ali, igualmente, cada ato de fé e amor é mantido em eterna lembrança. — Profetas e Reis, 639. SC 66.6

Na manhã de 23 de Outubro de 1879, por volta das duas horas, o Espírito do Senhor repousou sobre mim, e vi cenas do juízo vindouro. [...] Dez milhares vezes dez milhares achavam-se reunidos diante de um grande trono, sobre o qual estava sentada uma pessoa de aparência majestosa. Vários livros achavam-se diante dEle, e na capa de cada um estava escrito em letras de ouro, que pareciam como chama ardente: “Contas-correntes do Céu.” Foi então aberto um desses livros, contendo os nomes dos que professam crer na verdade. Perdi imediatamente de vista os inúmeros milhões que se achavam em redor do trono, e unicamente os que eram professos filhos da luz e da verdade me prenderam a atenção. [...] SC 66.7

Abriu-se outro livro, no qual se achavam registrados os pecados dos que professam a verdade. Sob o cabeçalho geral de egoísmo, vinha uma legião de pecados. [...] Uma classe estava registrada como empecilhos do terreno. Ao cair sobre esses o penetrante olhar do Juiz, foram distintamente revelados seus pecados de negligência. Com lábios pálidos e trêmulos reconheceram haver sido traidores do santo depósito que lhes fora confiado. Haviam tido advertências e privilégios, mas não os haviam atendido e aproveitado. Podiam ver agora que haviam presumido demasiado da misericórdia de Deus. Em verdade, não tinham a fazer confissões como as dos vis e baixamente corrompidos; mas, como a figueira, eram amaldiçoados por não produzirem frutos, por não haverem usado os talentos a eles confiados. Esta classe dera ao próprio eu o supremo lugar, trabalhando apenas pelo interesse egoísta. Não eram ricos para com Deus, não havendo correspondido a Suas reivindicações sobre eles. Conquanto professassem ser servos de Cristo, não Lhe trouxeram almas. Houvesse a causa de Deus dependido de seus esforços, e haveria definhado; pois eles, não somente retiveram os meios que lhes foram emprestados por Deus, mas a si mesmos se retiveram. [...] Deixaram que outros fizessem a obra na vinha do Mestre, e levassem as mais pesadas responsabilidades, enquanto eles estavam servindo egoistamente seus próprios interesses temporais. [...] SC 66.8

Disse o Juiz: “Todos serão justificados por sua fé, e julgados por suas obras.” Quão vividamente aparecia então sua negligência, e quão sábia a medida de Deus de dar a cada homem uma obra a fazer a fim de promover a causa e salvar seus semelhantes! Cada um devia demonstrar na família e na vizinhança uma fé viva, mediante a bondade manifestada ao pobre, a compaixão para com o aflito, o empenhar-se em obra missionária, e o ajudar a causa de Deus com Seus meios. Mas, como Meroz, a maldição de Deus repousou sobre eles pelo que não fizeram. Eles amaram a obra que traria mais proveito nesta vida; e ao lado de seus nomes no Livro consagrado às boas obras, havia um lamentável vazio. — Testemunhos Seletos 1:518-520. SC 67.1

Exige-se mais de nós — Incide sobre nós maior luz do que brilhou sobre nossos pais. Não podemos ser aceitos ou honrados por Deus prestando o mesmo serviço, ou fazendo as mesmas obras que nossos pais. A fim de ser aceitos e abençoados por Deus como eles foram, cumpre-nos imitar sua fidelidade e seu zelo — aperfeiçoemos nossa luz como eles fizeram à sua — e façamos como eles teriam feito caso vivessem em nossos dias. Cumpre-nos viver segundo a luz que brilha sobre nós, do contrário, essa luz tornar-se-á em trevas. — Testemunhos Seletos 1:89, 90. SC 67.2

Um apelo à igreja indolente — É um mistério que não haja centenas de pessoas trabalhando onde hoje vemos apenas uma. O universo celeste acha-se pasmo em face da apatia, da frieza, da indiferença daqueles que professam ser filhos e filhas de Deus. Existe na Verdade um poder vivo. — Testimonies for the Church 9:42. SC 67.3

Jamais poderemos ser salvos na indolência e inatividade. Não há pessoa verdadeiramente convertida que viva vida inútil e ociosa. Não nos é possível deslizar para dentro do Céu. Nenhum preguiçoso pode lá entrar. [...] Quem recusa cooperar com Deus na Terra, não cooperaria com Ele no Céu. Não seria seguro levá-los para lá. — Parábolas de Jesus, 280. SC 67.4

Todo o Céu olha com intenso interesse à igreja, para ver o que seus membros estão individualmente fazendo para iluminar os que estão em trevas. — The Review and Herald, 27 de Fevereiro de 1894. SC 68.1

Deveis considerar solenemente que estais tratando com o grande Deus, e deveis lembrar-vos sempre de que Ele não é uma criança com quem se brinque. Não podeis empenhar-vos em Seu serviço de acordo com sua vontade, e abandoná-lo quando muito bem o quereis. — Testimonies for the Church 2:221. SC 68.2

Seres celestiais têm esperado para cooperar com os instrumentos humanos, mas não temos discernido sua presença. — Testimonies for the Church 6:297. SC 68.3

Os anjos celestiais têm esperado longamente que os agentes humanos — os membros da igreja — com eles cooperem na grande obra a ser feita. Eles estão esperando por ti. — Testemunhos Seletos 3:308. SC 68.4

Muitos, muitos, se estão aproximando do dia de Deus sem fazer coisa alguma, eximindo-se às responsabilidades, e em resultado, são anões religiosos. No que respeita à obra de Deus, as páginas da história de sua vida apresentam-se lamentavelmente em branco. São árvores no jardim de Deus, mas apenas ocupam o terreno, ensombrando com seus improdutivos ramos o solo que árvores frutíferas poderiam ter ocupado. — The Review and Herald, 22 de Maio de 1888. SC 68.5

Há perigo para os que fazem pouco ou nada para Cristo. A graça de Deus não habitará por muito tempo na alma daqueles que, tendo grandes privilégios e oportunidades, permanecem silenciosos. — The Review and Herald, 22 de Agosto de 1899. SC 68.6

Não há agora tempo para dormir — não há tempo para nos entregarmos a vãos pesares. Aquele que ousa cochilar agora, perderá preciosas oportunidades de fazer o bem. É-nos concedido o bendito privilégio de reunir molhos na grande ceifa; e cada alma salva será uma estrela a mais na coroa de Jesus, nosso adorável Redentor. Quem estará ansioso por depor a armadura quando, sustentando a batalha um pouquinho mais, alcançará novas vitórias e arrecadará novos troféus para a eternidade? — The Review and Herald, 25 de Outubro de 1881. SC 68.7

Os mensageiros celestiais estão fazendo sua obra; mas, que estamos nós fazendo? Irmãos e irmãs, Deus nos convida a remirmos o tempo. Aproximai-vos de Deus. Despertai o dom que há em vós. Que aqueles que tiveram oportunidade de se familiarizar com as razões de nossa fé usem agora esse conhecimento para alguma finalidade. SC 68.8

Como podereis vós, que fazeis a oração do Senhor: “Venha o Teu reino, seja feita a Tua vontade, assim na Terra como no Céu” (Mateus 6:10), assentar-vos comodamente em vossos lares, sem ajudar a levar a outros a tocha da verdade? Como podereis erguer as mãos a Deus e rogar Suas bênçãos sobre vós e vossas famílias, quando tão pouco fazeis para ajudar aos outros? — Historical Sketches of the Foreign Missions of the Seventh Day Adventist, 288. SC 68.9

