Fé e Obras

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Santificação que afasta da Bíblia

Estiveram presentes a essa reunião várias pessoas que se apegavam à teoria popular da santificação, e quando foram apresentadas as reivindicações da lei de Deus e se mostrou o verdadeiro caráter desse erro, um homem ficou tão ofendido que se levantou abruptamente e saiu da sala de reuniões. Mais tarde ouvi dizer que ele viera de Estocolmo para assistir à reunião. Em conversa com um de nossos pastores, afirmou ser sem pecado e disse que não tinha necessidade da Bíblia, pois o Senhor lhe comunicava diretamente o que devia fazer. Ele se achava muito além dos ensinos da Bíblia. Que se pode esperar dos que seguem sua própria imaginação em lugar da Palavra de Deus, se não que sejam enganados? Que impedirá o grande enganador de os levar cativos a sua vontade, se essas pessoas rejeitam o único detector do erro? FO 47.1

Esse homem representa uma classe de pessoas. A falsa santificação conduz diretamente para longe da Bíblia. A religião é reduzida a uma fábula. Sentimentos e impressões tornam-se o critério. Conquanto pretendam ser sem pecado e se gabem de sua justiça, os que alegam possuir santificação ensinam que os homens têm permissão para transgredir a lei de Deus e que os que obedecem a seus preceitos caíram da graça. A lei de Deus provoca a oposição e a ira dessas pessoas. Assim é revelado o seu caráter, pois “a inclinação da carne é inimizade contra Deus, pois não é sujeita à lei de Deus, nem, em verdade, o pode ser”. Romanos 8:7. FO 47.2

O verdadeiro seguidor de Cristo não fará arrogantes pretensões de santidade. É pela lei de Deus que o pecador se convence de seu erro. Ele vê sua própria pecaminosidade em contraste com a perfeita justiça imposta por ela, e isso o conduz a humildade e arrependimento. É reconciliado com Deus por meio do sangue de Cristo, e, continuando a andar com Ele, obterá mais clara compreensão da santidade do caráter de Deus e da natureza abarcante de Seus requisitos. Verá mais claramente os seus próprios defeitos e sentirá a necessidade de contínuo arrependimento e fé no sangue de Cristo. FO 47.3

Aquele que tem contínuo senso da presença de Cristo não pode condescender com a confiança em si mesmo nem com a justiça própria. Nenhum dos profetas ou apóstolos fez arrogantes proclamações de santidade. Quanto mais se aproximavam da perfeição de caráter, tanto menos se consideravam dignos e justos. Aqueles, porém, que possuem o menor senso da perfeição de Jesus, aqueles cujos olhos são menos voltados para Ele, são os que têm as maiores pretensões de perfeição. FO 47.4