Serviço Cristão

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Capítulo 27 — Recompensa do serviço

Inestimável — Servir a Deus não é coisa vã. Há uma inestimável recompensa para aqueles que devotam a existência a Seu serviço. — Testimonies for the Church 4:107. SC 202.1

Todo sacrifício, feito em Seu serviço, será recompensado segundo “as abundantes riquezas da Sua graça”. Efésios 2:7. — O Desejado de Todas as Nações, 249. SC 202.2

Nosso galardão por trabalhar com Cristo neste mundo, consiste na maior capacidade e mais amplo privilégio de colaborar com Ele no mundo por vir. — Parábolas de Jesus, 361. SC 202.3

A base de avaliação — O valor do serviço feito a Deus mede-se mais pelo espírito com que o prestamos, do que pela extensão do tempo gasto no mesmo. — Testimonies for the Church 9:74. SC 202.4

Seu êxito no progresso na vida divina depende do desenvolvimento dos talentos que lhes foram emprestados. Sua futura recompensa será proporcional à integridade e ao fervor com que eles servem ao Mestre. — The Review and Herald, 1 de Março de 1887. SC 202.5

O Senhor tem uma grande obra para realizar, e mais legará na vida futura aos que na presente serviram mais fiel e voluntariamente. — Parábolas de Jesus, 330. SC 202.6

Os que foram à vinha à undécima hora, estavam gratos pela oportunidade de trabalhar. Seu coração estava cheio de gratidão àquele que os recebera; e quando no fim do dia o pai de família lhes pagou uma jornada completa, ficaram muito surpreendidos. Sabiam que não mereciam tal recompensa. E a bondade expressa no semblante de seu amo encheu-os de júbilo. Jamais esqueceram a benignidade do patrão nem a generosa recompensa que receberam. SC 202.7

Assim é com o pecador que, conhecendo sua indignidade, entrou na vinha do Mestre à undécima hora. Seu tempo de serviço parece tão curto, sente que não merece recompensa; porém, enche-se de alegria porque, sobretudo, Deus o aceitou. Labuta com espírito humilde e confiante, grato pelo privilégio de ser um coobreiro de Cristo. Deus Se deleita em honrar este espírito. — Parábolas de Jesus, 397, 398. SC 202.8

Recompensa segura — Aquele que designou a “cada um a sua obra” (Marcos 13:34), segundo suas aptidões, jamais deixará ficar sem recompensa o fiel cumprimento de um dever. Cada ato de lealdade e fé será coroado de testemunhos especiais do favor e aprovação de Deus. A todo obreiro é feita a promessa: “Aquele que leva a preciosa semente, andando e chorando, voltará sem dúvida com alegria, trazendo consigo seus molhos”. Salmos 126:6. — Obreiros Evangélicos, 85. SC 202.9

Por mais breve que seja o nosso serviço, ou mais humilde nossa obra, se seguirmos a Cristo com fé singela, não seremos desapontados pelo galardão. Aquilo que o maior e mais sábio não pode alcançar, o mais débil e mais humilde receberá. Os portões áureos do Céu não se abrem para os que se exaltam. Não são erguidos para os de espírito altivo. Os portais eternos abrir-se-ão ao trêmulo contato de uma criancinha. Abençoado será o galardão da graça para os que trabalharam para Deus com simplicidade de fé e amor. — Parábolas de Jesus, 404. SC 203.1

A fronte dos que realizam esta obra cingirá a coroa do sacrifício. Mas receberão a sua recompensa. — Testemunhos Seletos 2:575. SC 203.2

Esse pensamento deve ser para todo obreiro de Deus um estímulo e animação. Nossa obra para Deus parece muitas vezes nesta vida quase infrutífera. Nossos esforços para fazer o bem talvez sejam diligentes e perseverantes, e todavia é possível que nos não seja dado ver-lhes os resultados. Talvez o esforço se nos parece perdido. Mas o Salvador assegura-nos que nossa obra se acha registrada no Céu, e que a recompensa não pode faltar. — Obreiros Evangélicos, 512. SC 203.3

Toda ação, toda obra de justiça e misericórdia e generosidade, produz música no Céu. O Pai, de Seu trono contempla os que as praticam, e os conta entre Seus mais preciosos tesouros. “E eles serão Meus, diz o Senhor dos Exércitos, naquele dia que farei serão para Mim particular tesouro.” Malaquias 3:17. Todo ato de misericórdia para com os necessitados ou os sofredores, é como se fosse feito a Jesus. Todo que socorre ao pobre, se compadece do aflito e do oprimido, ou ampara o órfão, põe-se em mais íntima relação com Jesus. — The Review and Herald, 16 de Agosto de 1881. SC 203.4

