Conselhos sobre Mordomia

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Capítulo 15 — Uma questão de honestidade

Um espírito mesquinho e egoísta impede os homens de darem a Deus o que Lhe pertence. O Senhor fez um concerto especial com o homem, de que se eles separassem regularmente a parte destinada ao avanço do reino de Cristo, Ele os abençoaria abundantemente, de tal modo que não haveria mais lugar para receber-Lhe as dádivas. Mas se os homens retiverem o que pertence a Deus, o Senhor declara abertamente: “Com maldição sois amaldiçoados.” [...] CM 48.1

Os que reconhecem que dependem de Deus, sentirão dever ser honestos para com os seus semelhantes, e sobre tudo para com Deus, de quem todas as bênçãos da vida advêm. A evasão a Suas ordens positivas concernentes ao dízimo e às ofertas, acha-se registrada nos livros do Céu como roubo a Deus. CM 48.2

Nenhum homem desonesto para com Deus ou seus semelhantes pode realmente prosperar. O Deus altíssimo, o dono do Céu e da Terra, diz: “Na tua bolsa não terás diversos pesos, um grande e um pequeno. Na tua casa não terás duas sortes de efa, uma grande e uma pequena. Peso inteiro e justo terás; efa inteiro e justo terás; para que se prolonguem os teus dias na terra que te dará o Senhor teu Deus. Porque abominação é ao Senhor teu Deus todo aquele que faz isto, todo aquele que fizer injustiça.” Pelo profeta Miquéias, exprime o Senhor novamente Sua aversão à desonestidade: “Ainda há na casa do ímpio tesouros de impiedade? e efa pequeno, que é detestável? Seria Eu limpo com balança falsa? [...] Assim Eu também te enfraquecerei, ferindo-te e assolando-te por causa dos teus pecados”. — The Review and Herald, 17 de Dezembro de 1889. CM 48.3

Perdendo a paz de consciência — Quando lidamos injustamente com os nossos semelhantes ou com nosso Deus, desprezamos-Lhe a autoridade e ignoramos o fato de que Cristo nos comprou com a Sua própria vida. O mundo está roubando a Deus por atacado. Quanto mais Ele concede riquezas, tanto mais completamente reclamam os homens que elas são suas, para serem usadas como lhes aprouver. Mas seguirão os professos seguidores de Cristo os costumes do mundo? Perderemos a paz de espírito, a comunhão com Deus e com os nossos irmãos porque deixamos de dedicar a Sua causa a parte que Ele reivindica como Sua? CM 48.4

Tenham em mente aqueles que pretendem ser cristãos estarem negociando com capital que lhes foi confiado por Deus, e que deles se exige que sigam fielmente a direção das Escrituras quanto a seu emprego. Se vosso coração for reto para com Deus, não vos apropriareis dos bens do vosso Senhor empregando-os nos vossos próprios empreendimentos egoístas. [...] CM 49.1

Irmãos e irmãs, se o Senhor vos tem abençoado com bens, não os considereis vossos. Julgai-os vossos para que os useis para Deus, e sede fiéis e honestos ao dar os dízimos e ofertas! Quando fizerdes um voto, estai certos de que Deus espera que o cumprais tão depressa quanto possível. Não prometais uma porção ao Senhor e então dela vos aproprieis para o vosso próprio uso, a fim de que as vossas orações para Ele não se tornem uma abominação. É a negligência desses deveres claramente revelados que traz trevas sobre a igreja. — The Review and Herald, 17 de Dezembro de 1889. CM 49.2

Nada menos que sacrilégio — Aquilo que, de acordo com as Escrituras, foi posto à parte, como pertencendo ao Senhor, constitui a renda do evangelho, e não mais nos pertence. Não é nada menos que sacrilégio, um homem lançar mão do tesouro do Senhor a fim de se servir a si, ou a outros, em seus negócios temporais. Alguns são culpados de haver retirado do altar do Senhor aquilo que Lhe foi especialmente consagrado. Todos devem considerar esse assunto sob seu verdadeiro aspecto. Ninguém vendo-se em situação precária, tire dinheiro consagrado a fins religiosos, empregando-o para seu próprio proveito, e acalmando a consciência com o dizer que o restituirá futuramente. Prefira cortar as despesas segundo as rendas que tem, restringir as necessidades e viver de acordo com os meios, a usar o dinheiro do Senhor para fins seculares. — Obreiros Evangélicos, 224. CM 49.3