Vida e Ensinos

131/138

Provado pela palavra

Em conseqüência do fanatismo resultante da obra de homens que falsamente se dizem ensinados por Deus, muitas pessoas sensatas olham com grande desconfiança ou mesmo incredulidade para quem pretenda haver recebido revelações divinas. Entretanto, o pesquisador da verdade tanto deve precaver-se contra o engano dos falsos profetas ou ensinadores, como contra sua própria falta em não reconhecer os que são verdadeiros. “Não desprezeis as profecias; examinai tudo. Retende o bem.” 1 Tessalonicenses 5:20-21. VE 244.1

De conformidade com esta exortação, cumpre aos crentes em Cristo tomar em sincera consideração as provas da direção divina do atual movimento adventista, bem como a manifestação do dom de profecia ligada a este movimento. Menosprezar a obra do Espírito Santo, manifesta por meio desse dom, é perigoso. Contudo, somos advertidos a acautelar-nos dos “falsos profetas, que vêm até vós vestidos como ovelhas, mas interiormente são lobos devoradores”. E a prova é: “Por seus frutos os conhecereis.” VE 244.2

Tão impossível é para os homens colher “uvas dos espinheiros ou figos dos abrolhos” como encontrar verdade pura e poder santificador procedendo de um vil impostor. “Toda a árvore boa produz bons frutos, e toda a árvore má produz frutos maus. Não pode a árvore boa dar maus frutos; nem a árvore má dar frutos bons. ... Portanto, pelos seus frutos os conhecereis.” Mateus 7:15-20. VE 244.3

Os ativos trabalhos de Ellen G. Harmon, conhecida, depois de seu casamento, por Sra. Ellen G. White, abrangeram um período de setenta anos, sessenta dos quais foram passados na América do Norte, e dez na Europa e Australásia. Durante esse longo tempo ela foi agraciada com muitas revelações, que acreditava provirem do Céu, e esforçou-se fielmente por escrevê-las para instrução da Igreja. Muitos volumes de seus escritos foram publicados e têm circulação mundial. Muitos milhares de pessoas, convencidas pelas Escrituras de que estamos vivendo próximo ao final da história da Terra, têm sido levadas a crer que a Sra. White foi um instrumento por cujo meio Deus falou pelo Espírito de Profecia à Sua Igreja remanescente. Essa crença é certamente digna de consideração. O caráter de seu trabalho deve ser julgado por sua própria vida, por seus ensinos, e pela natureza das revelações que recebeu. VE 244.4

A Sra. White sempre desejava que seu trabalho e ensinos fossem provados pela norma da Palavra de Deus, tal como se acha revelada nas Escrituras Sagradas. “Que os testemunhos sejam julgados pelos seus frutos”, escreveu ela. “Que espírito revelam seus ensinos? Qual tem sido o resultado de sua influência? ... Ou Deus está ensinando a Sua igreja, reprovando os seus erros e fortalecendo a sua fé, ou não está. Essa obra é de Deus ou não o é. Deus nada faz de parceria com Satanás. Minha obra ... ou traz o cunho de Deus ou o cunho do maligno. Não há meio-termo neste caso.” VE 245.1

“Desde que o Senhor Se tem manifestado pelo Espírito de Profecia, o passado, o presente e o futuro se desenrolaram diante de meus olhos. Foram-me mostrados rostos que eu nunca vira, e anos depois, vendo-os tornei a reconhecê-los. Tenho sido despertada do sono sob a viva impressão de assuntos que previamente foram sugeridos à minha mente; e, à meia-noite, punha-me a escrever cartas que atravessaram o continente, chegando ao seu destino em momentos de crise e evitando à obra de Deus graves prejuízos. Isso tem sido o meu trabalho durante muitos anos. Uma virtude me impelia a reprovar e censurar faltas de que eu não tinha a menor noção. Seria essa minha obra... uma obra de cima ou da Terra? ... Os que realmente desejam conhecer a verdade, hão de encontrar provas suficientes em que apoiar sua fé.” — Testemunhos Seletos 2:286-287. VE 245.2