Cristo considera todo ato de misericórdia, de beneficência e de cuidadosa consideração para com o desafortunado, o cego, o coxo, o enfermo, a viúva e o órfão, como feito a Ele mesmo; essas obras são conservadas no registro celeste, e hão de ser recompensadas. — Testimonies for the Church 3:512, 513. SC 203.5

Uma justa recompensa — O Senhor é bom. É misericordioso, e terno de coração. Conhece a cada um de Seus filhos. Sabe exatamente o que cada um de nós está fazendo. Sabe o justo mérito de cada um. Não quereis pôr à margem vossa lista de méritos, vossa lista de condenações, deixando que Deus faça Sua própria obra? Haveis de receber vossa coroa de glória se atentardes para a obra que Deus vos confiou. — The Southern Work, 14 de Maio de 1903. SC 203.6

O Senhor deseja que descansemos nEle sem pensar na medida do galardão. Quando Cristo habita no coração, o pensamento de remuneração não é supremo. Essa não é a motivação do nosso serviço. — Parábolas de Jesus, 398. SC 203.7

De cortiços, de pobres choças, de prisões, de cadafalsos, das montanhas e desertos, das cavernas da Terra e dos abismos do mar, Cristo recolherá Seus filhos. Na Terra tinham sido destituídos, afligidos e atormentados. Milhões baixaram ao túmulo carregados de infâmia, porque recusaram render-se às enganosas pretensões de Satanás. Por tribunais humanos os filhos de Deus foram condenados como os mais vis criminosos. Mas próximo está o dia em que “Deus mesmo é o juiz”. Salmos 50:6. Então as sentenças dadas na Terra serão invertidas. Então “tirará o opróbrio do Seu povo de toda a Terra”. Isaías 25:8. Vestes brancas dar-se-ão a todos eles. “E chamar-lhes-ão: povo santo, remidos do Senhor”. Isaías 62:12. — Parábolas de Jesus, 179, 180. SC 203.8

A recompensa presente — Felicidade — Aqueles que devotam a existência a um ministério semelhante ao de Cristo, conhecem o que significa a verdadeira felicidade. Seus interesses e orações estendem-se muito além de si mesmos. Eles próprios crescem à medida que procuram ajudar a outros. Familiarizam-se com os planos mais amplos, os mais admiráveis empreendimentos, e como não hão de eles crescer, se se colocam nos divinos condutos de luz e de bênção? Esses recebem sabedoria do Céu. Identificam-se mais e mais com Cristo em todos os Seus planos. Não há margem para a estagnação espiritual. — Testimonies for the Church 9:42. SC 204.1

A igreja que se empenha com êxito nessa obra, é uma igreja feliz. O homem ou a mulher cuja alma se comove de compaixão e amor pelos que erram, e que trabalham para trazê-los ao redil do grande Pastor, ocupam-se numa bendita obra. E oh! como enleva o pensamento de que, ao ser assim resgatado um pecador, há mais alegria no Céu do que por noventa e nove justos! — Testimonies for the Church 2:22. SC 204.2

Coisa alguma é fastidiosa para aquele que se submete à vontade de Deus. Fazê-lo “como ao Senhor” (Colossences 3:23) é um pensamento que empresta encanto a qualquer obra que Deus lhe confie. — Testimonies for the Church 9:150. SC 204.3

O obreiro cristão não acha nenhum trabalho enfadonho, no desempenho da tarefa que lhe foi designada pelo Céu. Recebe a recompensa do seu Senhor ao ver almas libertas da servidão do pecado; e essa alegria o recompensa de todo o sacrifício. — The Southern Work, 2 de Abril de 1903. SC 204.4

Tornar-se um obreiro, prosseguir pacientemente em fazer o bem que requer trabalho abnegado é uma obra gloriosa, a qual o Céu aprova. — Testimonies for the Church 2:24. SC 204.5

Cristo Se deleita em tomar material de que, aparentemente, não há esperança — aqueles que Satanás tem degradado, e por cujo intermédio tem operado — e torná-los objeto de Sua graça. [...] Ele faz de Seus filhos instrumentos na realização desta obra, em cujo êxito, mesmo nesta vida, encontram preciosa recompensa. — Obreiros Evangélicos, 516. SC 204.6