Há entre nós pessoas que, se tomassem tempo para observar, considerariam sua posição indolente como um descuido pecaminoso dos talentos que Deus lhes conferiu. Irmãos e irmãs, vosso Redentor e todos os santos anjos estão entristecidos com a vossa dureza de coração. Cristo deu Sua própria vida para salvar almas e, não obstante, vós, que Lhe haveis provado o amor, pouco esforço fazeis para partilhar as bênçãos de Sua graça com aqueles por quem Ele morreu. Semelhante indiferença e negligência do dever assombra os anjos. No juízo tereis que encontrar-vos com as almas de que vos haveis descuidado. Naquele grande dia, sentir-vos-eis culpados e condenados. Oxalá o Senhor vos induza agora ao arrependimento e perdoe ao Seu povo o haver descuidado a obra que Ele lhes deu para fazerem em Sua vinha. — Testemunhos Seletos 3:59. SC 68.10

Que podemos dizer ao membro da igreja ocioso, a fim de fazer-lhe reconhecer a necessidade de desenterrar o seu talento e entregá-lo aos banqueiros? Não haverá no reino dos Céus ociosos nem preguiçosos. Que Deus apresente este assunto em toda a sua importância às igrejas dormentes! Oxalá se levante Sião e vista as suas roupas de gala! Oxalá resplandeça! — Testemunhos Seletos 3:67. SC 69.1

Existe uma obra a fazer em benefício daqueles que não conhecem a verdade, uma obra idêntica àquela que foi feita por vós quando vos acháveis em trevas. É demasiado tarde para dormir, tarde demais para ser indolentes que nada fazem. O Pai de família deu a cada um a sua obra. Avancemos, não retrocedamos. Necessitamos diariamente de uma nova conversão. Necessitamos que o amor de Jesus palpite em nosso coração, a fim de podermos ser instrumentos em salvar muitas almas. — The Review and Herald, 10 de Junho de 1880. SC 69.2

O Senhor Jesus requer que toda alma que pretenda ser filho ou filha de Deus, não só se aparte de toda iniqüidade, mas seja abundante em atos de caridade, abnegação e humildade. O Senhor apresentou a operação de certa lei do espírito e da ação, a qual nos deve ser uma advertência em relação ao nosso trabalho. Diz Ele: “A qualquer que tiver ser-lhe-á dado, mas ao que não tiver até o que tem lhe será tirado”. Lucas 19:26. Os que não aproveitam suas oportunidades, que não exercitam a graça que Deus lhes dá, têm menos inclinação de assim proceder e, afinal, entregues a dormente letargia, perdem aquilo que possuíam outrora. Não tomam providências para o futuro tempo de necessidade, tratando de obter uma experiência vasta, obter um aumentado conhecimento das coisas divinas, de maneira que quando lhes sobrevêm provas e tentações, sejam aptos a resistir. Quando vêm perseguições e tentações, esta classe de pessoas perde o ânimo e a fé, e seus alicerces são arrastados, porquanto não viram a necessidade de fazerem seguro o seu alicerce. Não firmaram a alma na Rocha eterna. — The Review and Herald, 27 de Março de 1894. SC 69.3

Quão terrível será, no último e grande dia, ver que aqueles com os quais nos associávamos familiarmente se acham separados de nós para sempre; ver os membros de nossa família, talvez nossos próprios filhos, sem estarem salvos; ver aqueles que visitavam nosso lar e comeram à nossa mesa, entre os perdidos! Então dirigiremos a nós mesmos a pergunta: Foi porventura por causa de minha impaciência, minha disposição não cristã; ou foi porque o próprio eu não estava dominado, que a religião de Cristo se lhes tornou desagradável? SC 69.4

O mundo tem de ser advertido da breve volta do Senhor. Temos apenas pouco tempo para trabalhar. Passaram para a eternidade anos que poderiam ter sido aproveitados para buscar primeiramente o reino de Deus e Sua justiça, e para difundir a luz aos outros. Deus agora convoca o Seu povo que possui grande luz e está firmado na verdade, e com o qual teve muito trabalho, para trabalharem por si mesmos e pelos outros como nunca dantes o fizeram. Fazei uso de toda aptidão; ponde em exercício toda faculdade, todo talento confiado; empregai toda a luz que Deus vos concedeu, para fazer bem aos outros. Não procureis tornar-vos pregadores, mas tornai-vos ministros de Deus. — The Southern Work, 20 de Junho de 1905. SC 70.1

Ilustrações vívidas — O amor divino moveu-se a suas insondáveis profundidades em favor dos homens, e os anjos maravilham-se de ver nos objetos de tão grande amor uma gratidão meramente superficial. Os anjos pasmam de quão limitada é a apreciação que o homem tem do amor de Deus. O Céu se indigna ante a negligência manifestada para com a alma dos homens. Queremos saber como Cristo o considera? Como sentiria um pai, uma mãe, soubessem eles que, estando seu filho perdido no frio e na neve, fora desdenhado e deixado a perecer pelos que o poderiam haver salvado? Não ficariam terrivelmente ofendidos, furiosamente indignados? Não os acusariam com uma ira tão ardente como suas lágrimas, tão intensa como seu amor? Os sofrimentos de cada homem são os sofrimentos de um filho de Deus, e os que não estendem a mão em socorro de seus semelhantes quase a perecer, provocam-Lhe a justa ira. — O Desejado de Todas as Nações, 825. SC 70.2

Li acerca de um homem que, viajando num dia de inverno através de profunda neve acumulada, ficou entorpecido pelo frio, que quase imperceptivelmente lhe roubava as forças. E quando estava quase morto de frio, prestes a desistir da luta pela vida, ouviu os gemidos de um companheiro de viagem, prestes, como ele, a perecer de frio. Despertou-se-lhe a compaixão, no desejo de salvá-lo. Friccionou os membros gelados do infeliz e, depois de considerável esforço, conseguiu pô-lo de pé; mas como não pudesse manter-se em pé, levou-o em braços compassivos através daqueles mesmos montes de neve que ele julgara jamais poder atravessar sozinho. E depois de haver levado seu companheiro de jornada a um lugar de segurança, descobriu que, salvando seu próximo, salvara-se também a si mesmo. Seus intensos esforços por salvar outro ativaram-lhe o sangue que estava a enregelar-se em suas veias, produzindo-lhe às extremidades do corpo um saudável calor. Estas lições devem ser expostas impressiva e continuamente aos crentes jovens, não só por preceito, mas pelo exemplo, a fim de que em sua experiência cristã possam alcançar resultados semelhantes. — Testimonies for the Church 4:319, 320. SC 70.3

Não deveis retrair-vos dentro de vós mesmos, satisfeitos porque fostes abençoados com um conhecimento da verdade. Quem vos trouxe a verdade? Quem vos mostrou a luz da Palavra de Deus? Deus não vos proporcionou Sua luz para que pusésseis debaixo do alqueire. Li acerca de uma expedição que foi mandada a descobrir o paradeiro de Sir John Franklin. Homens valorosos deixaram o seu lar e vaguearam nos Mares do Norte, sofrendo privação, fome, frio e aflição. E por que isso tudo? — Meramente pela honra de descobrir os corpos dos exploradores, ou, se possível, salvar alguns da expedição, da terrível morte que certamente lhes sobreviria, a menos que lhes chegasse auxílio em tempo. Se salvassem da morte um homem, que fosse, considerariam bem recompensados os seus sofrimentos. Isso fizeram com sacrifício de todo o seu conforto e felicidade. SC 71.1

