Vida e Ensinos

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A bem-aventurada esperança

Em caminho para casa, conversamos seriamente a respeito das evidências de nossa nova fé e esperança. “Ellen”, disse Roberto, “estaremos enganados? É esta esperança do próximo aparecimento de Cristo sobre a Terra uma heresia, para que pastores e ensinadores religiosos a ela se oponham tão veementemente? Eles dizem que Jesus não virá senão daqui a milhares e milhares de anos. Se tão-somente se aproximam da verdade, então o mundo não poderá acabar em nosso tempo.” VE 36.1

Eu não ousava favorecer a incredulidade um momento que fosse, e repliquei prontamente: “Não tenho dúvida de que a doutrina pregada pelo Sr. Miller é a verdade. Que poder lhe acompanha as palavras! Que levam convicção ao coração do pecador!” VE 36.2

Conversamos sobre o assunto com toda a lealdade enquanto caminhávamos, e concluímos ser nosso dever e privilégio esperar a vinda de nosso Salvador, e que mais seguro seria preparar-nos para o Seu aparecimento e estarmos prontos para encontrá-Lo com alegria. Se Ele viesse, o que não seria daqueles que então diziam: “O meu Senhor tarde virá”, e que não tinham desejo de vê-Lo? Admirava-nos como havia ministros que ousassem acalmar os temores de pecadores e crentes relapsos, dizendo: “Paz, paz!” enquanto a mensagem do aviso estava sendo proclamada em todo o país. A ocasião parecia-nos muito solene; compreendíamos não ter tempo a perder. VE 36.3

“Cada árvore se conhece pelo seu próprio fruto” — observou Roberto. “O que tem feito por nós esta crença? Convenceu-nos de que não estávamos preparados para a vinda do Senhor; de que devemos tornar-nos puros de coração, do contrário não poderemos encontrar em paz o nosso Salvador. Despertou-nos para procurar nova força e graça divinas. VE 36.4

“O que fez ela por ti, Ellen? Serias o que agora és, se não tivesses ouvido a doutrina da próxima vinda de Cristo? Que esperança te inspirou ao coração? Que paz, alegria e amor te proporcionou? Para mim, fez tudo. Amo a Jesus e a todos os cristãos. Aprecio a reunião de oração. Tenho grande alegria na leitura da Bíblia e na oração.” VE 37.1

Nós ambos nos sentimos fortalecidos com essa conversa, e resolvemos não nos afastar de nossas honestas convicções da verdade, e da bem-aventurada esperança da próxima vinda de Cristo nas nuvens do céu. Sentíamo-nos gratos por poder discernir a preciosa luz e alegrar-nos na expectativa da vinda do Senhor. VE 37.2