Bênção — Todo esforço feito para Cristo reverterá em bênçãos para nós mesmos. — Parábolas de Jesus, 354. SC 204.7

Todo dever cumprido, todo sacrifício feito em nome de Jesus, traz uma recompensa excelente. No próprio ato de cumprir o dever, Deus fala e dá Sua bênção. — Testemunhos Seletos 1:485. SC 204.8

Devemos viver neste mundo para ganhar almas para o Salvador. Se ofendemos os outros, prejudicamo-nos a nós mesmos. Se os beneficiamos, somos nós mesmos beneficiados; pois a influência de toda ação boa se reflete em nosso próprio coração. — Testemunhos Seletos 1:458. SC 205.1

Todo raio de luz espargido sobre outros, refletir-se-á em nosso próprio coração. Toda palavra bondosa e compassiva que se dirija a um aflito, toda ação praticada para aliviar um oprimido, e toda dádiva que se destina a suprir as necessidades de nossos semelhantes, dada ou feita tendo em vista a glória de Deus, resultará em bênçãos para o doador. Aqueles que assim trabalham, estão obedecendo a uma lei do Céu, e hão de receber a aprovação de Deus. — Testimonies for the Church 4:56. SC 205.2

Conquanto a grande recompensa final seja dada na vinda de Cristo, o serviço feito de coração para Deus proporciona mesmo nesta vida uma recompensa. Obstáculos, oposição e amargo e desolador desânimo, o obreiro tem de enfrentar. Talvez ele não veja o fruto do seu labor. A despeito de tudo isso, porém, encontra em seu trabalho uma bendita recompensa. Todos quantos se entregam a Deus num serviço desinteressado pela humanidade, estão cooperando com o Senhor da glória. Este pensamento adoça toda fadiga, retempera a vontade, revigora o espírito para qualquer coisa que possa sobrevir. — Obreiros Evangélicos, 513. SC 205.3

Saúde — Fazer o bem é excelente remédio para a enfermidade. Aqueles que se empenham na obra são convidados a invocar ao Senhor, e Ele prometeu responder-lhes. Sua alma será saciada na seca, e regada como um jardim cujas águas não faltam. — Testimonies for the Church 2:29. SC 205.4

Na companhia de Deus, de Cristo e dos santos anjos, são envolvidos num ambiente celeste, ambiente que traz saúde ao corpo, vigor ao intelecto e alegria à alma. — Obreiros Evangélicos, 513. SC 205.5

O prazer de fazer bem a outros, comunica aos sentimentos um ardor que eletriza os nervos, vivifica a circulação do sangue, e produz saúde física e mental. — Testimonies for the Church 4:56. SC 205.6

Vigor — Impeça-se um homem forte de trabalhar, e ele se tornará fraco. A igreja ou pessoa que se exime de se ocupar com outros, que se encerra em si mesma, há de sofrer em breve um enfraquecimento espiritual. É o trabalho o que conserva o vigor ao homem. E trabalho espiritual, fadiga e responsabilidades, eis o que há de dar vigor à igreja de Cristo. — Testimonies for the Church 2:22. SC 205.7

Paz — No fazer bem aos outros, experimentarão [os seguidores de Deus] uma doce satisfação, uma paz interior que lhes será suficiente recompensa. Quando impelidos por elevado e nobre desejo de fazer o bem aos outros, encontrarão verdadeira felicidade num fiel desempenho dos múltiplos deveres da vida. Isso trará mais que uma recompensa terrestre; pois todo cumprimento fiel, abnegado do dever, é notado pelos anjos e se destaca no registro da vida. — Testemunhos Seletos 1:206, 207. SC 205.8

Recompensa futura — Vida eterna — Mediante esforços fervorosos, solícitos, para ajudar onde houver necessidade de auxílio, o verdadeiro cristão mostra seu amor por Deus e por seus semelhantes. Poderá perder a vida no serviço; mas quando Cristo vier buscar para Si as Suas jóias, ele a tornará a achar. — Testimonies for the Church 9:56. SC 206.1