Pensai nisso, e então considerai quão pouco estamos dispostos a sacrificar pela salvação das preciosas almas que nos rodeiam. Não somos obrigados a ir para longe de casa, numa viagem longa e tediosa, para salvar a vida de um mortal a perecer. Às nossas próprias portas, em todo o nosso redor, por todos os lados, há almas a serem salvas, almas que perecem — homens e mulheres a morrerem sem esperança, sem Deus — e no entanto não nos sentimos preocupados, dizendo virtualmente por nossas ações, se não por palavras: “Sou eu guardador de meu irmão?” Gênesis 4:9. Aqueles homens que perderam a vida na tentativa de salvar outros, são elogiados pelo mundo, como heróis e mártires. Como deveríamos nos sentir, os que temos à frente a perspectiva da vida eterna, se não fizermos os pequenos sacrifícios que Deus de nós requer, para a salvação das almas humanas? — The Review and Herald, 14 de Agosto de 1888. SC 71.2

Em certa vila da Nova Inglaterra, estava-se cavando um poço. Quando o trabalho estava quase pronto, estando um homem ainda no fundo do mesmo, houve um desmoronamento, e ele ficou soterrado. Instantaneamente foi dado o alarme, e mecânicos, fazendeiros, comerciantes, advogados, correram ansiosamente para salvá-lo. Cordas, escadas e pás foram trazidas por mãos zelosas e cheias de boa vontade. “Salvai-o, ó salvai-o!” clamavam. SC 71.3

Os homens trabalharam com desesperada energia, até que o suor lhes corria em gotas pela fronte, e os braços tremiam do esforço. Afinal, foi enfiado um tubo para baixo, pelo qual eles gritaram para o homem, a fim de saber se estava vivo ainda. Veio a resposta: “Vivo, mas apressem-se. É terrível aqui.” Com uma exclamação de alegria, renovaram os esforços, e por fim o homem foi alcançado e salvo, e a alegria que subiu aos ares parecia penetrar o próprio Céu. “Ele está salvo!” ecoava por todas as ruas da cidade. SC 71.4

Seria isso zelo e interesse demasiados, demasiado entusiasmo para salvar um homem? Certamente não era; mas, que é a perda da vida temporal em comparação com a da alma? Se a ameaça de perda de uma existência desperta no coração humano sentimento tão intenso, não deveria a perda de uma alma suscitar solicitude mais profunda em homens que professam compreender o perigo daqueles que se acham separados de Cristo? Não mostrarão os servos de Deus tão grande zelo em trabalhar pela salvação de almas como foi manifestado pela vida daquele homem soterrado no poço? — Obreiros Evangélicos, 31, 32. SC 71.5

Profissão contra expressão — Toda verdade importante recebida no coração tem de encontrar expressão na vida. É em proporção ao recebimento do amor de Cristo, que os homens desejam proclamar aos outros o seu poder; e o próprio ato de o proclamar, aprofunda e intensifica seu valor para sua própria alma. — The Review and Herald, 19 de Fevereiro de 1889. SC 72.1

Deve nossa fé ser prolífera de boas obras; pois a fé sem obras é morta. — Testemunhos Seletos 1:485. SC 72.2

Todos os que recebem no coração a mensagem do evangelho, almejarão proclamá-la. O amor de Cristo, de origem celeste, precisa encontrar expressão. — Parábolas de Jesus, 124. SC 72.3

Devemos louvar a Deus por serviço tangível, fazendo todo esforço para promover a glória de Seu nome. — Parábolas de Jesus, 300. SC 72.4

Nossa fé no presente tempo não deve consistir em mero assentimento ou em simplesmente acreditar na teoria da terceira mensagem. Precisamos do óleo da graça de Cristo para prover as nossas lâmpadas, e fazer que a luz de nossa vida brilhe, indicando o caminho aos que estiverem em trevas. — Testemunhos Seletos 3:356. SC 72.5

Vossa força e bênçãos espirituais serão proporcionais ao trabalho de amor e às boas obras que fizerdes. — Testimonies for the Church 3:526. SC 72.6

Poder-se-ia fazer por Cristo muito mais, se todos quantos possuem a luz da verdade vivessem segundo a verdade. — Testimonies for the Church 9:40. SC 72.7

Foi-me mostrado que, como um povo, somos deficientes. Nossas obras não estão em harmonia com a nossa fé. Nossa fé testifica que vivemos sob a proclamação da mais solene e importante mensagem que já foi dada a mortais. No entanto, em plena vista deste fato, nossos esforços, nosso zelo, nosso espírito de sacrifício, não estão à altura do caráter da obra. Devemos despertar dentre os que dormem, e Cristo nos dará vida. — Testimonies for the Church 2:114. SC 72.8

Avançai com fé, e proclamai a verdade como quem nela crê. Que aqueles por quem trabalhais vejam que para vós ela é de fato uma viva realidade. — Testimonies for the Church 9:42. SC 72.9

Uma vida semelhante à de Cristo é o mais poderoso argumento que pode ser apresentado em favor do cristianismo. — Testemunhos Seletos 3:290. SC 72.10

Muitos há que professam o nome de Cristo, e cujo coração não está empenhado em Seu serviço. Colocaram-se simplesmente numa profissão de piedade, e por esse mesmo ato aumentaram o tamanho de sua condenação, e se tornaram mais enganosos e mais bem-sucedidos agentes de Satanás, para a ruína de almas. — The Review and Herald, 27 de Março de 1888. SC 72.11

Os que aguardam o Senhor, purificam a alma pela obediência da verdade. Com a vigilante espera, combinam ativo serviço. Como sabem que o Senhor está às portas, seu zelo é avivado para cooperar com as forças divinas para salvação de almas. Estes são os sábios e fiéis servos que dão “o sustento a seu tempo” (Salmos 104:27) à casa do Senhor. Estão declarando a verdade especialmente aplicável a este tempo. Como Enoque, Noé, Abraão e Moisés, cada um declarou a verdade para seu tempo, assim hão de os servos de Cristo agora dar a especial advertência para sua geração. — O Desejado de Todas as Nações, 634. SC 73.1

Nossa posição diante de Deus depende, não da quantidade de luz que temos recebido, mas do uso que fazemos da que possuímos. Assim, mesmo o pagão que prefere o direito, na proporção em que lhe é possível distingui-lo, acha-se em condições mais favoráveis do que os que têm grande luz e professam servir a Deus, mas desatendem a essa luz, e por sua vida diária contradizem sua profissão de fé. — O Desejado de Todas as Nações, 239. SC 73.2

Todo cristão tem o privilégio, não só de esperar a vinda de nosso Senhor Jesus Cristo, como também de apressá-la. 2 Pedro 3:12. Se todos os que professam Seu nome produzissem fruto para Sua glória, quão depressa não estaria o mundo todo semeado com a semente do evangelho! Rapidamente amadureceria a última grande seara e Cristo viria recolher o precioso grão. — Parábolas de Jesus, 69. SC 73.3

Devem os cristãos despertar, e assumir os seus deveres negligenciados; pois a salvação de sua própria alma depende de seus esforços individuais. — The Review and Herald, 23 de Agosto de 1881. SC 73.4

