Vida e Ensinos

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Unidade de fé e de doutrina

Meu esposo, juntamente com os Pastores José Bates, Stephen Pierce, Hiran Edson e outros que eram fervorosos, nobres e fiéis, estava entre os que, depois da passagem do tempo em 1844, buscaram a verdade como a um tesouro escondido. VE 192.3

Reuníamo-nos sentindo angústia de alma, a fim de orar para que fôssemos um na fé e doutrina; pois sabíamos que Cristo não está dividido. Cada vez tomávamos um ponto para assunto de nosso estudo. Abriam-se as Escrituras com sentimento de temor. Jejuávamos freqüentemente, a fim de pôr-nos em melhor disposição para compreender a verdade. Se depois de fervorosa oração, não compreendíamos algum ponto, o discutíamos, e cada qual exprimia livremente sua opinião. De novo então nos curvávamos em oração, e ardentes súplicas ascendiam ao Céu para que Deus nos ajudasse a ver de uma mesma maneira, para que fôssemos um, como Cristo e o Pai são um. Muitas lágrimas eram derramadas. VE 192.4

Assim passávamos muitas horas. Algumas vezes passávamos a noite toda em solene verificação das Escrituras, para compreender a verdade para o nosso tempo. Em algumas ocasiões o Espírito de Deus descia sobre mim, e porções difíceis eram esclarecidas pelo modo indicado por Deus, e havia então perfeita harmonia. Éramos todos de um mesmo pensamento e espírito. VE 193.1

Procurávamos muito ansiosamente que as Escrituras não fossem torcidas para adaptarem-se às opiniões de qualquer pessoa. Procurávamos fazer com que nossas divergências de opiniões fossem tão pequenas quanto possível, não insistindo nós sobre pontos que eram de menos importância, a respeito dos quais havia opiniões divergentes. A preocupação de toda alma, porém, era promover entre os irmãos uma condição que correspondesse à oração de Cristo para que Seus discípulos pudessem ser um, assim como o são Ele e o Pai. VE 193.2

Algumas vezes um ou dois irmãos obstinadamente se opunham à opinião apresentada, e agiam de acordo com os sentimentos naturais do coração. Quando, porém, essa disposição aparecia, suspendíamos nossas pesquisas e adiávamos a reunião, para que cada um tivesse a oportunidade de buscar a Deus em oração, e sem consulta com outrem estudasse o ponto de divergência, rogando luz do Céu. Com expressões de amizade nos despedíamos, para de novo reunirmo-nos tão breve quanto possível, para mais estudos. Por vezes o poder de Deus descia sobre nós de uma maneira assinalada, e, quando a clara luz revelava os pontos da verdade, chorávamos e regozijávamo-nos juntamente. Amávamos a Jesus, e amávamo-nos uns aos outros. VE 193.3