Graciosas boas-vindas ao lar — Detende-vos no limiar da eternidade, e escutai as alegres boas-vindas dadas àqueles que nesta vida cooperaram com Cristo, reputando como privilégio e honra sofrer por Sua causa. [...] Aí os remidos saúdam aqueles que os conduziram ao excelso Salvador. Unem-se no louvor dAquele que morreu para que os seres humanos pudessem fruir a vida que se mede com a de Deus. A luta está terminada. Estão no fim todas as tribulações e contendas. Cânticos de vitória reboam pelos Céus inteiros, enquanto os remidos permanecem em volta do trono de Deus. Todos entoam o jubiloso coro: “Digno é o Cordeiro, que foi morto” e que nos remiu para Deus. Apocalipse 5:12. — A Ciência do Bom Viver, 506, 507. SC 206.2

Se o relatório mostra haver sido essa a sua vida, e que seu caráter foi assinalado pela ternura, abnegação e beneficência, receberão a bendita certeza, e a bênção de Cristo: “Vinde, benditos de Meu Pai, possuí por herança o reino que vos está preparado desde a fundação do mundo”. Mateus 25:34. — Testemunhos Seletos 3:404. SC 206.3

Ambiente celestial — Agora a Igreja é militante. Agora temos de enfrentar um mundo de trevas, quase inteiramente dado à idolatria. Mas está chegando o dia em que será travada a batalha e ganha a vitória. A vontade de Deus deve ser feita na Terra como o é nos Céus. As nações dos remidos não conhecerão outra lei senão a lei dos Céus. Constituirão todos uma família feliz e unida, revestida com as vestes de louvor e ações de graças — as vestes da justiça de Cristo. Toda a Natureza, em sua arrebatadora formosura, oferecerá a Deus um tributo de louvor e adoração. O mundo será banhado com a luz do Céu. A luz da Lua será como a luz do Sol, e a luz do Sol será sete vezes maior do que é hoje. Os anos decorrerão na alegria. Sobre essa cena, as estrelas da manhã cantarão em uníssono, e os filhos de Deus exultarão de alegria, enquanto Deus e Cristo Se unirão proclamando: “Não haverá mais pecado nem morte”. — A Ciência do Bom Viver, 504, 506. SC 206.4

Alegria — A recompensa dos obreiros de Cristo é entrar em Sua alegria. Aquela alegria, que o próprio Cristo antecipava com ansioso desejo, é apresentada em Sua petição ao Pai: “Aqueles que Me deste quero que, onde Eu estiver, também eles estejam comigo.” João 17:24. — Obreiros Evangélicos, 516. SC 206.5

Em nossa vida aqui, posto que terrestre e restrita pelo pecado, a maior alegria e mais elevada educação se encontram no serviço em prol de outrem. E no futuro estado, livres das limitações próprias da humanidade pecaminosa, será no serviço que se encontrará a nossa máxima alegria e mais elevada educação — testemunhando (e aprendendo, novamente, sempre que assim o fizermos) “as riquezas da glória deste mistério [...] que é Cristo em vós, esperança da glória”. Colossences 1:27. — Educação, 309. SC 207.1

Participam dos sofrimentos de Cristo e também participarão da glória que há de ser revelada. Unidos com Ele em Sua obra, com Ele sorvendo o cálice da amargura, são também participantes de Sua alegria. — Beneficência Social, 13. SC 207.2

Frutos da sementeira — Todo impulso do Espírito Santo que leva os homens à bondade e a Deus, é anotado nos livros do Céu, e no dia de Deus, a todo aquele que se houver entregue como instrumento para a obra do Espírito Santo, será concedido ver os frutos de sua vida. — Obreiros Evangélicos, 517. SC 207.3

Quando os remidos se acharem perante Deus, responderão a seus nomes almas preciosas, que aí se encontram em virtude dos fiéis e pacientes esforços feitos em seu favor, das súplicas e do fervor com que os persuadiram a fugir para o Forte. Assim aqueles que foram neste mundo cooperadores de Deus, hão de receber sua recompensa. — Testimonies for the Church 8:196, 197. SC 207.4

Que regozijo há de haver quando esses remidos se encontrarem com os que se preocuparam em seu favor, e os saudarem! E os que viveram, não para se agradar a si mesmos, mas para ser uma bênção para os desafortunados que tão poucas bênçãos desfrutam — como lhes há de palpitar satisfeito o coração! Eles compreenderão a promessa: “Serás bem-aventurado; porque eles não têm que to recompensar; mas recompensado te será na ressurreição dos justos”. Lucas 14:14. — Obreiros Evangélicos, 519. SC 207.5

Veremos no Céu os jovens a quem ajudamos, os que convidamos para nosso lar, a quem desviamos da tentação. Veremos seus rostos refletindo o brilho da glória de Deus. — Testemunhos Seletos 2:575. SC 207.6

