Obreiros Evangélicos

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Nossos sanatórios como refúgio para os obreiros

Muitas vezes esses ministros necessitam de especial cuidado e tratamento. Nossos sanatórios devem ser um refúgio para eles, e para todos os nossos esgotados obreiros necessitados de repouso. Devem-se prover quartos onde eles possam desfrutar uma mudança e descanso, sem a contínua ansiedade das despesas a satisfazer. Quando os discípulos estavam cansados do trabalho, Cristo lhes disse: “Vinde vós, aqui à parte, a um lugar deserto, e repousai um pouco.” Marcos 6:31. Ele quer que se tomem medidas, de modo que Seus servos hoje tenham oportunidade de repouso e restabelecimento das energias. Nossos sanatórios se devem abrir aos nossos operosos ministros, que fizeram tudo a seu alcance para garantir fundos para a edificação e sustento dessas instituições; e, em qualquer tempo em que eles se encontrem na necessidade das vantagens aí oferecidas, devem fazer com que eles se sintam como em casa. OE 428.2

Esses obreiros não deviam, em tempo algum, ter de pagar preços elevados pela pensão e tratamento, nem ser considerados como mendigos, ou levados de qualquer modo a se sentir como tais por aqueles cuja hospitalidade recebem. Manifestar liberalidade no uso dos recursos que Deus proveu para Seus gastos e extenuados servos, é, aos Seus olhos, genuíno trabalho missionário. Os obreiros de Deus acham-se ligados a Ele, e quando são recebidos, convém lembrar que se recebe a Cristo na pessoa de Seus mensageiros. Assim Ele o requer, e é desonrado e Se desagrada quando eles são tratados indiferentemente, com mesquinhez ou egoísmo. A bênção de Deus não acompanha um tratamento dessa espécie dado a qualquer de Seus escolhidos. OE 428.3

Entre a irmandade médica nem sempre tem havido certa agudeza de percepção para discernir essas coisas. Alguns não as têm considerado como deviam. Que o Senhor santifique a percepção dos que têm a direção de nossas instituições, a fim de que saibam quem deve ter verdadeira simpatia e cuidado. O ramo da causa pelo qual esses cansados obreiros trabalham, deve mostrar apreço por seus labores, auxiliando-os no tempo de necessidade, partilhando assim largamente com o sanatório nas despesas. Alguns obreiros se acham em posição que lhes permite pôr de parte um pouco do salário; e assim devem fazer, se possível, a fim de enfrentar a uma emergência; todavia, mesmo esses devem ser recebidos como uma bênção para o sanatório. OE 429.1

Mas a maior parte de nossos obreiros têm muitas e grandes obrigações a satisfazer. Todas as vezes que se necessita de dinheiro, eles são solicitados a ajudar, a abrir o caminho, para que a influência de seu exemplo possa estimular os outros a serem liberais, e a causa de Deus progrida. Eles sentem tão intenso desejo de implantar o estandarte em novos campos, que muitos tomam mesmo dinheiro emprestado para ajudar em vários empreendimentos. Não deram de má vontade, mas sentiram que era um privilégio trabalhar pelo avançamento da verdade. Atendendo assim aos pedidos de meios, ficaram muitas vezes com bem pouco excedente. OE 429.2

O Senhor tem mantido um relatório exato de sua liberalidade para com a causa. Sabe a boa obra que eles têm feito, obra de que os obreiros mais jovens não possuem a concepção. Ele tem sido conhecedor de todas as privações e renúncias da parte desses obreiros. Tem registrado todas as circunstâncias desses casos. Tudo se acha escrito nos livros. Esses obreiros são um espetáculo ao mundo, aos anjos e aos homens; e são uma lição prática para provar a sinceridade de nossos princípios religiosos. O Senhor quer que nosso povo compreenda que os pioneiros nesta obra merecem tudo quanto nossas instituições puderem fazer por eles. Deus nos pede compreender que aqueles que envelheceram ao Seu serviço merecem nosso amor, nossa honra, nosso profundo respeito. OE 430.1