O culto verdadeiro consiste em trabalhar juntamente com Cristo. Orações, exortações, e conversas são frutos baratos, que freqüentemente são acrescentados; mas os frutos que se manifestam em boas obras, em cuidar dos necessitados, dos órfãos e das viúvas, são frutos genuínos, e crescem naturalmente numa árvore boa. — The Review and Herald, 16 de Agosto de 1881. SC 73.5

Assumam os membros da igreja individualmente a obra que lhes é designada, de difundir luz, assim como de recebê-la. Ninguém fica impune por estar ocioso na vinha do Senhor. — The Review and Herald, 19 de Fevereiro de 1889. SC 73.6

O princípio do fazer é o fruto que Cristo requer que produzamos; praticar atos de beneficência, falar palavras bondosas e manifestar terna consideração para com os pobres, os necessitados e os aflitos. — The Review and Herald, 16 de Agosto de 1881. SC 73.7

A samaritana que conversou com Jesus junto ao poço de Jacó, mal achou o Salvador, levou outros a Ele. Mostrou-se mais eficiente missionária que os próprios discípulos. Esses nada viram em Samaria que indicasse ser ela um campo animador. Tinham os pensamentos fixos numa grande obra a ser efetuada no futuro. Não viram que mesmo junto deles estava uma colheita a fazer. Mas, por intermédio da mulher a quem desprezavam, toda uma cidade foi levada a ouvir Jesus. Ela levou imediatamente a luz a seus conterrâneos. Essa mulher representa a operação de uma fé prática em Cristo. — A Ciência do Bom Viver, 102. SC 73.8

Os adventistas do sétimo dia estão fazendo progressos, duplicando seu número, estabelecendo missões e desfraldando o estandarte da verdade nos lugares escuros da Terra; todavia a obra está avançando muito mais demoradamente do que Deus o quereria. [Por quê?] Os membros da igreja não se acham individualmente despertos para desenvolver os mais fervorosos esforços de que são capazes, e todos os ramos da obra estão sendo prejudicados pela falta de fervente piedade, e de obreiros consagrados, humildes e tementes a Deus. Onde se acham os soldados da cruz de Cristo? Que aqueles que temem a Deus, os sinceros, os de um só propósito, que visam perseverantemente a glória de Deus, se preparem para a batalha contra o erro. Há muitos fracos, covardes de coração nesta hora de conflito espiritual. Quem dera que sua covardia se convertesse em força, que se tornassem valentes na luta, e pusessem em fuga os exércitos contrários! — Historical Sketches of the Foreign Missions of the Seventh Day Adventist, 290. SC 74.1

É princípio universal que sempre que alguém se recusa a usar as faculdades que Deus lhe deu, essas faculdades se debilitam e morrem. A verdade que não é vivida, que não é repartida, perde seu poder de comunicar vida, sua virtude salutar. — Atos dos Apóstolos, 206. SC 74.2

Coisa alguma proporcionará tanto vigor à vossa piedade, como trabalhar para promover a causa que professais amar, em vez de estorvá-la. — Testimonies for the Church 4:236. SC 74.3

Os que procuram manter a vida cristã aceitando passivamente as bênçãos que lhes são oferecidas pelos meios da graça nada fazendo por Cristo, estão simplesmente procurando comer para viver, sem trabalhar. No mundo espiritual, assim como no mundo natural, isso resulta sempre em degeneração e ruína. — Conflict and Courage, 80, 81. SC 74.4

O perigo que acompanha a atividade missionária — Não esqueçamos que, ao aumentarmos a atividade, somos bem-sucedidos em fazer a obra que tem de ser realizada e há o perigo de confiar em planos e métodos humanos. Haverá tendência para orar menos, e ter menos fé. Correremos o perigo de perder o senso de nossa dependência de Deus, o único que pode fazer com que nosso trabalho seja bem-sucedido; mas se bem que essa seja a tendência, que ninguém pense que o instrumento humano tenha de fazer menos. Não, ele não tem de fazer menos, porém mais, mediante a aceitação do celeste dom, o Espírito Santo. SC 74.5

Virão tempos em que a igreja será despertada pelo poder divino, e fervorosa atividade será o resultado, pois o vivificante poder do Espírito Santo inspirará seus membros a saírem e buscarem almas para Cristo. Mas quando essa atividade se manifestar, os mais fervorosos obreiros só estarão seguros se confiarem em Deus, por meio de constante e fervorosa oração. Terão necessidade de fazer fervorosas súplicas para que, pela graça de Cristo, sejam salvos de ficarem orgulhosos em seu trabalho, ou de fazerem de suas atividades um salvador. Têm de constantemente olhar a Jesus, a fim de que reconheçam que é Seu poder o que faz a obra, e sejam assim habilitados a imputarem a Deus toda a glória. Seremos chamados a fazer os mais decididos esforços para estender a obra de Deus, e a oração ao nosso Pai celestial será muitíssimo necessária. Será preciso empenhar-se em oração secreta, em família e na igreja. — The Review and Herald, 4 de Julho de 1893. SC 74.6

Na opinião dos rabinos, o mais alto grau da religião mostrava-se por contínua e ruidosa atividade. Dependiam de alguma prática exterior para mostrar sua superior piedade. Separavam assim sua alma de Deus, apoiando-se em presunção. O mesmo perigo existe ainda hoje. À medida que aumenta a atividade, e os homens são bem-sucedidos em realizar alguma obra para Deus, há risco de confiar em planos e métodos humanos. Vem a tendência de orar menos e ter menos fé. Como os discípulos, arriscamo-nos a perder de vista nossa dependência de Deus, e buscar fazer de nossa atividade um salvador. Necessitamos olhar continuamente a Jesus, compreendendo que é Seu poder que realiza a obra. Conquanto devamos trabalhar ativamente pela salvação dos perdidos, cumpre-nos também consagrar tempo à meditação, à oração e ao estudo da Palavra de Deus. Unicamente o trabalho realizado com muita oração e santificado pelos méritos de Cristo, demonstrar-se-á afinal haver sido eficaz. — O Desejado de Todas as Nações, 362. SC 75.1

Incentivo aos que se iniciam no serviço cristão — Os mais bem-sucedidos obreiros, são aqueles que empreendem de bom ânimo a obra de servir a Deus nas coisas pequenas. Toda criatura humana tem de trabalhar com o fio de sua vida, tecendo-o na trama, a fim de ajudar a concluir o modelo. — Testemunhos Seletos 2:402. SC 75.2

Cumpre-nos fazer de nossos deveres diários, atos de devoção, crescendo constantemente em utilidade, pois vemos nosso trabalho à luz da eternidade. — Testimonies for the Church 9:150. SC 75.3

O Senhor tem em Seu grande plano um lugar para cada um. Não se concedem talentos que não sejam necessários. — Testemunhos Seletos 3:303. SC 75.4

Todos têm seu lugar no plano eterno do Céu. Todos devem colaborar com Cristo para a salvação de almas. Tão certo como nos está preparado um lugar nas mansões celestes, há também um lugar designado aqui na Terra, onde devemos trabalhar para Deus. — Parábolas de Jesus, 326, 327. SC 75.5

Os olhos do Senhor fixam-se em cada um dos membros de Seu povo; Ele tem um plano para cada um. — Testemunhos Seletos 2:367. SC 75.6