Ser cooperador de Cristo e dos anjos do Céu no grande plano da salvação! Que obra se poderá a esta comparar? De cada alma salva ascende a Deus um tributo de glória, o qual se reflete sobre o salvo, e sobre aquele que serviu de instrumento em sua salvação. — Testimonies for the Church 2:232. SC 207.7

Os remidos hão de encontrar e reconhecer aqueles cuja atenção encaminharam ao excelso Salvador. Que alegres conversas hão de eles ter com essas almas! “Eu era pecador”, dir-se-á, “sem Deus e sem esperança no mundo; e tu te aproximaste de mim, e atraíste minha atenção para o precioso Salvador, como minha única esperança. E eu cri nEle. Arrependi-me de meus pecados, e foi-me dado assentar juntamente com Seus santos nos lugares celestiais em Cristo Jesus.” Outros dirão: “Eu era pagão, em terras pagãs. Deixaste teu lar confortável e vieste ajudar-me a encontrar Jesus, e a crer nEle como único Deus verdadeiro. Destruí meus ídolos e adorei a Deus, e agora vejo-O face a face. Estou salvo, eternamente salvo, para ver perpetuamente Aquele a quem amo. Então eu O via apenas com os olhos da fé, mas agora vejo-O tal como Ele é. É-me dado agora exprimir Àquele que me amou, e me lavou dos pecados em Seu próprio sangue, minha gratidão por Sua redentora misericórdia.” [...] SC 207.8

Outros exprimirão seu reconhecimento aos que alimentaram o faminto e vestiram o nu. “Quando o desespero acorrentava minha alma à descrença, o Senhor te enviou a mim”, dizem eles, “para dizer-me palavras de esperança e conforto. Trouxeste-me alimento para as necessidades físicas, e abriste-me a Palavra de Deus, despertando-me para minhas necessidades espirituais. Trataste-me como irmão. Tiveste compaixão de mim. Simpatizaste comigo em minhas dores, e restauraste-me a alma quebrantada e ferida, de maneira que me foi possível agarrar a mão de Cristo, estendida para me salvar. Em minha ignorância, ensinaste-me pacientemente que eu tinha no Céu um Pai que de mim cuidava. Leste-me as preciosas promessas da Palavra de Deus. Inspiraste-me fé em que Ele me havia de salvar. Meu coração foi abrandado, rendido, despedaçado, ao contemplar eu o sacrifício que Cristo fizera por mim. Tive fome do pão da vida, e a verdade foi preciosa à minha alma. Aqui estou, salvo, eternamente salvo, para viver eternamente em Sua presença, e louvar Aquele que deu a vida por mim”. — Obreiros Evangélicos, 518, 519. SC 208.1

Esperar pacientemente a recompensa — Se parece longo o tempo de espera pela vinda de nosso Libertador; se, curvados pela aflição e esgotados pela fadiga, nos sentimos impacientes por que termine nossa missão e recebamos honrosa baixa da luta, lembremo-nos — e que essa lembrança impeça qualquer queixume — de que Deus nos deixa enfrentar na Terra as tempestades e conflitos a fim de aperfeiçoarmos o caráter cristão, de nos relacionarmos mais intimamente com Deus, nosso Pai, e com Cristo, nosso Irmão mais velho; e fazermos obra para o Mestre, ganhando para Ele muitas almas, de modo que, com coração alegre, possamos ouvir as palavras: “Bem está, servo bom e fiel [...] entra no gozo do teu Senhor”. Mateus 25:21. — The Review and Herald, 25 de Outubro de 1881. SC 208.2

Sê paciente, soldado cristão. Ainda um pouco, e Aquele que há de vir virá. A noite de fatigante esperar, de vigia e tristeza, está quase passada. Em breve será dada a recompensa; o dia eterno há de raiar. Não há tempo agora para dormir — não há tempo para se desperdiçar em inúteis lamentos. Aquele que se arrisca a cochilar agora, perderá preciosas oportunidades de fazer bem. É-nos concedido o bendito privilégio de ajuntar molhos na grande colheita; e cada alma salva será mais uma estrela na coroa de Jesus, nosso adorável Redentor. Quem está ansioso por depor a armadura, quando, continuando um pouco mais a batalha, conquistará novas vitórias, e ganhará novos troféus para a eternidade? — The Review and Herald, 25 de Outubro de 1881. SC 208.3