Fé e Obras

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Capítulo 2 — A norma da verdadeira santificação

Artigo na Review and Herald, 8 de Março de 1881.

“O mesmo Deus de paz vos santifique em tudo; e todo o vosso espírito, e alma, e corpo sejam plenamente conservados irrepreensíveis para a vinda de nosso Senhor Jesus Cristo.” 1 Tessalonicenses 5:23. FO 25.1

A santificação é obtida unicamente em obediência à vontade de Deus. Muitos que estão deliberadamente espezinhando a lei de Jeová dizem ser possuidores de santidade de coração e santificação de vida. Mas não têm um conhecimento salvador de Deus ou de Sua lei. Encontram-se nas fileiras do grande rebelde. Ele está em guerra com a lei de Deus, a qual é o fundamento do governo divino no Céu e na Terra. Esses homens estão fazendo a mesma obra que seu mestre efetuou ao buscar tornar sem efeito a santa lei de Deus. Nenhum transgressor dos mandamentos pode ter permissão para entrar no Céu; pois aquele que era outrora um puro e exaltado querubim cobridor foi expulso de lá por rebelar-se contra o governo de Deus. FO 25.2

Para muitos, a santificação é apenas justiça-própria. E, no entanto, essas pessoas afirmam ousadamente que Jesus é seu Salvador e Santificador. Que ilusão! Será que o Filho de Deus santificará o transgressor da lei do Pai — aquela lei que Cristo veio engrandecer e tornar gloriosa? Ele testifica: “Eu tenho guardado os mandamentos de Meu Pai.” João 15:10. Deus não abaixará Sua lei para acomodar-se ao imperfeito padrão humano; e o homem não pode satisfazer os reclamos dessa santa lei sem manifestar arrependimento para com Deus e fé para com o nosso Senhor Jesus Cristo. FO 25.3

“Se alguém pecar, temos um Advogado para com o Pai, Jesus Cristo, o Justo.” 1 João 2:1. Mas Deus não dedicou Seu Filho a uma vida de sofrimento e ignomínia, e a uma morte vergonhosa, para livrar o homem da obediência à lei divina. Tão grande é o poder enganador de Satanás que muitos têm sido levados a considerar a expiação de Cristo como não tendo valor real. Cristo morreu porque não havia outra esperança para o transgressor. Este poderia procurar guardar a lei de Deus no futuro; mas a dívida que ele contraiu no passado continuava a existir, e a lei teria de condená-lo à morte. Cristo veio pagar para o pecador essa dívida que lhe era impossível pagar por si mesmo. Assim, por meio do sacrifício expiatório de Cristo, concedeu-se outra oportunidade ao homem pecaminoso. FO 25.4