Todos podem fazer alguma coisa na obra. Ninguém será declarado sem culpa perante Deus, a menos que tenha trabalhado fervorosa e altruisticamente pela salvação de almas. — Testimonies for the Church 5:395. SC 75.7

Vosso dever não pode ser passado a outro. Ninguém senão vós mesmos pode realizar vossa obra. Caso retenhais a luz que tendes, alguém deve ser deixado em trevas por causa de vossa negligência. — Testemunhos Seletos 2:165. SC 76.1

O obreiro humilde, que obedientemente responde ao apelo de Deus, pode estar certo de que receberá a assistência divina. Aceitar responsabilidade tão grande e sagrada, por si só eleva o caráter. Estimula à atividade as mais elevadas forças mentais e espirituais, e fortalece e purifica a mente e o coração. Pela fé no poder de Deus é maravilhoso quão forte se torna um homem débil, quão decididos seus esforços, quão fecundos de grandes resultados. Quem principia com pouco conhecimento, e de modo humilde fala o que sabe, ao passo que procura diligentemente mais sabedoria, achará todo o tesouro celestial aguardando seu pedido. Quanto mais procurar comunicar luz, tanto mais luz receberá. Quanto mais alguém experimentar explicar a Palavra de Deus a outros, com amor, tanto mais clara ela para ele se tornará. Quanto mais usarmos nosso conhecimento e exercitarmos nossas faculdades, tanto maior conhecimento e capacidade teremos. — Parábolas de Jesus, 354. SC 76.2

Trabalhe cada um para Deus e pelas almas; mostre cada um sabedoria e não seja nunca encontrado em ociosidade, esperando que alguém o ponha a trabalhar. O “alguém” que vos poderia fazer isto, está demasiado assoberbado de responsabilidades, e perde-se o tempo esperando suas orientações. Deus vos dará sabedoria para uma reforma imediata; pois o chamado ainda continua: “Filho, vai trabalhar hoje na Minha vinha”. Mateus 21:28. “Se ouvirdes hoje a Sua voz, não endureçais os vossos corações”. Hebreus 3:7, 8. O Senhor inicia o pedido com a acariciadora expressão “filho”. Quão terno, quão compassivo, e todavia, por outro lado, quão urgente! Seu convite é também uma ordem. — Conselhos aos Professores, Pais e Estudantes, 419. SC 76.3

A fortaleza para resistir ao mal é melhor obtida pelo trabalho intenso. — Atos dos Apóstolos, 105. SC 76.4

Todo ato, toda ação de justiça, misericórdia e beneficência, produz música no Céu. — The Review and Herald, 16 de Agosto de 1881. SC 76.5

O espírito de Cristo é espírito missionário. O primeiro impulso do coração regenerado é levar outros também ao Salvador. — O Grande Conflito entre Cristo e Satanás, 70. SC 76.6

O único meio de crescer em graça é achar-se interessado em fazer exatamente a obra que Cristo nos ordenou fazer. — The Review and Herald, 7 de Junho de 1887. SC 76.7

Não deveis esperar grandes ocasiões ou habilitações extraordinárias para então trabalhardes por Deus. — Conflict and Courage, 83. SC 76.8

O homem que se torna uma bênção aos outros, e torna sua vida um sucesso é aquele que, seja ou não instruído, emprega todas as suas faculdades no serviço de Deus e de seus semelhantes. — The Southern Work, 2 de Abril de 1903. SC 76.9

Muitos a quem Deus capacitou para fazer trabalho excelente, pouco conseguem, porque pouco empreendem. — Parábolas de Jesus, 331. SC 76.10

Se fracassardes noventa e nove vezes em cada cem, mas fordes bem-sucedidos em salvar da ruína uma única alma, realizastes um nobre feito pela causa do Mestre. — Testimonies for the Church 4:132. SC 76.11

As relações entre Deus e cada pessoa são tão particulares e íntimas, como se não existisse nenhuma outra por quem Ele houvesse dado Seu bem-amado Filho. — Conflict and Courage, 100. SC 77.1

O Senhor vos vê e compreende, e se oferecerdes o vosso talento como dom consagrado para o Seu serviço, vos usará, a despeito da vossa fraqueza; porque no serviço ativo e desinteressado, os fracos fortalecer-se-ão e desfrutarão o Seu precioso louvor. A exaltação do Senhor é um elemento de confiança. Se fordes fiéis, a paz que excede todo o entendimento será a vossa recompensa nesta vida e, na futura, participareis da alegria do vosso Senhor. — Testemunhos Seletos 3:219, 220. SC 77.2

Pessoas de pouco talento, se forem fiéis em guardar o coração no amor de Deus, podem ganhar muitas almas para Cristo. Harlan Page era um pobre mecânico de habilidade comum e educação limitada; mas tornou sua ocupação principal procurar promover a causa de Deus, e seus esforços foram coroados de notável êxito. Trabalhou pela salvação dos semelhantes, em conversas particulares e em fervorosa oração. Instituiu reuniões de oração, organizou escolas dominicais e distribuiu folhetos e outras leituras religiosas. E em seu leito de morte, repousando já sobre seu semblante a sombra da eternidade, pôde dizer: “Sei que tudo é pela graça de Deus, e não por qualquer mérito de qualquer coisa que eu tenha feito; mas creio que tenho evidência de que mais de cem almas foram convertidas a Deus por meu intermédio”. — Testimonies for the Church 5:307, 308. SC 77.3

Este mundo não é o Céu do cristão, mas simplesmente a oficina de Deus, onde devemos habilitar-nos para nos unir a anjos sem pecado, num Céu santo. — Testimonies for the Church 2:187. SC 77.4

Os mais humildes e mais pobres dentre os discípulos de Jesus, podem ser uma bênção aos outros. Talvez não tenham consciência de estar produzindo algum bem especial, mas por sua inconsciente influência poderão dar origem a ondas de bênçãos que irão se alargando e aprofundando, mesmo que nunca venham a saber dos benditos resultados, a não ser no dia da recompensa final. Não percebem nem sabem que estão realizando um grande bem. Não se pede deles que se preocupem acerca do sucesso. O que têm que fazer é simplesmente prosseguir tranqüilos, realizando fielmente a obra que a providência de Deus lhes designa, e sua vida não será em vão. Seu próprio ser irá se desenvolver cada vez mais à semelhança de Cristo; tornam-se mensageiros de Deus nesta vida, e desse modo estão se habilitando para a obra mais elevada e a felicidade verdadeira da vida por vir. — Conflict and Courage, 83. SC 77.5

Muitos há que se entregaram a Cristo, todavia não vêem oportunidade de realizar grande obra ou fazer grandes sacrifícios em Seu serviço. Estes podem achar conforto no pensamento de que não é necessariamente a abnegação do mártir que é mais aceitável a Deus; pode ser que o missionário que enfrente diariamente o perigo e a morte, não tome a mais elevada posição nos registros do Céu. O cristão que o é em sua vida privada, na renúncia diária do eu, na sinceridade de propósito e pureza de pensamento, em mansidão sob provocação, em fé e piedade, em fidelidade nas coisas mínimas, que na vida familiar representa o caráter de Cristo, esse pode ser mais precioso aos olhos de Deus que o missionário ou mártir de fama mundial. — Parábolas de Jesus, 403. SC 77.6

Não a soma do trabalho que executamos, nem seus resultados visíveis, mas o espírito com que o fazemos, é que o torna valioso para Deus. — Parábolas de Jesus, 397. SC 78.1

A aprovação do Senhor é dada, não por causa da grandeza da obra efetuada, ou por terem sido alcançadas muitas coisas, mas por causa da fidelidade mesmo em poucas coisas. Não são os grandes resultados que obtemos, mas os motivos que nos levam à ação, o que pesa à vista de Deus. Ele preza a bondade e a fidelidade mais do que a grandeza da obra realizada. — Testimonies for the Church 2:510, 511. SC 78.2

Não passeis por alto as coisas pequenas, esperando por uma grande obra. Podeis fazer com êxito a obra pequena mas falhar completamente ao tentar uma obra maior, e cair em desânimo. Lançai mão de qualquer obra que virdes ser necessária. Quer sejais rico quer pobre, grande ou humilde, Deus vos chama para efetuar um serviço ativo para Ele. Será fazendo com todas as vossas forças o que vos vier às mãos, que desenvolvereis talento e aptidões para a obra. E é negligenciando vossas oportunidades diárias que vos tornais infrutíferos e áridos. É esta a razão por que há tantas árvores estéreis no jardim do Senhor. — Testemunhos Seletos 3:348. SC 78.3

O Senhor deseja que utilizemos todos os dons que possuímos; e se assim fizermos teremos maiores dons para empregar. Não nos concede de maneira sobrenatural as qualidades de que carecemos, mas ao utilizarmos a que temos, trabalhará conosco, tonificando e fortalecendo cada faculdade. Por todo sacrifício sincero e cordial no serviço do Mestre, nossas faculdades aumentarão. — Parábolas de Jesus, 353, 354. SC 78.4

O coração de Cristo é confortado pela visão daqueles que são pobres em todo o sentido da palavra; confortado por Sua visão daqueles que são maltratados, mas que são mansos; alegrado pelos aparentemente insatisfeitos e famintos pela justiça, pela incapacidade de muitos para começarem. Ele olha com agrado, por assim dizer, o mesmo estado de coisas que desanimaria a muitos ministros. — Obreiros Evangélicos, 37. SC 78.5

Não precisamos ir aos países pagãos, nem mesmo deixar o estreito âmbito de nosso lar, se é ali que está nosso dever, a fim de trabalhar para Cristo. Podemos fazê-lo no lar da família, na igreja, entre os nossos amigos e com quem entretemos relações comerciais. — Conflict and Courage, 81. SC 78.6

Se fizermos da vida e ensinos de Cristo nosso estudo, cada acontecimento que se desenrola fornecerá um texto para um impressivo discurso. — Testemunhos Seletos 3:313. SC 78.7

A vida na Terra é o princípio da vida no Céu; a educação na Terra é a iniciação nos princípios do Céu; e o trabalho aqui é o preparo para o trabalho lá. O que hoje somos no caráter e serviço santo, é o prenúncio certo do que seremos. — Educação, 307. SC 79.1

Os que rejeitam o privilégio da associação com Cristo no serviço cristão, rejeitam o único ensino que lhes dá habilitação para participar com Ele de Sua glória. Rejeitam o ensino que nesta vida concede força e nobreza de caráter. — Educação, 264. SC 79.2

Ninguém suponha que possa viver vida de egoísmo, e então, tendo servido aos próprios interesses, obter a recompensa do Senhor. Não puderam participar da alegria de um amor desinteressado. Não se adaptariam às cortes celestes. Não poderiam apreciar a pura atmosfera de amor que impregna o Céu. As vozes dos anjos e a música de suas harpas não lhes agradariam. Para sua mente a ciência do Céu seria um enigma. — Parábolas de Jesus, 364, 365. SC 79.3

Cristo nos pede que trabalhemos paciente e perseverantemente pelos milhares que estão a perecer em seus pecados, espalhados por todas as terras, como náufragos em praia deserta. Os que participam da glória de Cristo devem também partilhar de Seu ministério, ajudando o fraco, o infeliz e o desalentado. — Testemunhos Seletos 3:299. SC 79.4

O povo comum deve ocupar seus lugares como obreiros. Compartilhando as dores de seus semelhantes da mesma maneira que o Salvador participou das da humanidade, vê-Lo-ão, pela fé, trabalhando juntamente com eles. — Testimonies for the Church 7:272. SC 79.5

Cristo pousa para ser retratado em cada discípulo. A todos predestinou Deus para serem “conformes à imagem de Seu Filho”. Romanos 8:29. Em cada um se tem de manifestar ao mundo o longânimo amor de Cristo, Sua santidade, mansidão, misericórdia e verdade. — O Desejado de Todas as Nações, 827. SC 79.6

O chamado para depor tudo no altar do serviço vem a cada um. Não nos é pedido que sirvamos como Eliseu serviu, nem que vendamos tudo que possuímos; mas Deus nos pede que demos ao Seu serviço o primeiro lugar em nossa vida, e não permitamos se passe um só dia sem que façamos alguma coisa para avançar Sua obra na Terra. Ele não espera de todos a mesma espécie de serviço. Um pode ser chamado a servir em terras estrangeiras; outro pode ser chamado a dar de seus meios para o sustento do evangelho. Deus aceita a oferta de cada um. É a consagração da vida e de todos os seus interesses que é necessário. Os que fazem essa consagração, ouvirão e obedecerão ao chamado do Céu. — Profetas e Reis, 221. SC 79.7

O sábio segundo o mundo, que medita e planeja, e cuja ocupação está sempre em sua mente, deve procurar tornar-se sábio em assuntos de interesse eterno. Se empregasse tanta energia em conseguir os tesouros celestiais e a vida que se mede pela vida de Deus como o faz para conseguir o ganho do mundo, que não realizaria ele? — Testimonies for the Church 6:297. SC 79.8

Deus induzirá homens de posição humilde a proclamar a mensagem da presente verdade. Ver-se-ão muitos destes correndo para cá e para lá, constrangidos pelo Espírito de Deus a levar a luz aos que estão em trevas. A verdade é como um fogo a arder-lhes nos ossos, enchendo-os de um fervoroso desejo de iluminar aqueles que se assentam na escuridão. Muitos, mesmo entre os iletrados, proclamarão a Palavra do Senhor. Crianças serão impelidas pelo Espírito Santo a sair e anunciar a mensagem do Céu. O Espírito será derramado sobre aqueles que se submeterem a Suas incitações. Sacudindo os antiquados regulamentos e movimentos cautelosos dos homens, unir-se-ão ao exército do Senhor. — Testimonies for the Church 7:26, 27. SC 79.9

A paisagem da vida cristã — O coração que recebe a Palavra de Deus não é como uma lagoa que evapora, nem como uma cisterna rota que perde o tesouro que encerra. É qual ribeiro da montanha, alimentada por fontes inexauríveis, cujas águas frescas e reluzentes saltam de rocha em rocha, refrigerando os cansados, os sedentos, os oprimidos. É como um rio fluindo constantemente, e à medida que avança, se torna mais profundo e mais largo, até que suas vitalizantes águas se espalham sobre toda a terra. A corrente que segue seu caminho cantando, deixa após si sua dádiva de verdor e fertilidade. A relva de suas ribanceiras é de um verde mais vivo, as árvores têm um colorido mais rico, são mais abundantes as flores. Quando a terra jaz estéril e calcinada sob o calor abrasador do verão, um cordão verde assinala o curso do rio. SC 80.1

Assim é com o verdadeiro filho de Deus. A religião de Cristo revela-se como um princípio vitalizante e dominante, uma energia espiritual operante e viva. Quando o coração é aberto à influência celestial da verdade e do amor, esses princípios fluirão de novo como torrentes no deserto, fazendo que apareçam frutos onde agora há esterilidade e penúria. — Profetas e Reis, 234. SC 80.2

As senhas do cristão — Há três palavras-senhas na vida cristã, as quais precisam ser atendidas, se não queremos que Satanás venha furtivamente sobre nós; ei-las: Vigiar, Orar e Trabalhar. — Testemunhos Seletos 1:251. SC 80.3

Toda pessoa que fez profissão de Cristo, comprometeu-se a ser tudo quanto lhe seja possível ser como um obreiro espiritual, a ser ativo, zeloso e eficiente no serviço de seu Mestre. Cristo espera que cada homem cumpra seu dever; seja esta a senha em todas as fileiras de Seus seguidores. — Testemunhos Seletos 2:161. SC 80.4

Um paralítico espiritual A força se adquire mediante o exercício. Todos os que empregam a capacidade que Deus lhes deu, terão maior capacidade para devotar a Seu serviço. Aqueles que nada fazem na causa de Deus, deixarão de crescer na graça e no conhecimento da verdade. Um homem que jazesse deitado, recusando-se a usar os membros, perderia dentro em pouco toda a faculdade de empregá-los. Da mesma maneira o cristão que não exercita as faculdades que Deus lhe deu, não somente deixa de crescer em Cristo, mas perde as forças que já possuía; torna-se um paralítico espiritual. São aqueles que, em amor para com Deus e seus semelhantes, se estão esforçando para auxiliar outros, os que ficam estabelecidos, fortalecidos, e firmes na verdade. O verdadeiro cristão não trabalha para Deus por impulso, mas por princípio; não por um dia ou um mês, mas por toda a vida. — Obreiros Evangélicos, 84. SC 80.5

O remédio infalível — Para o desalentado há um seguro remédio — fé, oração e trabalho. Fé e atividade proverão segurança e satisfação que hão de aumentar dia após dia. Estais tentados a dar guarida a sentimentos de ansiedade ou acérrimo desânimo? Nos dias mais negros, quando as aparências parecem mais agressivas, não temais. Tende fé em Deus. Ele conhece vossas necessidades; possui todo o poder. Seu infinito amor e compaixão são incansáveis. Não temais que Ele deixe de cumprir Sua promessa. Ele é eterna verdade. Jamais mudará o concerto que fez com os que O amam. E concederá a Seus fiéis servos a medida de eficiência que suas necessidades requerem. — Profetas e Reis, 164, 165. SC 81.1

Não há senão um remédio verdadeiro para a indolência espiritual, e esse é trabalhar — trabalhar pelas almas que necessitam de vosso auxílio. — Testimonies for the Church 4:236. SC 81.2

Eis a receita prescrita por Cristo para a alma desfalecida, duvidosa, tremente. Que os tristes, que andam lamentosamente na presença de Deus, levantem-se e ajudem alguém que está em necessidade. — Testemunhos Seletos 2:504. SC 81.3

Os cristãos, cujo zelo, fervor e amor crescem constantemente, não apostatam nunca. — The Review and Herald, 7 de Junho de 1887. SC 81.4

São aqueles que não se acham empenhados nessa obra desinteressada os que se acham numa condição enferma, e chegam a esgotar-se com lutas, dúvidas, murmurações, pecados e arrependimentos, até perderem toda a consciência do que seja a verdadeira religião. Reconhecem que não podem volver ao mundo, e assim penduram-se às extremidades de Sião, tendo ciúmes mesquinhos, invejas, decepções e remorsos. Estão cheios de espírito de crítica, e alimentam-se das faltas e erros de seus irmãos. Têm apenas uma vida religiosa despida de esperança, de fé, de sol. — The Review and Herald, 2 de Setembro de 1890. SC 81.5

Desculpas infundadas — Jesus, ao partir, deixou a cada qual a sua obra, e “não ter o que fazer” é desculpa infundada. “Não ter o que fazer” é a razão de dificuldades entre irmãos; pois Satanás encherá a mente dos ociosos com seus próprios planos, e pô-los-á a trabalhar. [...] “Nada que fazer” acarreta mau testemunho contra os irmãos, e dissensões na igreja de Cristo. Diz Jesus: “Quem comigo não ajunta espalha”. Mateus 12:30. — The Review and Herald, 13 de Março de 1888. SC 81.6

Irmãos e irmãs, muitos de vós vos desculpais do trabalho sob pretexto de incapacidade para trabalhar por outros. Mas acaso vos fez Deus assim incapazes? Não foi essa incapacidade produzida por vossa própria inatividade, e perpetuada por vossa própria e deliberada escolha? Não vos deu Deus pelo menos um talento a multiplicar, não para vosso próprio proveito e satisfação, mas para Ele? Tendes vós compreendido a obrigação que sobre vós pesa, como servos assalariados Seus, de trazer-Lhe os juros pelo sábio e hábil emprego desse capital a vós confiado? Não tendes perdido oportunidades de desenvolver vossas faculdades para esse fim? É demasiado verdadeiro que poucos são os que têm experimentado um real sentimento de sua responsabilidade para com Deus. — Testemunhos Seletos 2:158. SC 81.7

Muitos têm a idéia de que, se sua vida é ativa, cheia de negócios, nada podem fazer em prol da salvação de almas, nada para levar avante a causa de seu Redentor. Dizem que não podem fazer coisa alguma pela metade, e portanto afastam-se dos deveres e práticas religiosos, e enterram-se no mundo. Colocam seus negócios em primeiro lugar, e esquecem a Deus, e Ele Se desgosta deles. Se alguém se acha empregado em qualquer coisa que lhe não permite progredir na vida espiritual e aperfeiçoar-se em santidade no temor de Deus, deve mudar para uma ocupação na qual possa ter Jesus consigo a toda a hora. — Testimonies for the Church 2:233, 234. SC 82.1

Coroa repleta de estrelas — Não nos devemos tornar cansados ou de coração desfalecido. Perda terrível seria permutarmos a glória eterna pela comodidade, conveniência e prazer, ou por condescendências carnais. Uma dádiva das mãos de Deus aguarda ao vencedor. Nenhum de nós a merece; é gratuita de Sua parte. Maravilhosa e gloriosa será essa dádiva, mas lembremo-nos de que “uma estrela difere em glória doutra estrela”. Mas, visto como somos instados a lutar pela vitória, tenhamos, com a força de Jesus, o alvo de alcançar a coroa repleta de estrelas. “Os entendidos pois resplandecerão, como o resplendor do firmamento; e os que a muitos ensinam a justiça refulgirão como as estrelas sempre e eternamente”. Daniel 12:3. — The Review and Herald, 25 de Outubro de 1881. SC 82.2

O serviço foi pago — Em Sua vinda, o Senhor examinará cada talento e exigirá os juros do capital que nos confiou. Por Sua própria humilhação e agonia; por Sua vida de trabalho e morte ignominiosa, Jesus pagou já os serviços de todos quantos se chamam pelo Seu nome e professam ser servos Seus. Cada qual tem o dever solene de aperfeiçoar todas as suas faculdades para a obra de ganhar almas para Ele. “Não sois de vós mesmos”, diz Ele, “porque fostes comprados por bom preço”; portanto glorificai a Deus por meio de uma vida de serviço que arrebatará homens e mulheres do pecado para a justiça. 1 Coríntios 6:19, 20. Fomos comprados pelo preço da própria vida de Cristo — comprados para que, mediante serviço fiel, devolvamos a Deus o que Lhe pertence. — Testemunhos Seletos 3:338, 339. SC 82.3

Deus me deu uma mensagem para Seu povo. Eles têm de despertar, alargar as suas tendas, dilatar suas fronteiras. Meus irmãos, minhas irmãs, fostes comprados por preço, e tudo quanto possuís e sois, deve ser empregado para a glória de Deus, e para o bem de vossos semelhantes. Cristo morreu na cruz para salvar o mundo de perecer no pecado. Ele pede vossa cooperação nesta obra. Deveis servir-Lhe de mão ajudadora. Com um esforço sincero e infatigável, deveis buscar salvar os perdidos. Lembrai-vos de que foram vossos pecados que tornaram necessária a cruz. — Testimonies for the Church 7:9. SC 83.1

Os seguidores de Cristo foram redimidos para servir. Nosso Senhor ensina que o verdadeiro objetivo da vida é servir. Cristo mesmo foi obreiro, e dá a todos os Seus seguidores a lei do serviço — o serviço a Deus e ao próximo. [...] A lei de servir torna-se o vínculo que nos liga a Deus e a nosso semelhante. — Parábolas de Jesus, 326. SC 83.2

Avançar — Muitas vezes a vida cristã é assediada de perigos, e o dever parece difícil de se cumprir. A imaginação pinta uma iminente ruína diante de nós, e atrás, servidão e morte. Todavia a voz de Deus nos diz claramente: Avante! Obedeçamos à ordem, mesmo que nossos olhos não possam penetrar as trevas. Os obstáculos que nos impedem o progresso jamais desaparecerão diante de um espírito vacilante, duvidoso. Aqueles que adiam a obediência para quando desaparecerem as incertezas, e não houver mais riscos de fracasso ou derrota, nunca virão a obedecer. A fé olha para lá das dificuldades, e lança mão do invisível, da própria Onipotência; portanto não pode ser iludida. Ter fé é apoderar-se da mão de Cristo em todas as emergências. — Obreiros Evangélicos, 262. SC 83.3

Nossas idéias são demasiado limitadas. Deus pede um contínuo progresso na difusão da luz. Devemos estudar métodos e meios de nos aproximar do povo. Precisamos ouvir com ouvidos de fé o poderoso Capitão dos exércitos do Senhor dizendo: “Avançai.” Temos de agir, e Deus não nos faltará. Ele fará Sua parte quando nós, com fé, fizermos a nossa. Irmãos e irmãs que tendes estado com a verdade desde há muito, não tendes feito a obra para a qual o Senhor vos chamou. Onde está vosso amor pelas almas? — Historical Sketches of the Foreign Missions of the Seventh Day Adventist, 289, 290. SC 83.4

A alegria de Cristo residia em salvar almas. Que isso seja vossa obra e alegria. Cumpri todos os deveres e fazei todos os sacrifícios por amor de Cristo, e Ele vos será ajudador constante. Marchai direto avante, onde vos chama a voz do dever; não permitais que aparentes dificuldades vos impeçam. Assumi as responsabilidades que vos são dadas por Deus, e ao conduzirdes vossos fardos, por vezes pesados, não pergunteis: “Por que meu irmão permanece ocioso, sem que nenhum jugo lhe seja imposto?” cumpri o dever que se acha mais próximo de vós, e cumpri-o inteiramente e bem, sem ambicionar louvores, mas trabalhando para o Mestre porque Lhe pertenceis. — The Southern Work, 2 de Abril de 1903. SC 83.5

O rumo do povo de Deus deve ser para cima e para a frente, para a vitória. Alguém maior que Josué está dirigindo os exércitos de Israel. Há alguém em nosso meio, o próprio Capitão de nossa salvação, que disse, para nosso encorajamento: “Eis que Eu estou convosco todos os dias, até à consumação dos séculos”. Mateus 28:20. “Tende bom ânimo, Eu venci o mundo”. João 16:33. Ele nos levará à vitória certa. O que Deus promete, é capaz de executar a qualquer tempo. E a obra que Ele confia ao Seu povo, é bem capaz de por meio deles realizar. — Testimonies for the Church 2:122. SC 84.1

Por que não nos tornamos entusiasmados com o Espírito de Cristo? Por que somos tão pouco movidos pelos lastimosos clamores de um mundo a sofrer? Tomamos na devida consideração nosso exaltado privilégio de acrescentar uma estrela à coroa de Cristo — uma alma liberta das cadeias com as quais Satanás a ligou, alma salva no reino de Deus? A igreja tem de reconhecer sua obrigação de levar a toda criatura o evangelho da verdade presente. Insto convosco para lerdes o terceiro e quarto capítulos de Zacarias. Se esses capítulos forem compreendidos, se forem recebidos, será feita uma obra em favor dos que estão famintos e sedentos de justiça, uma obra que para a igreja representa: “Avançai para a frente e para cima”. — Testimonies for the Church 6:296. SC 84.2

A grande maioria dos habitantes da Terra se tem aliado com o inimigo. Mas não temos sido enganados. Não obstante a aparente vitória de Satanás, Cristo está levando avante Sua obra no santuário celeste e na Terra. A Palavra de Deus delineia a impiedade e a corrupção que haveria nos últimos dias. Ao vermos o cumprimento da profecia, nossa fé na vitória final do reino de Cristo se deve robustecer; e devemos sair com redobrado ânimo, para fazer a obra que nos é designada. — Obreiros Evangélicos, 26, 27. SC 84.3

Cena impressionante — Nas visões da noite passou diante de mim uma cena muito impressiva. Vi uma imensa bola de fogo cair no meio de algumas lindas habitações, destruindo-as imediatamente. Ouvi alguns dizerem: “Sabíamos que os juízos de Deus sobreviriam à Terra, mas não sabíamos que viriam tão cedo.” Outros, com acento de voz agonizante, diziam: “Os senhores sabiam! Por que, então, não nos disseram? Nós não sabíamos.” Por toda parte ouvi pronunciarem-se semelhantes palavras de acusação. SC 84.4

Acordei muito aflita. Adormeci de novo, e pareceu-me estar numa grande reunião. Uma pessoa de autoridade falava à congregação, e perante ela se achava um mapa-múndi. Disse que o mapa retratava a vinha do Senhor, que tem que ser cultivada. Quando a luz do Céu incidisse sobre qualquer pessoa, esta deveria refleti-la sobre outras. Luzes deveriam ser acesas em muitos lugares, e nessas luzes outras ainda deveriam ser acesas. SC 84.5

Foram repetidas as palavras: “Vós sois o sal da Terra; e se o sal for insípido, com que se há de salgar? Para nada mais presta senão para se lançar fora, e ser pisado pelos homens. Vós sois a luz do mundo: não se pode esconder uma cidade edificada sobre um monte; nem se acende a candeia e se coloca debaixo do alqueire, mas no velador, e dá luz a todos que estão na casa. Assim resplandeça a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem a vosso Pai, que está nos Céus”. Mateus 5:13-16. SC 84.6

Vi raios de luz provindo de cidades e vilas, dos lugares altos e baixos da Terra. A Palavra de Deus era obedecida, e em resultado se achavam em cada cidade e vila monumentos Seus. Sua verdade era proclamada através de todo o mundo. — Testemunhos Seletos 3:296, 297. SC 85.1